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Os cães vão para o céu?

4 minutos
Se o seu cachorro morre e você segue o cristianismo, provavelmente está se perguntando se os cães vão para o céu. Este artigo responde a essa pergunta do ponto de vista de várias religiões.
Os cães vão para o céu?
Última atualização: 29 dezembro, 2021

Perder um cachorro é sinônimo de dizer adeus a um membro da família. Em termos cerebrais, o luto que se segue à morte de um animal é o mesmo experimentado quando uma pessoa nos deixa. Portanto, não é surpreendente que os humanos recorram aos mesmos mecanismos de alívio e rituais de despedida de sua espécie, o que pode fazer você se perguntar se os cães vão para o céu após a morte.

Todos os membros de uma sociedade ocidental conhecem essa ideia do cristianismo, em que os animais vão para um lugar melhor após a morte, graças à sua inocência e à ausência de maldade. Mas e quanto a outras religiões e culturas? Como a passagem para a vida após a morte é concebida em vários lugares do globo? Neste artigo, você encontra uma visão geral das diferentes crenças a esse respeito, então não perca.

Os cães vão para o céu?

A palavra animal vem do latim, língua em que significa “dotado de respiração ou do sopro vital”. Portanto, desde tempos imemoriais considera-se que os animais possuem uma alma ou uma energia vital que os dota de movimento e consciência.

Segundo esse princípio, a religião cristã considera que os animais possuem um sopro vital recebido de Deus, assim como todas as criaturas vivas do planeta. Portanto, os cães vão para o céu, porque seu espírito é separado do corpo quando morrem e eles não poderiam ir para o Inferno, pois são criaturas totalmente inocentes.

Há uma tese histórica que diz que Jesus Cristo não aceitava sacrifícios de animais, pois pertencia à comunidade dos essênios, que eram vegetarianos.

Se você se interessar por esse tópico, abaixo encontrará a visão que outras religiões professam sobre os animais e a morte. Não perca, porque é a demonstração viva de que os cães, assim como outros não humanos, são tão importantes para nós quanto qualquer outro ser vivo.

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A zoolatria

O culto aos animais ou zoolatria está presente em uma infinidade de culturas e credos, antigos e atuais. Abaixo você pode aprender o que diferentes religiões pensam sobre a questão do que acontece aos animais quando eles morrem. Não perca.

Antigo Egito

Os animais são criaturas-chave na mitologia egípcia antiga, a tal ponto que alguns deles foram considerados encarnações de deuses na Terra. Os exemplos mais famosos são os gatos de Bastet, os falcões de Horus e os chacais de Anúbis, entre outros.

Quando um animal morria, os antigos egípcios acreditavam que ele percorria o mesmo caminho que os humanos para o outro mundo. Naqueles momentos em que um animal sagrado morria ou era oferecido em sacrifício ao deus que representava, era embalsamado e mumificado como uma pessoa.

Budismo e Hinduísmo

Esses dois sistemas de crenças também usam imagens de animais como representações de suas divindades. O deus hindu Ganesha, por exemplo, tem cabeça de elefante e é venerado como removedor de obstáculos e símbolo da abundância, da boa sorte e das ciências.

Tanto o budismo quanto o hinduísmo consideram que humanos e animais são parte da mesma família. Portanto, causar danos a eles quebra seu princípio de não-violência da mesma forma que quando um humano é atacado. Os monges budistas não comem carne e têm a obrigação de agir com misericórdia para com qualquer ser vivo.

Nessas crenças, afirma-se que os animais são humanos reencarnados. Essa transmigração responde a ações já realizadas na vida anterior: paradoxalmente, reencarnar no corpo de um animal é um retrocesso no caminho do Nirvana, pois ocorre quando se cometem erros.

A lenda da ponte do arco-íris

Finalmente, nessa seção, você aprenderá uma interpretação neutra sobre o que acontece aos cães e outros animais quando morrem. É uma lenda anônima escrita na forma de um poema que foi contada entre círculos animalistas por muitos anos.

Nele, cada vez que morre um animal doméstico, seu espírito atravessa o arco-íris como se fosse uma ponte para chegar a um lugar etéreo para descansar. Nesse local existem prados e colinas para correr, comida para todos e muita água. Lá, cada animal pode esperar em paz que seu humano se junte a ele quando morrer.

Além disso, sempre que uma pessoa que dedicou sua vida a ajudar seres não humanos morre, ela irá à ponte do arco-íris para guiar os espíritos dos animais que sofreram maus-tratos terríveis em sua vida. Esse espírito humano curará suas feridas físicas (e emocionais) e os acompanhará até o local onde estão todos os outros animais.

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Se os cães vão para o céu, para o círculo de reencarnação ou para o outro lado do arco-íris, é uma crença individual e válida de cada pessoa. Essa necessidade de criar um espaço mental no qual os animais descansam e encontram paz após a morte é um claro reflexo da conexão que nós, humanos, criamos com eles e do valor que suas vidas têm para nós.


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