Biópsia canina: como é feita?
Escrito e verificado por o advogado Francisco María García
Graças à biópsia, é possível determinar o que aflige os cães e proceder a um tratamento subsequente ou intervenção cirúrgica.
Trata-se de uma técnica que consiste em coletar uma amostra de tecido para posterior análise microscópica. Assim, quando um cão está doente, o veterinário pode determinar se é necessário, além de outros testes, realizar uma biópsia.
Em que situações é recomendada uma biópsia em caninos? Como é feita? É necessário utilizar anestesia geral?
A seguir, veremos alguns dados que ajudarão a entender melhor esse procedimento, que pode causar preocupação nos donos de animais de estimação.
Antes da biópsia
Quando um cão está doente, a primeira coisa que o médico fará é criar um histórico médico completo para analisar a progressão da doença.
Assim, o histórico irá incluir a idade do animal de estimação, informações sobre o início do problema, os tratamentos que foram praticados e sua eficácia.
O veterinário também irá realizar um exame físico, que incluirá a verificação da temperatura do cão, palpação do abdômen e auscultação do coração e pulmões.
Dependendo do tipo de sintomas, alguns testes podem ser necessários para determinar a causa do problema.
Dessa forma, exames de sangue, raios-x, ultrassonografias, tomogramas, entre outros, podem ser realizados.
Os resultados desses testes podem levar à necessidade de realizar uma biópsia para obter um diagnóstico definitivo. Essa situação ocorre principalmente no caso de o médico suspeitar de neoplasia.
Tipos de biópsias em caninos
Existem diferentes tipos de biópsias em cães, dependendo dos critérios que usamos para classificá-las. Os mais conhecidos são:
- Dependendo do órgão ou tecido do qual o veterinário precisa pegar uma amostra para analisar, a técnica será diferente. Se uma pequena amostra de tecido for necessária, o tipo incisional pode ser realizado.
- Quando um tumor é removido em sua totalidade, a técnica é chamada de excisional. Neste caso, as margens externas da massa também devem ser removidas, a fim de analisá-las para confirmar que o tumor foi retirado em sua totalidade.
- Uma das biópsias mais frequentes em caninos é a da pele. Este procedimento é bastante simples, não é invasivo e envolve muito pouco risco para o animal.
A biópsia de pele é utilizada, geralmente, nos casos em que o diagnóstico não é claro, ou quando os tratamentos aplicados não tiveram efeitos positivos.
Além disso, com exceção da biópsia de pele, todos os outros tipos de biópsia requerem o uso de anestesia geral.
Como realizar uma biópsia canina
A técnica que será usada para extrair a amostra de tecido ou tumor dependerá de vários fatores, como o tipo de órgão envolvido e sua localização.
Existem basicamente quatro tipos de biópsias caninas, se considerarmos os critérios de classificação da técnica utilizada:
- A primeira é a cirurgia abdominal exploratória. Essa técnica é muito invasiva, mas pode ser indispensável em certos casos. Além disso, tem a vantagem de permitir a coleta de amostras – biópsia incisional – de vários órgãos ao mesmo tempo.
- A segunda técnica é uma biópsia realizada por meio de endoscopia. Através deste método, podem ser retirados pequenos fragmentos de tecido nasal, estômago, intestino ou cólon. Embora exija a aplicação de anestesia geral, esse tipo de biópsia não implica incisão cirúrgica.
- O terceiro método para realizar uma biópsia em caninos é a biópsia da pele. Neste caso, dependendo da lesão, diferentes tipos de agulhas e instrumentos são usados. É minimamente invasiva e, dependendo do animal e do procedimento, pode ser realizada sem anestesia geral.
- Finalmente, no caso do osso e da medula óssea, é possível realizar a biópsia com a ajuda de agulhas especiais.
Em todos os casos, a biopsia é muito útil, uma vez que permitirá determinar com precisão a doença do cão. Dessa forma, o veterinário poderá estudar as melhores opções para o seu tratamento.
Manipulação de amostras
Um dos passos importantes na biópsia canina é a manipulação da amostra obtida. Dessa forma, uma manipulação correta será determinante para a confiabilidade dos resultados da análise e, portanto, da certeza do diagnóstico.
A amostra deve ser manuseada o mínimo possível e com extrema delicadeza até que seja colocada no líquido de fixação. O volume desse líquido, geralmente formalina diluído a 10%, deve ser adequado.
Normalmente, recomenda-se uma quantidade de líquido equivalente a 10 vezes o volume da amostra.
Além disso, o tempo de fixação também deve ser rigorosamente respeitado e variará dependendo do tecido extraído.
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