Tétano em cavalos: sintomas e tratamento
Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez
O tétano em cavalos, embora raro e fácil de prevenir, causa muitas mortes nos equinos. Saiba mais sobre essa doença, seus sintomas e formas de evitá-la.
Embora esta doença afete muitas espécies, o tétano nesse caso merece atenção especial. Isto se dá por conta da sensibilidade desta espécie às toxinas que produzem a doença.
O que é o tétano?
O tétano é uma doença causada pela Clostridium tetani, uma bactéria especialmente resistente cujos esporos permanecem ativos por até 30 anos.
Esta bactéria e suas toxinas são especialmente perigosas quando se espalham sob a pele e atravessam os tecidos. Por isso, em pessoas, cuidados especiais são tomados com objetos cortantes de metal.
Esta bactéria, que causa tétano em cavalos e outras espécies, pode ser encontrada não só em objetos oxidados. Ela também pode aparecer no solo e na terra, especialmente onde há matéria orgânica.
Além disso, também aparece normalmente no trato gastrointestinal de muitas espécies, como o ser humano ou os cavalos. No entanto, neste caso, não é tão perigosa.
Qual espécies podem ser afetadas?
O tétano não é uma doença que afeta exclusivamente cavalos. Todas as espécies de mamíferos têm risco de tê-la.
No entanto, o tétano em cavalos é muito mais perigoso do que em outras espécies, já que os equinos são muito mais suscetíveis a ele.
Dessa forma, a doença tornou-se uma das principais a afetar os cavalos. Além disso, embora seja rara e fácil de evitar, já causou centenas de vítimas.
E estas vítimas não foram apenas cavalos, mas também outros equídeos, como burros ou mulas.
Apesar de ser uma doença mais frequente em climas quentes e meses quentes, a sua incidência em climas temperados e meses frios não é tão rara. Dessa forma,o tétano em cavalos é um risco durante todo o ano.
Como adquirem a doença?
Os esporos desta bactéria normalmente penetram feridas profundas e contaminadas. Como nos seres humanos, o tétano em cavalos é geralmente adquirido através de ferimentos.
Esses cortes podem ser causados por objetos cortantes e sujos, tais como pregos.
O tétano em cavalos afeta o animal de formas variadas e depende muito da natureza da ferida. Dessa forma, pode ocorrer alguns dias após a lesão ou até três semanas depois.
Sua origem também pode vir de uma negligência veterinária, como castrações ou injeções com material não esterilizado.
Além disso, problemas e complicações durante o parto também podem causar a doença.
O tétano em cavalos é, então, desenvolvido nessas feridas. Os esporos germinam e bactérias começam a proliferar. Elas, por sua vez, produzem duas exotoxinas: a tetanolysin e a tetanospasmina.
Quais são os sintomas do tétano nos equinos?
Estas toxinas têm um papel importante nos sintomas da doença em cavalos e outras espécies. A tetanospasmina é conhecida como uma neurotoxina tóxica que afeta os nervos periféricos, provocando contrações musculares incontroláveis.
O tétano faz com que os cavalos tenham uma resposta aumentada aos estímulos externos, como a luz ou ruídos. Além disso, as contrações mencionadas deixam o animal rígido e acabam fazendo com que se desidrate.
A paralisia da laringe pode produzir regurgitação, enquanto outros casos podem levar à cólica, uma das principais doenças do equino.
O cavalo acaba caindo e não consegue se levantar. Dessa forma, pode acabar morrendo de asfixia devido à paralisia dos músculos que permitem a respiração.
O tétano tem cura?
O tétano em cavalos é fácil de prevenir através da vacinação. Se não se sabe se um cavalo foi vacinado, é vital aplicar a vacina o mais rápido possível.
A vacina contra o tétano requer uma segunda dose de reforço um mês após a primeira e outra após seis meses.
Posteriormente, a dose deve ser reforçada anualmente. Éguas grávidas também devem ser vacinadas pelo menos um mês antes do parto.
No caso do tétano em cavalos ocorrer em um animal que não é vacinado, o tratamento pode não ser eficaz e ele deve tratado de forma emergencial.
Em muitos casos, a vacina não faz efeito a tempo e o animal morre. Portanto, a vacinação é a melhor forma de prevenção.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.