Realidade ou mito: um ano de um cão equivale a 7 dos humanos?
Ao longo de nossa vida, escutamos uma infinidade de vezes as pessoas dizerem que um ano de um cão equivale a sete dos humanos. E, como essa é uma afirmação que damos como certa, nós também a repetimos. Mas de onde vem esse dado? Em que evidências isso se apoia? Hoje, contaremos-lhe quanto de mito e quanto de realidade há neste tema.
Por que é um mito que um ano de um cão equivale a 7 dos humanos
A regra de que um ano de um cão equivale a 7 de uma pessoa se popularizou no século passado. Mas a ninguém foi atribuída a autoria. Estamos, sem dúvida, diante de um mito. Raciocinemos juntos ao redor deste falso axioma.
A primeira coisa que devemos ver é que, em relação à forma e à velocidade de envelhecimento dos cães, não se pode estabelecer um critério homogêneo, dada a grande quantidade de raças que há.
Por outro lado, também, está o que sempre dizemos: não devemos julgar os outros a partir de nossos próprios parâmetros, já que não somos o centro do mundo. Cães e humanos amadurecem e envelhecem de maneira diferente. Tentar assemelhar os processos é um grande erro.
Que um ano de um cão equivale a 7 dos humanos parece ser uma “verdade” que se repete sem se analisar sua veracidade. Na realidade, isso se trata de um mito de origem desconhecida. O certo é que os cães amadurecem e envelhecem em ritmos distintos, de acordo com o tamanho e a raça.
Razões para desmitificar a regra de 7 por 1, ou vice-versa
Entre as razões para se considerar um mito de que um ano dos cães equivale a 7 dos humanos, podemos afirmar:
- Os cães alcançam a fertilidade sexual aproximadamente em um ano de vida. Nós, obviamente, não a alcançamos aos 7.
- Em seus primeiros anos, os peludos podem envelhecer até 20 vezes mais rápido do que as pessoas. Depois, essa velocidade vai diminuindo.
- Os exemplares de raças de tamanho maiores vivem menos do que os peludos menores. O motivo dessa diferença ainda não se pode ser explicado com exatidão. Além disso, é um fato que contradiz uma tendência frequente na natureza: quanto menor o tamanho de um animal, menor sua longevidade. Pensemos em exemplos extremos, como as mais que centenárias tartarugas gigantes quando comparadas com os pequeninos ratos, que vivem em torno de 2 anos.
- Os cães pequenos crescem mais rápido do que os grandes nos primeiros anos, mas de forma mais lenta ao chegarem à maturidade. Embora pareça estranho, aos dois anos, um peludo de tamanho pequeno é mais velho que um de maiores dimensões. Mas aos 5, é mais jovem.
Como calcular a idade dos cães em relação à humana
Para tentar explicar um pouco mais como seria de verdade a relação entre os anos humanos e os caninos, daremos alguns exemplos:
- Dois de nossos anos equivaleriam a 23 de um cão de raça pequena. Este número se reduz a 20 em animais de tamanho gigante.
- Para continuar desmitificando, 7 anos do homem seriam 44 para raças pequenas, 47 para as medianas, 50 para as grandes e 56 para as gigantes.
- E, para não deixar dúvidas, apenas mais uma comparação: 13 anos humanos corresponderiam a 68 de um cão pequeno, 74 de um médio, 82 de um grande e 101 de um gigante.
Cuidemos adequadamente de nossos peludos em cada etapa de suas vidas
Então, deixemos de lado o conceito equivocado de que um ano de um cão equivale a 7 dos humanos, já que isso pode nos levar a tomar decisões equivocadas sobre os nossos peludos.
Recordemos principalmente que a progressão de vida destes animais não pode ser considerada linear e que muda de acordo com o seu tamanho e a sua raça.
Por isso o ideal é consultar o veterinário. Um profissional idôneo saberá nos indicar melhor do que ninguém como cuidar adequadamente de nossos animais de estimação em cada etapa de suas vidas.
Também, ninguém tem o futuro como certo. Por isso é importante amar diariamente e muito aos nossos amigos de quatro patas, sem ficar calculando quão idosos eles são. Tenhamos como certo que, aos peludos, interessa pouco ou nada a idade de seus donos
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.