Animais de estimação como terapia para presidiários

Animais de estimação como terapia para presidiários

Última atualização: 21 setembro, 2016

O que você pensaria de um programa que pode beneficiar pessoas e animais de uma só vez? Pois ele existe! É uma terapia para presidiários que faz uso de animais de estimação que estão prestes a serem sacrificados. Quer saber mais sobre esse programa?

Essa iniciativa já foi implantada em vários países e chegou recentemente à Espanha. Neste artigo, contaremos quem teve essa ideia, de onde surgiu, como funciona e quais os benefícios dessa terapia com animais para detentos.

Affinity assina um acordo para usar animais como terapia para presidiários

Já se passaram vários anos desde que essa empresa promoveu essa iniciativa única no mundo. Embora exista algo parecido nos Estados Unidos, esse programa é um pouco diferente.

A diferença da iniciativa da Affinity é que os cães vivem nos presídios e os detentos têm acesso a eles sempre que desejarem.

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Mais de 20 unidades penitenciárias na Espanha já contam com o programa, e mais de 40 animais participam da iniciativa. O programa é conhecido como TEAAC (Terapia Assistida com Animais de Companhia) e possui muitas diferenças da terapia norte-americana.

Como mencionamos acima, os cães vivem nas penitenciárias. Além disso, nos EUA os presidiários adestram os cães como parte da terapia de reabilitação, algo que é diferente na Espanha. Vejamos o porquê.

Como funciona a TEAAC?

O objetivo da TEAAC é a integração dos presidiários à sociedade, parte vital de sua reinserção social. Para isso, foram criados turnos com grupos de detentos, com tamanho suficiente para que cada um tenha uma atenção personalizada.

Cada sessão de terapia é formada pelos profissionais, os detentos e os cães. Os presidiários são eleitos através de um exame psicológico e social, pelo qual é elaborado um plano personalizado que cubra as suas necessidades. Eles também recebem um treinamento básico para cuidar corretamente do animal.

Os cães, em sua maioria da raça labrador, permanecem com os presidiários em horários marcados e que não superam o tempo que podem trabalhar. No resto do dia, brincam e descansam com outros cães.

A maioria dos cães eleitos para o programa são animais que iam ser sacrificados por não serem “perfeitos” ou por não terem encontrado uma vaga em centros de adoção.

A Affinity se encarrega de todos os gastos dos animais durante o resto de suas vidas.

Muitos benefícios

Todos sabem que os animais ajudam a melhorar a responsabilidade e a autoestima e a deixar de lado comportamentos negativos. Por outro lado, esses peludos são usados como ferramentas terapêuticas pelos profissionais para tratar casos de baixa autoestima e problemas de comunicação, melhorar as relações interpessoais, estimular um estilo de vida mais positivo etc.

Resumindo, podemos dizer que a terapia com cães traz benefícios em três áreas:

Emocional

Melhora da autoestima, sentimentos e pensamentos dos detentos, fazendo com que valorizem mais a si mesmos e que melhorem sua saúde física e mental.

Social

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A terapia com cães ajuda a melhorar o comportamento dos pacientes com demais presidiários e também com os profissionais que os atendem. Aprendem a valorizar a vida e a amar os outros.

Pessoal

Melhoram as suas relações com as demais pessoas, com seus familiares, respondem de forma mais positiva ao estresse e diminuem a ansiedade.

Não há dúvidas de que a terapia com cães traz enormes benefícios para todos. No entanto, não é todo mundo que pode se beneficiar disso e lista inclui:

  • Detentos com transtornos mentais
  • Detentos com enfermidades físicas ou psíquicas
  • Os mais jovens
  • Mulheres
  • Presidiários em isolamento
  • Presos prestes a terminar a pena

A terapia conta com um acompanhamento semestral para acompanhar os resultados e assim garantir que está alcançando os resultados esperados. Esperamos que essa nova inciativa da Affinity chegue a mais prisões em todo o mundo.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.