Direitos dos animais que trabalham na mídia
As últimas tendências em publicidade vêm transformando os animais que trabalham na mídia em grandes estrelas. Animais domésticos e alguns animais selvagens são os protagonistas de campanhas publicitárias de grandes empresas.
As imagens ‘artísticas’ desses animais colocadas em seus perfis geram uma grande renda financeira para seus donos. À primeira vista, a ideia parece inofensiva, mas quantos direitos são violados nessas produções?
O uso de animais selvagens na mídia
É cada vez mais comum ver tigres, leões, macacos e elefantes nos anúncios de importantes empresas comerciais. Estes e muitos outros animais representam várias características com as quais eles desejam vender seus produtos: força, coragem, alegria… Mas o que acontece nos bastidores?
A maioria desses animais é removida do seu habitat natural e forçada a viver em um ambiente que é prejudicial a eles. Eles perdem o contato com outros animais, o que afeta profundamente a sua capacidade de socializar e, em geral, ficam trancados em gaiolas pequenas e inadequadas para o seu desenvolvimento.
Muito além da aparente boa vontade daqueles que os possuem, há um abuso de animais quando eles trabalham mídia. Infelizmente, isso acontece na maioria dos casos. O isolamento, o treinamento com violência física ou falta de comida, o estresse causado e as mutilações que eles podem sofrer são violações dos seus direitos.
Animais de estimação, os artistas da família
Os animais de estimação também são “contratados” por grandes marcas e por seus próprios donos como estrelas midiáticas. Parece que a sua presença nos diferentes meios de comunicação possui uma alta rentabilidade. Alguns até têm seus próprios agentes e obtêm lucros que excedem os salários dos seus donos.
Os especialistas em marketing e comunicação são criativos e estão sempre em busca de inovação. É assim que eles incorporam animais em suas campanhas, e até começaram a direcionar publicidade exclusiva para cães e gatos. As marcas mais reconhecidas de alimentos para animais de estimação são as pioneiras em relação ao uso de sons ultrassônicos e outros estímulos.
No que diz respeito às redes sociais, não há dúvida de que o Instagram é o rei das imagens com um grande tráfego de conteúdo. Muitos animais de estimação são líderes no número de seguidores, e seus perfis atraem diversos patrocinadores. Os responsáveis pelo gerenciamento dessas contas são seus próprios donos, os mesmos que se beneficiam das suas publicações.
As fundações defensoras dos animais
É verdade que nem todos os animais sofrem abuso, mas a grande maioria sofre, até mesmo sem que os envolvidos saibam. As fundações que atuam na defesa dos direitos dos animais estão muito atentas às rotinas e ao uso desses seres vivos.
Um dos principais argumentos contra o uso de animais na publicidade é o dano irreversível provocado no estado físico e mental. Vários desses ‘atores’ já foram resgatados com cortes, garras feridas e consequências irreversíveis em seu comportamento.
Não esqueça que o simples fato de ser forçado a agir contra a sua vontade com ações que não fazem parte da sua natureza já é um abuso. As consequências podem ser imprevisíveis para a sua saúde mental, principalmente quando o animal envelhece.
Além disso, vale ressaltar que muitos estão em risco de extinção. A necessidade de adquirir certos tipos de animais é uma das causas do tráfico e das vendas que excedem os limites permitidos. Surge um mercado paralelo ilegal de vendas, e é muito difícil freá-lo se você não perceber a realidade.
Exemplos de animais que trabalham na mídia
O macaco Tiby é um exemplo claro de um chimpanzé que vive em cativeiro há anos e tem sido usado como ator, representando um banqueiro. Um importante hotel do mundo tem um gato como o seu principal promotor. Outros tantos cães aparecem todos os dias na televisão para ‘vender’ os produtos de outras pessoas.
Por outro lado, nas redes sociais, Toast é um dos cães com o maior número de seguidores, uma excelente atração para quem deseja expandir a visibilidade da sua marca. As consequências para a saúde psicológica do animal de estimação são uma questão separada, mas que também precisa ser considerada.
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