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Aranha-marrom: tome cuidado com essa espécie

3 minutos
A picada da Loxosceles laeta (Aranha-marrom) é potencialmente fatal, dissolve os tecidos e causa morte celular.
Aranha-marrom: tome cuidado com essa espécie
Última atualização: 15 maio, 2018

Também conhecida como a aranha-violino, é uma espécie que se esconde em locais de difícil acesso, como rachaduras ou por trás de móveis. A aranha-marrom é considerada uma das mais perigosas e dentro de seu gênero é a mais venenosa. Sua mordida pode produzir reações graves e até mesmo causar a morte.

Aranha-marrom: habitat e características

Seu nome científico é Loxosceles laeta. Essa aranha é nativa da América do Sul, principalmente do Chile, Peru, Equador, Brasil, Argentina e Uruguai. Mas também é possível vê-la em outras latitudes, como no sul dos Estados Unidos e no México.

Ela mede entre 8 e 30 milímetros com pernas estendidas, sua constituição é robusta. A fêmea é maior do que o macho e, diferente de outras aranhas, essa espécie tem “somente” seis olhos. Sua visão é constituída por um par frontal grande e dois pares laterais pequenos, lhe concedendo um ângulo de 300º.

Como é de cor marrom, preta ou parda, pode se camuflar facilmente no meio ambiente. Além disso, possui marcas nos lados e no topo do tórax que retratam uma espécie de violino, daí o seu nome.

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Comportamento da aranha-marrom

De hábitos predominantemente noturnos, essa aranha costuma sair especialmente nas noites quentes de verão. Porém, sua atividade diminui quando está frio, mesmo que ela seja ativa o ano inteiro. Prefere lugares escuros, poeirentos e pouco limpos, só saindo deles para caçar.

Podemos detectar sua presença se encontrarmos exoesqueletos. A aranha-marrom muda sua pele três vezes até chegar à idade adulta. Devemos também prestar atenção à sua teia: design irregular, aparência de algodão e forma reta.

Essa aranha se assusta com facilidade. Quando identifica o perigo, sai correndo e pode chegar a atingir 15 km/h. Outra maneira de se defender de predadores ou ataques é através da injeção de veneno. Sua picada injeta um veneno 15 vezes mais tóxico do que o de uma cobra e dez vezes mais potente do que uma queimadura de ácido sulfúrico.

Picada da aranha-marrom

Nesse sentido, a picada da Loxosceles laeta é potencialmente fatal, pois dissolve os tecidos e causa morte celular. A marca, que aparece quatro horas após a mordida, é dolorosa e coça muito.

Para aliviar os sintomas, é fundamental realizar os primeiros socorros na pessoa afetada. As medidas essenciais são aplicar gelo, colocar uma bandagem fria, manter-se em repouso, lavar com água e sabão e ir a um centro médico o mais rápido possível.

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O tratamento pode incluir o uso de anti-histamínicos, analgésicos ou corticoides. Recomenda-se, se possível, capturar o animal ou restos dele para que os médicos possam saber do que se trata.

Se tudo der certo, a picada desaparecerá após três dias. Porém, em caso de complicações, a pessoa picada pela aranha pode apresentar febre, alterações na função renal, anemia hemolítica e necrose tubular aguda. A taxa de mortalidade é de 25%.

Vale ressaltar que a absorção do veneno não gera imunidade no futuro. Portanto, se a pessoa for picada novamente, poderá desenvolver os mesmos sintomas ou outros mais severos.

Prevenção contra a aranha-marrom

A higiene rigorosa é a melhor maneira de evitar o desenvolvimento da aranha-marrom, especialmente em áreas pouco limpas na casa. São exemplos: atrás de pinturas, camas com gavetas, atrás de móveis pesados ​​e grandes, cantos superiores da casa, videiras de parede, lenha acumulada, aglomerados de objetos, etc. Ao limpar essas áreas, você deve sempre usar luvas e um aspirador potente.

Além disso, recomenda-se manter a casa livre de moscas e outros insetos voadores (dos quais a aranha-marrom se alimenta). Coloque armadilhas pegajosas e utilize inseticidas.

Você também pode colocar em sua casa aranhas-tigre, o principal predador da aranha-marrom. Ela é inofensiva para os seres humanos e pode exterminar a espécie violenta.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.