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Alzheimer em cães: verdade ou mentira?

3 minutos
Essa doença crônica é definida como o conjunto de mudanças comportamentais e cognitivas observadas em alguns cães durante o envelhecimento.
Alzheimer em cães: verdade ou mentira?
Última atualização: 26 maio, 2018

Talvez o seu bicho de estimação esteja chegando a uma idade avançada e você tenha notado que sua mente e corpo estão se deteriorando. Alguns dos sinais de envelhecimento mais comuns podem parecer com sintomas de Alzheimer. Mas será existe Alzheimer em cães?

A Síndrome da Disfunção Cognitiva em cães idosos

Essa doença crônica é definida como o “conjunto de mudanças comportamentais e cognitivas observadas em alguns cães durante o envelhecimento”. Trata-se de um transtorno neurodegenerativo característico de animais mais velhos e atinge cerca de 35% dos cães em idade avançada. De certa forma, podemos dizer que se trata do Alzheimer em cães.

No cérebro de todo animal, da mesma forma que acontece no das pessoas, é possível observar uma série de mudanças. De acordo com a Universidade de Santiago de Compostela, elas incluem:

  • Atrofia cortical
  • Espessamento e calcificação das meninges
  • Dilatação dos ventrículos
  • Reatividade das células da glia
  • Diminuição do número de neurônios

A base dessa doença é a diminuição da capacidade cognitiva do animal. De acordo com a associação American Kennel Club, estima-se que até 60% dos cachorros com idade entre 15 e 16 anos acabará desenvolvendo o transtorno.

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Sintomas mais comuns confundidos com Alzheimer em cães

O principal problema encontrado na hora de estudar essa doença é que se trata de um transtorno subdiagnosticado. Além disso, seus sintomas podem levar os donos a pensarem erroneamente tratar-se de Alzheimer em cães.

Os veterinários utilizam a sigla DISHAA, em inglês, para se referir aos sintomas e alterações mais significativas que os animais com Síndrome da Disfunção Cognitiva experimentam, como:

  • Desorientação
  • Pouca interação com pessoas e animais
  • Sono/alterações nos ciclos do sono
  • Alterações no aprendizado e memória
  • Alteração de sua atividade
  • Ansiedade

Quanto à desorientação, os cães que sofrem com essa síndrome tendem a vagar sem rumo pela casa e arredores. Ele pode confundir a porta na hora de sair de casa e até passar longos períodos de tempo olhando para as paredes.

Essa síndrome também afeta as interações sociais do animal, já que seu comportamento com as pessoas muda profundamente. Eles costumam ficar mais dependentes, embora alguns possam apresentar apatia.

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Não existe um meio termo na hora de analisar essas mudanças comportamentais. Entretanto, se o seu cão costumava ser afetuoso e, repentinamente passa mais tempo sozinho ou fica ansioso, talvez seja necessário levá-lo ao veterinário. A personalidade de cada animal é diferente, então os sintomas podem variar muito.

A alteração nos ciclos do sono também são bastante comuns nos cachorros afetados pela síndrome. Os animais podem sofrer de insônia e andar nervosos pela casa ou chorar sem motivo aparente. Você também vai notar que eles passam a dormir mais durante o dia devido a essas interrupções do sono.

A desorientação já mencionada, além disso, fará com que o seu cão já não preste tanta atenção ao que você diz. Pode parecer que ele esqueceu alguns hábitos que já aprendidos. Também será mais difícil atrair sua atenção. Mesmo assim, a ansiedade pela separação é típica nesses casos. Além disso, pode ser que tenha medo de viajar ou conhecer novas pessoas.

Diagnóstico da doença

Ao decidir levar o seu animal de estimação ao veterinário, é provável que o especialista faça uma série de testes rotineiros que ajudarão a dar um diagnóstico definitivo.

O certo é que existem outras doenças com sintomas similares, por isso é importante descartá-las. Nos exemplares com a síndrome, é possível observar depósitos de uma proteína chamada β-amiloide, que podem ajudar a chegar a um diagnóstico conclusivo.

Os testes de diagnósticos mais comuns incluem:

  • Exame físico e exploração neurológica do animal
  • Análise da história clínica do animal
  • Hemograma
  • Perfil bioquímico para medir os hormônios da tireoide, entre outros
  • Exames de raio-X e ultrassom

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


Head, E. (2013). A canine model of human aging and Alzheimer’s disease. Biochimica et Biophysica Acta (BBA) – Molecular Basis of Disease. https://doi.org/10.1016/j.bbadis.2013.03.016


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