A giardíase nos cães
A giardíase é uma doença que afeta frequentemente nossos bichos de estimação. Quem provoca essa doença é um protozoário chamado giárdia, que se fixa nas vilosidades intestinais e impede a absorção dos alimentos, o que causa uma infecção do intestino delgado.
A giárdia se aloja geralmente no duodeno, onde se reproduz e se alimenta até que o intestino delgado comece a desidratar. Antes de ser eliminada, forma um cisto que os animais expelem através das fezes, matéria que se torna transmissora da doença.
Quando outro animal ingere um cisto, ele eclode ao chegar ao intestino e começa um ciclo novamente através da reprodução. A giárdia se reproduz dividindo-se de maneira parecida com as bactérias.
Em pouco tempo podem aparecer milhões de parasitas a partir de um só quisto, os quais podem ser vistos apenas por intermédio do microscópio em amostras frescas de bolo fecal.
Detecção e diagnóstico precoce
A giardíase nos cães é uma infecção que geralmente não se detecta a tempo devido à característica assintomática de suas primeiras fases. No entanto, quando a doença está em estado avançado, o sinal clínico principal é a diarreia e a perda de peso, nos casos crônicos.
A ingestão de um ou mais cistos pode causar a doença. Quais são os sinais? Pelo fato de serem eliminados de forma cíclica, para detectar os sintomas geralmente é necessário examinar muitas amostras.
Tudo isso quer dizer que o bolo fecal de uma amostra pode conter ou não o parasita. Da mesma forma, também a análise pode resultar negativa um dia e positiva no seguinte.
A giardíase é transmitida tanto pelo contato direto do cão com outro cão quanto através do alimento ou água. Muitas vezes, sua ação patogênica se agrava pelo aparecimento de bactérias, fungos e vírus, que agravam os sintomas clínicos e a severidade da doença.
Essa doença também pode causar danos permanentes no intestino e órgãos internos. Do mesmo modo, também foram detectados efeitos colaterais, como a anorexia, vômitos, e, inclusive, transtornos neurológicos em cães que receberam tratamentos prolongados.
O que fazer depois que a giardíase já tiver sido contraída
Uma vez que a doença tiver sido detectada, devem ser tomadas medidas para impedir o avanço do problema. Uma das primeiras ações é dar banho nos animais; sobretudo, é preciso limpar bem seu rabo, já que é o lugar onde mais frequentemente se alojam os cistos.
Uma vez por semana e até que se elimine completamente a doença, deve-se limpar com algum produto eficaz todo o ambiente onde vivem os animais. Também é benéfico higienizar os recipientes de água e comida, e outras áreas onde geralmente se aloja muita matéria fecal.
No caso de o cão não ser o único bicho de estimação que mora no local, devem ser tratados todos os animais que convivam junto com o infectado. Mesmo assim, os exames feitos pelo veterinário devem ser repetidos uma vez por semana e um mês depois de detectada a infecção.
A prevenção da giardíase nos cães
O cão pode ser uma fonte de infecção não só para outros animais, mas também para os humanos que convivem com ele. Por isso, é importante levar em consideração medidas preventivas que impeçam o animal de contrair a doença, e de propagá-la para os outros que vivem no local.
Por se tratar de uma zoonose, é importante tomar medidas preventivas, como a higiene regular, que assegurem a proteção dos moradores da casa. Antes de mais nada, se na casa existem crianças pequenas, é preciso evitar todo contato entre elas e os animais, até que estes estejam completamente livres da infecção.
Além disso, é preciso tomar cuidado para não permitir que o cão beba água suja. Uma boa medida de controle é colocar seu bebedouro em uma área em que os pássaros não tenham acesso, pois eles defecar dentro do recipiente.
Os métodos antiparasitários são bons aliados para prevenir esse tipo de infecções; existem muitas opções no mercado, desde ampolas a coleiras. Não geram efeitos colaterais e, além disso, ajudam a eliminar os parasitas, assim como a evitar seu surgimento.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.