Você conhece o panda-vermelho?

Você conhece o panda-vermelho?

Última atualização: 09 março, 2022

Mesmo sendo bem menos conhecido que o seu homônimo preto e branco, o panda-vermelho possui um tamanho similar ao de um gato doméstico e uma cauda anelada longa e espessa. Mas apesar de compartilhar o mesmo nome, espaços geográficos e alguns hábitos alimentares que o do gigante que passa o dia todo comendo bambu, as últimas pesquisas científicas inserem esse animalzinho em uma família própria e independente (Ailuridae).

Algumas informações sobre o panda-vermelho

Também conhecido como panda-pequeno, o animal possui uma suave e longa pelagem avermelhada com a coloração branca na região da face e, além disso, apresenta marcas escuras abaixo dos olhos, tornando-os ainda mais parecidos aos guaxinins.

O panda-vermelho demonstra uma grande habilidade em cima das árvores: ele usa a cauda para equilibrar os seus movimentos e utiliza o seu falso polegar, que na verdade é uma extensão do seu osso, para se agarrar nas árvores. O bicho passa muito tempo sob as árvores e, inclusive, passa uma grande quantidade de horas dormindo.

Como a sua dieta é de baixa caloria, as suas principais atividades são comer e dormir. Acostumado à solidão, com exceção nas épocas de acasalamento, ele se mostra mais ativo à noite, ao entardecer e ao amanhecer, que são os momentos em que eles saem para buscar alimento.

O período de gestação do panda-vermelho dura em média 135 dias e a fêmea pare, em geral, 2 crias, porém ela pode chegar a ter até quatro filhotes. Os nascimentos se produzem nos buracos das árvores, que possuem ramos e folhas que protegem os recém-nascidos.

Apesar de compartilhar o mesmo nome, espaços geográficos e alguns hábitos alimentares com o gigante que passa o dia comendo bambu, as últimas pesquisas científicas inseriram o panda-vermelho em uma família própria e independente.

Outras características do panda-vermelho

Te contaremos agora alguns dados que descrevem esse belo animalzinho:

panda-vermelho
  • Mede entre 30 a 60 centímetros;
  • Sua cauda possui o comprimento de 28 a 48 centímetros;
  • O macho pesa de 4,5kg a 6,2kg. E a fêmea de 3kg a 4,5kg; 
  • A pelagem da parte inferior do seu corpo é mais escura;
  • A sola das suas patas possui um pelo grosso que os protegem nas superfícies com neve;
  • As suas patas são curtas e pretas;
  • Tem garras retráteis;
  • A cabeça é arredondada, com orelhas retas e de tamanho mediano;
  • O nariz é preto e os olhos possuem uma coloração muito escura;
  • Ele vive, em média, 14 anos.;
  • A maturidade sexual é alcançada aos 18 meses. Os seus predadores são o leopardo-das-neves (Uncia uncia) e o bisão (Mustelídeo).

Um dado curioso que podemos mencionar é que, assim como acontece com os gatos,  o panda-vermelho lambe as suas patas dianteiras e depois limpa a sua cara.

Distribuição geográfica e alimentação do panda-vermelho

O panda-pequeno vive em zonas com climas temperados, que possuem entre 10 a 25 graus centígrados. Ele prefere as regiões montanhosas povoadas de matas. Atualmente, eles se encontram:

  • No norte do Mianmar;
  • Nas zonas centrais da China;
  • No estado de Siquim localizado na Índia;
  • No Nepal.

No entanto, existem alguns indícios de que, há muito tempo atrás, eles habitaram a América do Norte.

Além do bambu, a sua dieta inclui:

  • Frutas;
  • Nozes;
  • Raízes;
  • Ovos;
  • Aves;
  • Lagartixas;
  • Insetos;
  • Pequenos roedores.

O perigo da extinção

Lamentavelmente, o panda-vermelho vê cada vez mais ameaçada a sua sobrevivência por diversos motivos, e que sempre o homem é sempre o principal responsável. O desmatamento e os avanços das regiões de cultivo, habitadas, e das fazendas de animais provoca, além da devastação do seu território, as perdas das suas fontes naturais de alimento.

As derrubadas indiscriminadas também fragmentam a sua área de distribuição. No entanto, esses não são os únicos perigos aos quais eles estão expostos. Esses animais são vítimas da caça clandestina, sobretudo porque os caçadores extraem a sua pele. Além disso, são caçados para serem vendidos a zoológicos em diversas partes do mundo, principalmente, na América do Norte e na Europa, lugares que promovem a sua reprodução em cativeiro.

Devidos a esses motivos, e apesar de ser uma espécie protegida, a sua população original diminuiu significativamente nos últimos tempos. Nos dias de hoje estima-se que haja somente em torno de 2.500 animais vivendo em liberdade. 


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