A estrutura social das abelhas
As abelhas evoluíram das vespas e são muito organizadas: cada uma tem uma tarefa específica que cumpre sem problemas. Além disso, a estrutura social desses insetos é muito bem definida. E é sobre elas que vamos falar neste post.
Como é a estrutura social das abelhas?
Não há dúvidas de que, em termos de organização comunitária, é uma espécie muito desenvolvida, com uma colônia composta por três grupos: a rainha, os zangões e operárias. Para que uma colmeia seja considerada “normal”, precisam habitá-la pelo menos 15 mil indivíduos. As maiores podem chegar a mais de 50 mil exemplares.
Uma das principais características das abelhas é que são seres com senso de eussocialidade. Isso quer dizer que vivem em sociedade, que é dividida em castas, mesmo existindo algumas espécies solitárias que não produzem mel e só coletam néctar para consumo próprio.
Fonte: ckmck
De volta à estrutura social das abelhas, elas constroem seus ninhos com “células” de tamanho igual e espaço para armazenar o pólen e a geleia real, assim como para proteger as larvas.
A estrutura social das abelhas e as castas
Dentro de uma colônia, esses insetos têm três castas e são regidas pelo sistema de matriarcado. Assim, a cabeça da família é uma fêmea, a mãe de todos os indivíduos que habitam a colmeia.
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Rainha
É a “alma” da comunidade, pois sem ela a colmeia não pode existir. Só há uma em cada colônia, e é responsável por colocar os ovos e decidir quais serão fêmeas (operárias) e machos (zangões).
Se uma abelha rainha morre, uma das fêmeas da colmeia pode desenvolver um aparato reprodutor, para que possa colocar ovos após a cópula com os machos. No entanto, todos os indivíduos que nascerem dela serão zangões. Portanto, a “família” irá diminuir à medida que as operárias forem morrendo.
A rainha não é criada na célula comum do favo, mas sim em uma construída para ela, especial e maior. Alimenta-se de geleia real, tem esperança de vida de três anos e libera feromônios para regular todas as atividades da colônia.
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Zangões
Sua única opção é fecundar a rainha para que a colmeia continue existindo. A rainha decide quantos machos haverá na colônia, em uma quantidade que oscila entre 200 e 800 exemplares.
A colocação dos ovos fecundados é feita no começo da primavera e o verão, no que é conhecido como voo nupcial, que pode durar até cinco dias. Assim, durante os meses de frio, não nascem novos zangões e eles ganham vida após 24 dias em ovos sem fecundação. Por isso, têm metade dos cromossomos das fêmeas.
Fonte: Vladmir Guerrero
As características físicas dos zangões são olhos grandes, tamanho maior que o das operárias, abdômen largo e língua curta, porque não precisam buscar néctar, já que são alimentados pelas operárias. Sobre sua capacidade de reprodução, vale ressaltar que são férteis durante 38 dias.
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Operárias
As operárias (todas fêmeas) são o grupo mais numeroso dentro da estrutura social das abelhas. Seus aparatos reprodutores não são aflorados – não são férteis – e levam 21 dias para nascer a partir do momento em que a rainha fecunda os ovos. Sua vida se limita a 65 dias nos meses quentes e 120 dias nos frios.
Morfologicamente, têm um tamanho menor do que o da rainha e dos zangões. Têm uma língua muito desenvolvida para obter o néctar e armazenà-lo em um local especial, além de um grau de visão que lhes permite localizar flores a distância. Além disso, as patas posteriores contam com uma espécie de “pelos” onde acumulam grãos de pólen.
Sobre seu trabalho, as abelhas operárias, ou obreiras, têm funções variadas se são jovens – até 21 dias – ou adultas, quando já podem sair da colmeia:
- Limpadora: mantém a higiene dos favos e da colmeia em geral.
- Enfermeira: alimentam as larvas com geleia real.
- Construtoras: constroem novas células de cera.
- Armazenadoras: distribuem o alimentos nas diferentes células.
- Guardiãs: cuidam da entrada da colmeia e evitam que abelhas de outras colônias entrem.
- Ventiladoras: geram uma corrente de ar para desidratar o néctar.
- Coletoras: Coletam néctar, água, própolis e pólen para depois produzir mel.
Fonte das imagens: Eric Rouneret, ckmck e Vladimir Guerrero.
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