Tudo sobre o Cão D’água Espanhol

Tudo sobre o Cão D’água Espanhol

Última atualização: 23 agosto, 2015

O Cão D’água Espanhol – chamado também Turco Andaluz, Cão de Lã ou Pescador – é um cão muito alegre, fiel e equilibrado. De pelos encaracolados e lanosos, caracteriza-se por suas virtudes como caçador e animal de pastoreio.

Também destacam-se seus dotes de nadador e mergulhador. Inteligente, obediente e fácil de adestrar, adapta-se sem inconvenientes a diferentes circunstâncias, por isso, atualmente, é uma excelente opção tanto como animal de guarda como de companhia.

Alegre e valente, é ideal para estar com as crianças. Ele não se esquece quando alguém é hostil com ele ou com os membros do grupo o qual pertence.

Passado e presente do Cão D’água Espanhol

Cão D'água Espanhol

Apesar de ser uma das raças mais antigas do território espanhol – e que se expandiu a partir da Andaluzia para o resto da península –, fora do país continua sendo um cão praticamente desconhecido.

Ainda que existam diferentes teorias sobre as origens da raça, a mais difundida é que ela foi introduzida pelos árabes, durante a invasão islâmica do ano 711.

A verdade é que desde o século X está documentada a existência de uma matilha de Cães D’água na Espanha, cuja descrição, em linhas gerais, coincide com a do atual Cão D’água Espanhol.

Da família do Cão de Água Português, foi utilizado para colaborar com múltiplas tarefas ao longo de sua história: pastoreio, caça, pesca, ancoradouro de barcos, etc.

Eles ainda podem ver vistos nas montanhas do sul de Andaluzia pastoreando cabras e ovelhas, com o passar dos anos, estes cães têm ampliado suas atividades.

Hoje também são utilizados para a busca, resgate, como detectores de bombas e narcóticos, como animais para terapia e até para competição de agilidade.

Além do mais, como são naturalmente receosos e desconfiados com os estranhos, são uma excelente opção como cães de guarda.

Se você decidir adotar como animal de estimação um destes exemplares, deverá levar em conta que, devido a sua inteligência e a sua capacidade de trabalho, ele deve estar sempre física e mentalmente ativo.

Ainda que ele venha a se acomodar à vida em um apartamento sem maiores dificuldades, o passeio e o exercício diário não poderão lhe faltar.

Aspecto, saúde e cuidados com o Cão D’água Espanhol

Cuidados

As principais características físicas da raça são:

  • Tamanho: médio.
  • Peso: de 16kg a 20kg, os machos, e de 12kg a 16kg, as fêmeas.
  • Altura: 41cm a 50cm, os machos e, 38cm a 45cm, as fêmeas.
  • Corpo: proporcional, atlético, robusto, musculoso, com peito largo.
  • Cabeça: forte, de porte elegante.
  • Pescoço: curto, musculoso, sem papada e bem estabelecido nos ombros.
  • Olhos: em posição ligeiramente oblíqua, muito expressivos e de cor castanho ou avelã.
  • Orelhas: triangulares e caídas.
  • Cauda: de inserção média; costuma-se amputá-la da segunda à quarta vértebra.
  • Pelagem: encaracolada e com textura lanosa; de cor branca, preta e marrom ou branca e preta ou, ainda, branca e marrom.

São animais saudáveis e resistentes, que têm uma expectativa de vida de 10 a 14 anos. Dada a sua força, podem suportar sem nenhum problema temperaturas extremas tanto de frio como de calor.

Entre os raros problemas de saúde que podem chegar a apresentar, encontram-se:

  • Displasia de quadril.
  • Atrofia progressiva de retina (APR).
  • Anomalia do olho de Collie.
  • Cataratas.

Também costumam sofrer de infecções no ouvido, por causa dos pelos que crescem dentro dos canais auditivos. Por tal motivo, você deve manter suas orelhas sempre secas e limpas.

O Cão D’água Espanhol não perde os pelos. E, ainda que não tenha que escová-los, deverá abrir com suas mãos os cachinhos e separar os pelos que vão enrolando junto às raízes, separando-os. Por outro lado, o ideal é que sua pelagem seja tosada pelo menos uma vez por ano.

Pelas características de seus pelos e por sua grande atividade, é um cão que tende a se sujar muito. O melhor é que ele possa desfrutar, pelo menos de vez em quando, de um banho no mar ou no rio.

Se não houver esta possibilidade, banhe-o em casa, sem esfregar e com água morna, então, deixe-o secar ao ar livre.

Além de tudo isso, leve-o periodicamente ao veterinário, vacine-o, vermifugue-o e dê a ele um alimento de boa qualidade e, sobretudo, ame-o muito.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.