Por que existem raças de cães caras?

Às vezes, a gente se pergunta por que existem raças de cães caras. Atualmente, muitos optam por alternativas mais baratas, porque são simplesmente as mais acessíveis para o bolso. Outros optam por adotar. Mas seja qual for o caso, os motivos econômicos estão presentes na hora de ter um animal de estimação.

O amor de um animal de estimação é incondicional e não deve ser comercializado. Mas quando as raças de cães são muito caras, a companhia de um peludinho se torna um verdadeiro investimento.

Já a razão para preferir uma raça pode ser determinada por preferências pessoais ou necessidades específicas.

Por que algumas raças de cães são mais caras do que outras?

O preço de uma raça de cachorro geralmente varia de acordo com
os fatores biológicos dos animais e culturais da sociedade.

Fatores biológicos

São aqueles que têm a ver com a própria raça, características inatas de sua biologia.

O principal fator biológico é a dificuldade de reprodução apresentada por algumas raças. Isso pode ser devido ao tamanho do animal ou a sua fragilidade. Enquanto algumas raças podem ter até 7 cachorros por ninhada, outras só geram 1 a 2 filhotes por parto.

A pequena quantidade se soma à dificuldade de criá-los , uma vez que algumas raças são mais sensíveis e também foram deslocadas do seu habitat natural. A manipulação dessas raças requer cuidados e ambientes favoráveis para seu desenvolvimento saudável.

Essa combinação aumenta os custos e diminui o lucro de criar esses animais. Isso explica em parte por que essas raças de cães são as mais caras do mercado. E o custo permanece alto durante a vida do animal de estimação.

Fatores culturais

Eles têm a ver com a sociedade e suas mudanças ao longo dos anos. Isso gera diferentes necessidades e preferências.

Acontece que os cães também não escapam da moda. Existem raças que simplesmente se tornam febre em uma certa década. Em parte, esse fenômeno é explicado pelo cinema e pela mídia. Cães de filmes de sucesso ganham rapidamente espaço nas ruas de muitas cidades.

Na Espanha, o filme “Caninos Brancos” despertou a paixão pelo Husky, na década de 90. Algo semelhante aconteceu com o Collie após o sucesso de “Lassie”. O São Bernardo conquistou muitos corações com “Beethoven” e os dálmatas, em “101 dálmatas”.

Mas, juntamente com a ternura, surgiram desvantagens da disseminação inadequada de algumas raças.

O perigo de comprar por capricho

A verdade é que a moda contribui para uma posse irresponsável. Muitos donos não respeitam as necessidades de espaço e de cuidados de alguns cães na hora da escolha de um animal de estimação. O resultado são maus-tratos e abandono em grandes cidades.

Escolher um animal de estimação deve ser algo planejado e não ser tratado como algo trivial. Não se trata de comprar um brinquedo, é um ser vivo que também tem necessidades, que devem ser atendidas. Sejamos compradores e proprietários responsáveis.

Levar em conta o espaço disponível, o tempo que pode ser dedicado, o estilo de vida, o clima, etc., são aspectos fundamentais para a posse responsável de um cão.

Outro fator cultural importante é o uso das habilidades de algumas raças para ajudar em atividades sociais.

Cães policiais, cães de proteção, cachorros farejadores, cães de resgate, cães de terapia…

Raças como o Pastor Alemão, o Labrador, o Rottweiller e o Golden Retriever também foram valorizados por suas qualidades.

Quais as principais raças de cães caras?

Aqui está uma pequena lista de algumas das raças de cães caras. Certamente, o preço pode variar de acordo com os valores de mercado, então vamos falar de números aproximados.

• Lowchen (ou “pequeno cão leão”): esta raça é uma das mais raras do mundo e também a mais cara. Seu preço mínimo é de cerca de R$ 20 mil.
• Samoiedo: é um cão originalmente da Sibéria, onde foi usado para pastoreio de renas e para puxar trenós. O seu preço mínimo pode exceder R$ 17 mil.
• Cão Esquimó Canadense: é um grande cão de guarda de atletismo e muito raro no mundo. Sua aparência se assemelha à de um Husky. Seu preço no mercado é maior que R$ 19 mil.
• Mastiff tibetano: um cachorrinho desta raça, originalmente do Tibete, registrou o valor de venda mais alto na história. Atualmente, o preço mínimo no mercado é de R$ 16 mil.
• Cão de Crista Chinês: sua aparência pode ser incomum, pois apresenta apenas uma camada de pelos, mas é um dos cães mais exóticos e mais valorizados do mundo. Seu valor médio é de R$ 18 mil.
• Akita Inu: apesar da notável beleza e porte, a Akita é uma raça considerada perigosa em países como Argentina e Espanha, graças ao seu temperamento excessivamente dominante. Tem origem japonesa e o seu valor de mercado é de cerca de R$ 10 mil.
• Cão pelado peruano: é uma raça muito antiga, originária das culturas pré-incas do Peru, e a mais exótica do mundo, graças à ausência de cabelo e a sua bela cor cinza. O valor é de cerca de R$ 8,5 mil.