Cães que têm medo de outros cães: o que fazer?
Os passeios na rua, no parque ou no campo podem se tornar uma experiência ruim quando você tem um cachorro que tem medo ou é agressivo em relação a outros da sua espécie. Os motivos são diversos: uma memória ruim ou falta de socialização pode causar essa desconfiança no seu animal de estimação. A tensão que essa situação gera para o tutor não melhora se houver contato entre os animais. O que fazer com os cães que têm medo de outros cães?
Cães que têm medo
O medo é uma emoção a um estímulo, que pode ser um ruído, uma situação ou, nesse caso, lidar com outro cão. Obviamente, para um animal sociável como o cachorro, esse medo não é algo normal e pode ser um problema nas atividades cotidianas, como a caminhada diária.
Um tutor não pode punir seu animal de estimação por estar com medo nesse momento nem forçá-lo a interagir com o outro cão se ele mostrar sinais claros desse sentimento. Nesse caso, é aconselhável buscar a ajuda de um educador profissional em vez de tentar forçar uma aparente normalidade ao animal.
Sinais do medo em cães
Os sinais corporais são muito importantes para identificar em que estado o animal se encontra. Se você prestar atenção a esses sinais, será fácil prevenir uma situação negativa.
Os cães possuem uma linguagem corporal muito vasta. A expressão facial, a postura corporal e a posição da cauda indicam suas emoções.
Um cachorro assustado exibe o seguinte padrão:
- Orelhas abaixadas para trás ou próximas à cabeça.
- Tensão muscular. O animal pode até começar a tremer.
- Corpo encolhido.
- Rabo baixo, às vezes entre as patas.
- Latidos.
- Tentar se afastar da fonte do medo.
Quando o medo piora, o animal pode defecar, urinar ou até mesmo fazer movimentos repetitivos (estereótipos) em decorrência do estresse da situação. Também é comum ver sinais de calma nesses momentos.
Causas do medo
Cães que têm medo de outros cães geralmente têm uma motivação por trás desse sentimento, e as causas mais frequentes são:
- Falta de socialização. O estágio de socialização é fundamental na vida do filhote para evitar fobias na fase adulta. Esse período varia entre as três primeiras semanas de vida até os três meses. Durante esse tempo, é fundamental dar ao cachorro o maior número de estímulos possível: dessa forma, ele vai aprender o que é um cão e de que espécies são seus amigos, vai controlar a mordida, vai aprender a se comunicar, entre outras coisas.
- Experiência traumática. Uma experiência negativa anterior com outro cão pode ser suficiente para fazer o animal temer outro de sua espécie.
- Comportamento reforçado pelo tutor. Os cães reconhecem facilmente as emoções dos tutores. Nesse sentido, nas apresentações a outros cães, se o ser humano estiver tenso por medo ou ignorância, vai transmitir essa sensação ao animal, por exemplo, puxando a guia.
O que fazer quando seu cão tem medo de outro cão?
Eliminar o medo que um cão tem de outros animais da mesma espécie não é uma tarefa fácil: você deve estar ciente de que isso vai levar tempo e exigir esforço. Você não pode forçar o cão a interagir com outros, mas pode reduzir o medo que ele sente de encontrar outros cães que andam na rua seguindo uma série de orientações em relação aos passeios:
- Diminua a tensão. É aconselhável usar uma guia longa, de cerca de três metros, para proporcionar caminhadas mais calmas ao animal, sem tensão da guia ou solavancos ao cruzar com outro cão. Dessa forma, ele não vai associar a caminhada com a ideia de encontrar a fonte dos seus medos.
- Pratique o costume. Mantenha uma distância confortável dos outros cães. O tutor deve mostrar uma atitude calma e sempre usar reforço positivo nessas situações. Com o tempo, essa distância pode ser reduzida.
- Observe seu animal de estimação. É muito importante estar atento ao animal para saber seus limites e ver seu progresso.
Treinando dessa forma, o medo que seu cão sente de outros animais vai desaparecer gradualmente e, aos poucos, você poderá começar a apresentar seu animal a cães calmos, sociáveis e não muito enérgicos.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.