A raposa polar: características, alimentação e habitat
Como o nome sugere, a raposa polar, ou raposa ártica, vive nas latitudes mais setentrionais do nosso planeta. Este animal é um exemplo de perfeita adaptação ao seu habitat, por isso, convidamos você a conhecer melhor esta espécie e como ela vive.
Características da raposa polar
A raposa polar é um pouco menor em tamanho do que outros parentes próximos. Ela mede entre 35 e 55 centímetros de comprimento, sem contar a cauda, e pesa em média de três a quatro quilos.
Quanto às suas características físicas, pode ser facilmente reconhecida por seus pelos brancos. Na verdade, elas são totalmente brancas quando é inverno, já que, no verão, ficam marrom ou cinza.
A cor de sua pelagem é uma de suas grandes estratégias de sobrevivência, já que se camufla com a cor do solo: neve ou pedra.
Em proporção a outras raposas, elas têm orelhas menores e focinho menos pontiagudo: assim, perdem menos calor e podem sobreviver a temperaturas muito baixas. Têm a planta dos pés cobertas de pelos, para não escorregarem no gelo.
A cauda é longa e muito esponjosa. Isso não apenas as ajuda a manter o equilíbrio quando saltam ou correm, mas elas também a usam como cobertor quando vão dormir.
A época de reprodução começa mais tarde do que a de outros animais, mas a raposa polar compensa-a com ninhadas muito numerosas: elas podem ter mais de dez filhotes em uma única ninhada.
Comida e comportamento
A raposa polar também é um animal noturno, como seus parentes que vivem mais ao sul. No entanto, se habitarem em áreas despovoadas, também poderão ser vistas ativas durante o dia.
Embora elas possam caçar, escolhem ser catadoras sempre que tiverem a oportunidade. Costumam vagar pelas áreas onde os ursos polares caçam, para aproveitar os restos mortais de suas presas.
Se elas não encontram nada para comer, geralmente caçam pequenos mamíferos, como o lêmingue, ratos ou aves aquáticas. Em momentos excepcionais, quando não encontram carne, alimentam-se de frutos ou algas.
A raposa polar é um animal muito ativo e um dos poucos que vivem em sua latitude que não hibernam ou migram quando chega o inverno.
Está tão bem adaptada ao frio que suporta as baixas temperaturas, embora possa se proteger em tocas, que cavam na neve se uma tempestade ou nevasca cair.
É um animal social que vive em grupos, embora também possa caçar ou procurar comida sozinha.
A raposa polar vive em tocas cavadas na terra, que podem ser muito complexas e com múltiplas entradas e saídas. Essas tocas podem ser usadas por décadas por diferentes gerações de raposas.
É comum que as raposas polares sejam monogâmicas e que cada casal reprodutor cuide dos filhotes até que eles possam viver por conta própria.
As raposas que não se reproduzem nessa estação atuam como vigias e protetores das tocas, para facilitar a sobrevivência dos filhotes.
Habitat da raposa polar
A raposa polar vive nos territórios mais setentrionais do planeta, pertencentes à América, Europa e Ásia.
Além disso, também vive nas ilhas do Círculo Ártico, que, há centenas de anos, podiam ser alcançadas a pé. Somente em áreas da Sibéria você pode encontrá-la um pouco mais ao sul.
Tundra e blocos de gelo são os ecossistemas em que geralmente vivem, embora às vezes sejam vistas em florestas boreais.
Além de viverem na costa, também vivem nas montanhas a centenas de metros acima do nível do mar.
Esses ecossistemas têm vários elementos em comum: as temperaturas são extremas, são compostas de grandes planícies cobertas de neve durante a maior parte do ano e, além disso, há poucas árvores, exceto nas taigas.
Neste tipo de habitat é onde a raposa polar se sente mais confortável e pode se reproduzir.
Portanto, em geral, a raposa polar não está em perigo. Especificamente, a população da Escandinávia é considerada ameaçada.
Elas estão protegidas contra a caça, mas a raposa vermelha, um de seus predadores, está ganhando terreno. Supõe-se que seja devido às alterações climáticas e à diminuição da neve, mas existem outros fatores a considerar.
A raposa polar é um exemplo de um animal perfeitamente adaptado ao seu habitat. Tanto seu físico quanto seu comportamento estão adaptados para sobreviver a um dos climas mais extremos do planeta.
Talvez seja por isso que não está em perigo de extinção, embora seus movimentos sejam seguidos com cuidado, para o caso de ocorrer um alarme no futuro.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.