Consequências de deixar um cachorro sozinho no carro
Deixar um cachorro sozinho no carro pode ser muito perigoso. Muitas pessoas que não dão a esse tema a atenção que ele merece podem subestimar os efeitos desse ato, que podem ser mortais. A seguir, queremos falar em detalhe sobre as consequências de deixar o seu cachorro sozinho no carro.
O que acontece quando um cachorro fica sozinho no carro?
Às vezes não queremos nos separar dos nossos cães, ou simplesmente pretendemos aproveitar o tempo que vamos dedicar aos compromissos para levá-los para passear. Pois bem, se você é uma daquelas pessoas que deixam o cachorro no carro, pare com isso! Esse ato pode até matar o seu animal de estimação.
Para demonstrar esse fato, um veterinário se trancou em um carro em um dia de muito sol para deixar claro o que acontece quando o cachorro está lá dentro.
Trata-se do Dr. Ernie Ward. Ele queria mostrar que se nós sofremos as consequências de um ato como esse, tendo um maior tamanho corporal e possivelmente uma maior adaptabilidade a circunstâncias adversas, então poderíamos ter uma ideia do que um pequeno cão poderia passar.
Após cinco minutos dentro do carro, o seu interior havia alcançado 37°C, embora ele tenha deixado as janelas abertas em alguns centímetros. Cinco minutos depois, o veterinário afirmou que estava vendo tudo embaçado no exterior, como se as coisas estivessem se movimentando.
Ele começou a ficar tonto com o calor tomando conta. O suor também começou a ficar evidente na sua roupa.
Após 20 minutos, já fazia 43°C e o veterinário só pensava em sair de lá. Mas era tudo por uma boa causa, então ele teve que resistir para demonstrar os efeitos desse ato cruel que está começando a ser considerado um tipo de maus-tratos contra os animais e a ser punido pela lei.
O que acontece com os cães nessa situação?
Após chegar em 44°C, o doutor saiu do veículo tonto e desidratado e explicou as suas conclusões. Por ser humano, ele pôde exteriorizar o calor por meio do suor, que serviu para regular um pouco a sua temperatura corporal, mas os cachorros não têm essa capacidade porque não suam.
Um cachorro mostrará a angústia do calor com esses sintomas: letargia, excesso de salivação, inquietação, sede intensa, ofegação, ritmo cardíaco acelerado, vômitos, febre, diarreia, língua escura e até mesmo falta de apetite.
Tanto esse experimento quanto outros estudos realizados já demonstraram que um cachorro que fica fechado em um carro pode sofrer não apenas danos físicos, mas também mentais e emocionais.
Esses são alguns deles:
- Sensação de abandono. Esse será o primeiro pensamento que vai passar pela cabeça de um cachorro: que você o abandonou à sua própria sorte.
- Estresse. Logo após a sensação de abandono, o cachorro começará a ficar nervoso e a se estressar, o que o colocará numa situação que poderia provocar nele danos cerebrais.
- Desidratação. Pense que um carro debaixo do sol vai virar uma espécie de estufa, ou seja, o seu cachorro vai começar a ter uma sede que ele não vai poder saciar por não ter água ou porque ela está quente, e vai começar a mostrar outros sintomas.
- Perda da consciência. Uma vez que o calor tenha alcançado um ponto que o cachorro não suporta mais, ele vai começar a se sentir tonto e, se você não tirar ele a tempo de lá, ele poderá perder a consciência. Somando esse último aos sintomas anteriores, se você não der atenção rápida a ele, é possível que ele chegue até mesmo a morrer.
Não faz muito tempo, houve um caso na Espanha de um homem que deixou o seu pitbull no carro fechado sob o sol. O animal batia nas janelas quando via as pessoas passarem como se estivesse pedindo que o tirassem de ali.
As pessoas chamaram a Guarda Civil, que chegou e quebrou os vidros do carro para tirar o animal de lá e atendê-lo.
O pobre cachorro tinha tanta sede que parecia que nunca havia tomado água na sua vida. Como resultado desse ato cruel, o dono foi denunciado e perdeu a guarda do animal.
Ficamos felizes em saber que a justiça julga quem comete maus-tratos contra os animais, mesmo que ainda tenhamos um longo caminho a percorrer.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.