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Assistir a rinha de cães agora é ilegal nos EUA

3 minutos
Assistir a rinha de cães agora é ilegal nos EUA
Última atualização: 09 março, 2022

Com a aprovação de uma nova lei agropecuária nos Estados Unidos, passa a ser ilegal assistir a rinhas de cães e outros animais. No entanto, apesar de todas as restrições, esse negócio ilegal e brutal continua a ocorrer em grande parte do território norte-americano.

Uma lei para desencorajar as rinhas de cães

A lei, conhecida como Farm Bill, legisla sobre diversos aspectos da criação e manejo de animais domésticos.

Enquanto a organização de brigas de cães e outros animais já era classificada como crime federal, com a nova lei também se considera ilegal assistir e levar menores de 16 anos de idade a esses encontros.

A senadora democrata pelo estado de Washington, María Cantwell, foi a promotora da lei e trabalhou de maneira incansável para que fosse aprovada. Pelo seu esforço, recebeu uma homenagem da Humane Society of the United States.

Se um homem aspira a uma vida correta, seu primeiro ato de abstinência é o de ter compaixão pelos animais.”

-León Tolstói-

Um negócio ilegal em crescimento

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Apesar dos avanços em questões legislativas, as rinhas de cães continuam sendo um negócio lucrativo, principalmente nos estados do sul e do leste do território norte-americano.

Lamentavelmente, é uma tendência em franco crescimento, já que é uma prática que se tornou popular na cultura de gangues.

Esses grupos são verdadeiras fraternidades, cujos passos são difíceis de rastrear, favorecidos pelas vantagens da telefonia móvel e da internet. Assim, marcam rinhas e convocam apostadores através de mensagens cifradas em fóruns ou chats.

Além disso, a indústria das rinhas de animais está associada ao tráfico e contrabando de:

Animais exóticos e domésticos

Drogas

Armas

O destino cruel de alguns cães de briga

Os cães utilizados de forma majoritária para essa atividade cruel e violenta são os conhecidos como cães de briga.

São animais fortes, atléticos e musculosos, com mordidas poderosas. Entre eles estão:

  • Pit Bull Terrier;
  • Staffordshire Bull Terrier;
  • American Staffordshire;
  • Dogo Argentino;
  • Fila Brasileiro;
  • Tosa Inu;
  • Akita Inu;
  • Rottewiler.

Como os cães de briga são treinados

O treinamento recebido pelos cães que caem nas mãos desses criminosos é brutal, buscando seu fortalecimento físico e fraqueza emocional de diversas formas, todas brutais. Por exemplo:

  • São mantidos presos e famintos;
  • São forçados a correr em esteiras, utilizando outros animais como isca;
  • São pendurados pelas mandíbulas para fortalecer a sua mordida.

Além disso, os cães são constantemente torturados e até mesmo drogados para que sua ferocidade aumente. Muitos “treinadores” cortam suas orelhas para que seus oponentes não as mordam, afiam seus dentes para que causem ferimentos mais graves e também aplicam esteróides.

Resgate dos sobreviventes

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As rinhas organizadas são, em sua maioria, matar ou morrer.

Os animais que sobrevivem às lutas de cães e não são executados por seus sonos acabam abandonados e maltratados nas ruas. E como não receberam nenhum tipo de afeto ao longo de sua vida, são de difícil socialização.

Porém, como a raça não determina a agressividade de um cachorro, desde os abrigos se garante que possam, o mais cedo possível, voltar a levar uma vida normal com numa família que os queira e lhes permita esquecer o passado terrível.

Que as leis sejam aplicadas

Esperamos que a existência de regulamentações cada vez mais específicas permitam que se atue com mais rigor e eficiência para acabar com esse verdadeiro crime que é a utilização de animais no negócio de rinhas ilegais.

Embora seja difícil desmantelar as redes que operam na clandestinidade, a tolerância deveria ser zero para esse tipo de crime hediondo contra os animais, que estão à mercê da brutalidade de alguns humanos.

Enquanto isso, suas vítimas inocentes continuam seu calvário, incapazes de se defender desse que supostamente seria o seu melhor amigo e se tornou seu carrasco.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.