Cuidados demandados por cachorros de orelhas longas
Alguns cachorros têm as orelhas muito longas e “caídas”… Em alguns casos, elas até chegam no chão! Por isso, neste artigo, vamos falar sobre os cuidados com os cachorros com essa característica tão charmosa. Assim, você vai evitar a proliferação de bactérias, infecções e o mau cheiro.
Raças de cachorros de orelhas longas
Antes de mais nada, seria bom fazer uma espécie de contagem daquelas raças de cachorros que têm orelhas longas. Podemos mencionar o cocker spaniel, o basset hound, o dachshund, o bloodhound e o beagle como principais “referências”, mas também há outros cujas orelhas são menores, ainda que caídas: o setter inglês, o labrador, o maltês, o são bernardo e o golden retriever.
Não há dúvida de que esses são cães muito bonitos e populares, escolhidos como animais de estimação em todo o mundo. No entanto, essa particularidade em relação às orelhas pode causar alguns problemas de saúde que, se não forem tratados a tempo, tornam-se complicações mais graves.
Os cachorros com “orelhonas” estão mais propensos à acumulação de cera, sujeira e umidade. Portanto, é mais fácil que sofram de infecções, fungos, vermelhidão, mau cheiro e, inclusive, supuração de pus.
O principal problema dos cães com orelhas grandes e caídas é que o pavilhão auditivo não tem uma ventilação adequada. Assim, depois do banho ou de um dia de chuva, a umidade não seca bem, e isso favorece a proliferação de certos micro-organismos.
As bactérias podem provocar, entre outras infecções auditivas, a otite, que é sinônimo de dor aguda, mudanças no comportamento – alguns cachorros ficam agressivos diante do sofrimento – e problemas para ouvir corretamente.
Outros sintomas que podem nos alertar da situação são: coçar as orelhas com as patas traseiras, sacudir a cabeça para os lados, ganidos e secreção amarela ou marrom que cai dos ouvidos com muito mau cheiro.
Cuidados especiais para cachorros de orelhas longas
Se você tiver um animal de estimação com orelhas longas, é muito importante prestar atenção na sua limpeza. Alguns dos cuidados com os cachorros com essas características são os seguintes:
1. Limpe os ouvidos com frequência
Desde filhotes, os cães devem ser acostumados ao banho e à limpeza de certas regiões, como as orelhas e os dentes. Dessa maneira, eles não verão isso como algo traumático, mas sim como uma brincadeira divertida.
Consulte o veterinário para conhecer a melhor maneira de limpar as orelhas do seu cachorro. Uma boa opção é enrolar uma bola de algodão e segurá-la com tesouras ou pinças, depois embeber em álcool e introduzir com cuidado no ouvido do animal. Depois, deve-se repetir a operação com um algodão seco para eliminar toda a umidade possível.
Algumas pessoas também usam cotonetes para humanos. Contudo, o problema é que o ouvido canino é muito maior e mais profundo que o das pessoas. Isso faz com que esse método não sirva para uma limpeza completa.
2. Limpe as orelhas (parte externa)
Existem diferentes alternativas para limpar a parte externa das orelhas do cachorro, como, por exemplo, lencinhos desinfetantes ou suaves. Passe com muito cuidado para remover toda a sujeira e, ao terminar, não se esqueça de secar com um lenço ou um pano.
3. Preste atenção nas mudanças nas orelhas
Os cuidados com os cachorros de orelhas longas também incluem analisar certos sintomas ou mudanças que podem aparecer.
Por exemplo, tenha cuidado para que elas não acumulem ácaros – parasitas que são como pontos pretos muito pequenos – nem sujeira acumulada, como fragmentos de plantas.
Observe uma vez a cada alguns dias as orelhas do seu animal de estimação, por dentro e por fora, e foque na presença de resíduos, secreções, mau cheiro ou vermelhidão.
4. Corte os pelos
Por último, caso o seu cachorro seja de uma raça com muitos pelos, como é o caso do cocker spaniel, recomendamos que você corte os pelos que podem entrar nos ouvidos e acumular sujeira.
Tanto no inverno quanto no verão, o cuidado com os cachorros com orelhas longas é fundamental. Evite que eles mantenham umidade nos ouvidos e, assim, você vai reduzir ao máximo as infecções e complicações.
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M, & Soler, E. A. (2000). Otitis externa en perros y gatos: aislamiento microbiològico y antibioterapia. A.V.E.P.A Asociación de Veterinarios Españoles Especialistas En Pequeños Animales.
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