6 animais híbridos que você deve conhecer
Ao pensar em animais híbridos, nossas mentes podem divagar sobre diferentes seres fantásticos. A literatura e o cinema influenciaram de maneira significativa nesse aspecto, já que a cultura geral tende a criar criaturas impossíveis a partir do que já existe.
No entanto, na natureza podemos encontrar animais híbridos tão ou mais interessantes do que os narrados nessas histórias. Mesmo assim, nem todos têm um futuro promissor em termos evolutivos, uma vez que a hibridização geralmente acarreta uma série de custos associados. Se você quiser saber mais sobre esse tema, continue lendo.
6 animais híbridos que você deve conhecer
A Terra abriga a fauna e a flora que foram divididas em reinos, ordens, famílias, gêneros e outros grupos taxonômicos. Quanto mais próximas estiverem duas espécies em um nível filogenético e geográfico, maior será a probabilidade de ocorrer um evento reprodutivo. Dessa união, surgem os animais, mas a intervenção humana também desempenha um papel importante.
Um detalhe curioso dos animais híbridos é que seu nome científico inclui as designações de seus progenitores. Em primeiro lugar, vem o nome do macho, seguido pelo da fêmea. Vamos dar alguns exemplos.
1. Forquinho
O nome dá uma pista de que os golfinhos estão envolvidos em seu surgimento. Como foi observado, os pais do forquinho (Tursiops truncatus x Pseudorca crassidens) são um golfinho-nariz-de-garrafa e uma falsa-orca.
Em relação ao seu surgimento, apenas espécimes em cativeiro foram observados no Sea Life Park, no Havaí. Seus pais compartilhavam o mesmo compartimento e deram origem a 3 descendentes diferentes, cuja forma, tamanho e cor resultam da combinação das duas espécies.
2. Bengal
Não há dúvida de que os felinos são amados na maioria das culturas, pois fazem parte de lares em todo o mundo. O bengal é um felino que rompe com os preconceitos, pois a sua coloração selvagem o afasta bastante do típico gato doméstico. Esse animal híbrido responde ao nome científico de Felis silvestris x Prionailurus bengalensis.
Em última análise, isso significa que esse híbrido surge do cruzamento fortuito entre um gato doméstico (F. silvestris) e um gato-leopardo (P. bengalensis). Atualmente, é reconhecido como uma raça própria, a raça bengal.
3. Cama
Sim, o nome é esse mesmo, realmente existe um animal híbrido com esse nome. Especificamente, a cama (Camelus dromedarius x Lama glama) é um animal resultante do cruzamento entre uma lhama (Lama glama) e um dromedário (Camelus dromedarius).
Para nos situarmos, o dromedário vive no continente africano e tem uma corcova única, característica pela qual se diferencia dos camelos. Por outro lado, a lhama está presente em diversos países da América do Sul.
O dromedário tem 6 vezes o tamanho da lhama, então a ninhada nasceu por meio de inseminação artificial. Apesar do tamanho do pai, a ninhada é um híbrido ainda menor que a lhama, com orelhas pequenas, mas uma longa cauda de dromedário.
4. Dzo
A espécie Bos grunnies x Bos primigenius surge do cruzamento entre um iaque e uma vaca. Destaca-se por ser um animal muito forte, utilizado em diversas atividades agrícolas de países como Nepal, Butão ou Mongólia. Além disso, também é apreciado pela carne, considerada uma iguaria. Em relação ao corpo, assemelha-se a uma vaca, que ao mesmo tempo tem a longa pelagem de um iaque.
5. Jagleão
Embora o nome possa soar semelhante a alguma cidade ou município coreano, não é. O jagleão (Panthera onca x Panthera leo) surge do cruzamento entre uma leoa (Panthera leo) e uma onça-pintada (Panthera onca) macho, também conhecida como jaguar.
Em relação ao seu surgimento, o ser humano tem 100% de responsabilidade, já que esse animal híbrido não aparece na natureza. A principal razão para a ausência desse híbrido na natureza é que ambas as espécies vivem em ecossistemas totalmente diferentes.
Atualmente, Tsunami e Jazhara são os dois jagleões mais famosos. O primeiro é um macho dourado com manchas claras, enquanto a segunda é uma fêmea com manchas pretas. No caso dos machos, não foi observado nenhum com juba.
6. Narluga
Do cruzamento entre um narval e uma beluga, surge o narluga ou Monodon monoceros x Delphinapterus leucas. O crânio pertencente a esse animal híbrido foi descoberto na Groenlândia em 1990 pelo biólogo Perter Heide-Jørgensen.
Os estudos realizados confirmaram que esse híbrido surge do cruzamento entre um macho beluga e uma mãe narval. Atualmente, esse crânio é a única evidência científica existente sobre ele.
Em última análise, os animais híbridos podem surgir espontaneamente na natureza. No entanto, o ser humano também influencia notavelmente seu aparecimento, já que muitas vezes se cruzam espécies que nunca se encontrariam no ambiente natural.
De qualquer forma, a maioria dos híbridos é estéril, então eles não poderão deixar descendentes. No entanto, para seu surgimento, seus pais devem estar próximos na escala evolutiva.
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