A tênia canina

A tênia canina
Francisco María García

Escrito e verificado por o advogado Francisco María García.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Dipylidium caninum é seu nome científico. A tênia canina foi descoberta e avaliada pela primeira vez em meados do século 18. Trata-se de um parasita que se aloja de forma quase sempre silenciosa no intestino dos mamíferos, incluindo os humanos.

Ainda que possa se tornar uma grande fonte de incômodo para os animais, não representa um risco mortal para eles. Apesar disso, caso haja suspeita da presença desse verme, deve-se ir imediatamente ao veterinário.

Um parasita, dois hospedeiros

A viagem desta lombriga desde que nasce até se alojar no interior do intestino é grande. Os ovos saem do interior de um cão infestado através das fezes. Uma vez fora, as larvas das pulgas se alimentam deles, convertendo-se assim no hospedeiro intermediário.

cão doente e triste no veterinário

Dentro dos minúsculos insetos, desenvolvem a fase seguinte de seu ciclo vital e esperam o momento para ir até seu alojamento final. Ao mesmo tempo, a pulga cresce e começa a viver sobre a pele do cão ou de algum outro animal, alimentando-se de sangue.

O ciclo para o Dipylidium Caninum se completa quando a pulga é ingerida por um mamífero. O verme então se instala na parede intestinal de seu novo anfitrião, onde passa a se alimentar.

Fechado esse ciclo, o passo seguinte é a reprodução. A tênia canina é hermafrodita. Isso significa que um exemplar apenas desse parasita basta para perpetuar sua população.

Ao fim de seu desenvolvimento, podem chegar a medir até 70 centímetros de comprimento, com um diâmetro de cerca de 3 milímetros.

Sintomas da tênia canina

A maioria dos casos de tênia canina são, a um simples olhar, assintomáticos. No entanto, prestando atenção, há um aspecto que pode mostrar a presença do parasita vivendo no interior do animal: a proglote grávida.

Este é o nome que recebe o saco com ovos do verme que sai junto com as fezes. Em aparência, são como pequenos grãos de arroz, com a particularidade de que se movem, se esticam ou encolhem. Cada cápsula agrupa em seu interior cerca de 30 embriões.

Além de serem encontradas nas fezes dos cães, sua presença também pode ser notada sobre a cama ou o local utilizado pelo animal para dormir. Também ao redor do ânus.

Apenas em casos mais graves, o animal infestado com o parasita mostrará outros sinais, como a seguir:

  • Pelo áspero e opaco
  • Perda de massa corporal sem que exista perda de apetite
  • Aumento notável do apetite, sem mostrar aumento de peso
  • Diarreia ou constipação
  • Inchaço do abdômen. Em alguns casos, o animal pode dar mostras de dor quando se apalpa essa zona.
  • Também pode acontecer que o cão se arraste sentado, mexendo com certo desespero o ânus contra o solo. Isso é uma tentativa de aliviar a irritação anal.

Diagnóstico e tratamento

A simples presença da proglote grávida serve para que o especialista certifique-se de um caso de tênia canina.

Ele receitará algum remédio contra parasitas, oral ou na veia. O remédio deve ser utilizado durante o período que o veterinário considerar oportuno. No geral, esse tipo de tratamento dura até três semanas.

Só há uma medida eficaz a longo prazo para erradicar definitivamente esse parasita persistente. Aplicando um tratamento antipulgas.

O Dipylidium Caninum pode chegar a desenvolver resistência aos remédios. Se seu hospedeiro intermediário continua na pele do animal, mais cedo ou mais tarde o ciclo vicioso se repetirá.

cão doente

Medidas básicas de prevenção

É preciso eliminar as pulgas. Isso inclui uma boa limpeza de qualquer área da casa onde o inseto possa se refugiar. Também existe outra medida básica a ser tomada para evitar a tênia canina: a desparasitação.

Desde filhotes, o veterinário impõe uma série de diretrizes para evitar a proliferação de parasitas no animal. E isso deve ser cumprido estritamente.

Contágio em humanos

Basicamente, qualquer mamífero que entre em contato com pulgas corre o risco de contrair o parasita. Isso inclui os seres humanos.

Os casos mais comuns de contágio são em crianças pequenas. São elas que colocam as mãos sujas na boca depois de interagir com os animais ou de brincar em espaços abertos.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.