Curiosidades sobre os ratos e a música
A maioria dos seres humanos gosta de música, que é usada para expressar diferentes pensamentos, sentimentos, situações e até mesmo como terapia. As melodias e as diferentes combinações de sons relaxam e animam, além de servirem para desabafar e fazer qualquer um dançar. No entanto, manter-se atualizado pode ser uma tarefa difícil para algumas pessoas, mas e os animais? Quer conhecer as curiosidades sobre os ratos e a música?
A capacidade de sincronização com a música é considerada propriedade apenas dos humanos. Não se sabe se o resto dos organismos são menos desenvolvidos neste aspecto por falta de estudo. No ano passado, essa relação foi testada mais a fundo em animais como ratos. Desta forma, neste artigo trazemos a relação destes mamíferos com a música, com 5 curiosidades que você não pode perder.
1. Os ratos têm sincronização de ritmo musical
Embora possa parecer difícil de acreditar, os ratos também podem seguir o ritmo da música. Assim, é detalhado em uma investigação publicada em novembro do ano passado, na revista Science Advances, realizada por cientistas de Tóquio, no Japão.
O estudo avaliou os movimentos físicos e neurais de 10 ratos, usando pequenos acelerômetros sem fio presos às suas cabeças. Durante 3 dias consecutivos foram realizadas as medições. O estímulo musical foi uma sonata de Mozart em 4 tempos diferentes. A resposta também foi registrada em 20 pessoas para fazer comparações com os dados obtidos em roedores.
Os ratos moviam a cabeça em sincronia com a música e os solavancos eram registrados pelo acelerômetro.
Além disso, os movimentos são mais perceptíveis com os animais em pé sobre duas patas, ou seja, em posição bípede. Ao contrário do que acontece quando estão apoiando os quatro membros.
2. A sincronização musical dos ratos é inata
O mais interessante da relação dos ratos com a música é que seus movimentos de cabeça são feitos de forma espontânea, sem que tenham sido treinados para isso. Isso revela que esses roedores têm uma sincronização inata com as melodias e este parece ser um dos primeiros relatos em animais ou seres vivos não humanos com essa habilidade.
Outros estudos detalham esse comportamento, mas por meio de treinamento ou exposição prévia a um ambiente musical. É o caso de leões-marinhos, cavalos domésticos, primatas e aves. Porém, com essa descoberta temos uma semelhança com os ratos, que seguem espontaneamente o ritmo musical, assim como nós humanos.
3. O ritmo musical preferido pelos ratos é aquele que oscila entre 120 e 140 batidas por minuto
Os ratos balançavam a cabeça ao som das melodias, mas tinham preferência por uma certa gama de batidas. Em particular, aquelas que oscilam entre 120 e 140 batidas por minuto ou BPM, em que se encontra a maioria das composições musicais. Os seres humanos também apresentam melhor afinidade com melodias que variam dentro deste valor.
4. Os ratos balançam mais a cabeça ao som da música do que os humanos
Os movimentos de cabeça gerados a partir de estímulos musicais em ratos ocorrem em maior número do que em humanos, com valor até dez vezes maior. Isso se deve à menor massa da cabeça dos roedores.
5. Os ratos movem suas cabeças para diferentes estilos de música
Além da peça de Mozart, outras canções foram empregadas no estudo sobre a sincronização de ratos com a música. Artistas como Lady Gaga, Maroon 5, Queen e Michael Jackson fizeram parte da investigação. Os temas escolhidos foram reproduzidos duas vezes e aleatoriamente por meio de alto-falantes. Estes foram os seguintes:
- Sonata para dois pianos ( K.448 ) de Mozart.
- Born This Way por Lady Gaga.
- Another One Bites The Dust de Queen.
- Beat it de Michael Jackson.
- Sugar de Maroon 5.
Assim, os ratos moviam a cabeça ao ritmo da música clássica e moderna.
Dessa maneira, terminamos as 5 curiosidades sobre os ratos e a música. Assim, vemos que os animais têm muitos talentos. Eles podem reagir a estímulos sonoros, emitir diferentes tipos de vocalizações (algumas bastante melodiosas) ou receber treinamento para responder a um ritmo musical. Da mesma forma, eles nos surpreendem com uma sincronização inata em que os processos neurais funcionam em conjunto com os motores.
Além disso, esses dados interessantes nos mostram as capacidades que os animais podem ter e que não conhecíamos até agora. Sem dúvida, ainda há muito a ser descoberto sobre esse assunto e estudos futuros podem investigar as origens da música e da dança na escala evolutiva.
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