Cães do grupo 7: classificação de raças segundo a FCI
A Federação Cinológica Internacional é encarregada de determinar os padrões de cada raça canina e de classificá-las segundo suas características. Neste artigo, contaremos a você quais são os cães do grupo 7, que incluem os cães de mostra (ou cães apontadores), ingleses e irlandeses.
Cães do grupo 7: de mostra
Várias das 31 raças desta seção são conhecidas fora do continente. Entre elas podemos destacar:
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Braco Alemão de pelo curto
Desenvolveu-se no início do século 19, para caçar, e é uma das raças mais eficientes nesse aspecto. Pode encontrar e apontar aves, recolhê-las em terra e em água, não tem medo de javalis ou de animais grandes e é capaz de seguir rastros de sangue devido ao excelente olfato que possui. É de fácil treinamento e muito inteligente.
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Weimaraner
O Braco de Weimar é outro dos cães de caça alemães usados também como cão coletor. Tem uma pelagem espessa e curta que o protege da umidade. O Weimaraner é muito fácil de se adestrar, carinhoso, obediente e um excelente guardião.
O manto é de cor da corça, prata ou cinza. A cabeça e as orelhas podem ser mais claras. Ao nascer, tem olhos azuis, depois turquesa, e, na idade adulta, âmbar. É um cão elegante, cheio de energia, ativo e pode ser um pouco perigoso com os estranhos. Sofre muito de ansiedade se fica só em casa.
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Spaniel Breton
Esta raça foi concebida para caçar aves e coelhos. Trabalha de forma similar à do Setter e do Pointer. Ainda que tenha surgido na Península Ibérica, desenvolveu-se na Província francesa da Bretanha. É um cão atlético, com patas longas e passo ligeiro.
A pelagem pode ser de várias cores, ainda que o branco e o laranja sejam a combinação mais habitual. De fácil treinamento, este cão de trabalho também pode ser um excelente animal de estimação. Ele precisa de suficiente exercícios para evitar hábitos nocivos.
Cães do grupo 7: cães apontadores ingleses e irlandeses
As 5 raças que fazem parte desta seção são “famosas” a nível internacional. Entre elas, podemos destacar:
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Pointer inglês
Este cão de caça deve seu nome a sua função, que é a de “apontar” as presas. Suas origens remontam o século 17, quando acompanhava os homens em caçadas com escopeta. Acredita-se que ele descende dos Bracos (mas ainda não se sabe se dos franceses, dos ingleses ou dos espanhóis).
É um cão de caça por excelência, é dotado de um incrível olfato, pode galopar durante horas e procurar velozmente uma presa. Pode sofrer doenças coronárias e às vezes surdez. Precisa de pelo menos uma hora de exercícios por dia.
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Setter irlandês
Podemos distinguir dois tipos de Setter irlandeses: o vermelho (mais comum) e o vermelho e branco. Em ambos os casos, a diferença mais importante é a cor do manto. Surgiu no início do século 18 e seu trabalho era encontrar as presas caçadas com escopetas. Vários exemplares foram exportados para os Estados Unidos no final do século 19 e foi assim que a raça se espalhou para outros continentes. Pode desenvolver intolerância ao glúten (uma espécie de doença celíaca canina) e precisa de uma dieta específica.
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Setter inglês
Os primeiros exemplares nasceram na França durante a Idade Média e descendiam do Braco. Muitos deles foram levados à Inglaterra onde cruzaram com cães locais e desenvolveram a raça como a conhecemos hoje (a partir do século 19).
É um cão de tamanho médio, apresenta pelagem branca e preta (similar a um dálmata, mas com pelos longos) ainda que também existam exemplares com marcas laranjas e quase sempre com orelhas pretas. O Setter inglês é muito inteligente, mas não é fácil de ser adestrado. Também se distrai com facilidade nos arredores da casa e a doença habitual na raça é a displasia de quadril. E com este cão terminamos os cães do grupo 7.
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