Tecnologia que detecta terremotos é usada para proteger elefantes
Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez
Uma forma de proteger elefantes é utilizar sismógrafos para detectar o risco de terremotos. Isso permite saber se esses animais estão fugindo de caçadores furtivos.
Proteger elefantes é uma das prioridades na defesa da fauna africana. Esses gigantes estão desaparecendo rapidamente por conta do tráfico de marfim e da caça ilegal.
Proteger elefantes: por que é imprescindível?
O elefante africano tem sido perseguido durante séculos. Portanto, proteger elefantes atualmente é algo de vital importância.
Na antiguidade, eles foram utilizados como máquinas de guerra e foram caçados por séculos, por causa de suas presas. Entretanto, foi no século 19 que sua caça se intensificou.
O uso de armas de fogo e a caça como atividade recreativa fizeram do elefante uma das presas mais cobiçadas. Dessa forma, ele valia uma fortuna entre os mercados americanos e europeus.
Em 1989, sua caça foi proibida e o comércio de marfim se tornou ilegal. Entretanto, isso apenas ocorreu após a morte de centenas de elefantes, acabando com quase metade da população mundial.
Os cientistas da época inclusive fizeram a previsão de que, se não fosse por essa medida, os elefantes teriam sido extintos em 1995. No entanto, a caça furtiva ainda continua, pois os chifres de marfim atualmente custam fortunas no mercado ilegal.
Felizmente, a caça dos elefantes tem sido cada vez mais combatida pelas sociedades africanas, bem como por outros países ocidentais.
Além disso, as multas para caçadores em países onde há elefantes supera a cifra de dez mil euros, assim como cassação da licença de caça.
Elefantes, animais fascinantes
Os elefantes são os maiores animais terrestres do mundo, pesando entre seis toneladas. Entretanto, há registros de espécimes de mais de 10 toneladas.
São animais extremamente inteligentes, com uma vida emocional muito rica. Além disso, entendem o conceito de morte e possuem sua própria cultura.
Na verdade, a lenda dos cemitérios de elefantes é bastante real. Eles desgastam seus dentes até aproximadamente os 50 anos e, quando não podem mais comer nem beber, buscam um local para morrer.
Tempos depois, quando as novas gerações e antigos familiares desses animais encontram os esqueletos, realizam cerimônias em que tocam os ossos de seus parentes durante um longo tempo.
Elefantes e seu uso de tremores
Curiosamente, foi encontrada uma nova forma de proteger elefantes: detectando terremotos. Ao analisar os tremores causados por esses animais ao caminhar, é possível localizá-los.
Várias universidades britânicas têm estudado os tremores que eles produzem ao caminhar. Com isso, perceberam que os terremotos são de vital importância para sua comunicação e que podem ajudar a protegê-los.
Pesquisadores descobriram que, inclusive, as vocalizações e chamadas das manadas de elefantes se transmitem pelo solo mais rápido até do que pelo ar.
A equipe de cientistas apenas pretendia saber a distância a que chegavam essas vibrações. No entanto, descobriram que era relativamente simples diferenciá-las e entender os diferentes comportamentos dos elefantes, e como influem nele o terreno e as atividades humanas.
Como proteger elefantes com esta informação?
Também foi descoberto que as atividades humanas interferem nessa comunicação. Além disso, por meio dessa comunicação pode-se descobrir quando os elefantes estão sendo perseguidos.
Assim, este estudo propõe o uso de detectores de terremotos. Dessa forma, os sismógrafos podem monitorar os elefantes a dezenas de quilômetros sem incomodá-los, e saber quando estão sendo atacados.
Por exemplo, esses detectores poderiam analisar as debandadas, o que seria especialmente útil para interferir nos ataques dos caçadores desses animais impressionantes.
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