Doenças congênitas em gatos

Estas são herdáveis de pais para filhos através do DNA. Se forem detectadas a tempo, terão tratamento e até cura, por isso é vital conhecê-las previamente.
Doenças congênitas em gatos

Última atualização: 07 julho, 2018

Os gatos podem sofrer certas patologias herdadas dos pais. Não podemos nos esquecer que os genes desempenham um papel muito importante na transmissão de informações. É por isso que, neste artigo, vamos falar sobre as doenças congênitas em gatos.

Quais doenças congênitas em gatos existem

De acordo com o International Cat Careanteriormente conhecido como Feline Advisory Bureau ou FAB, existem diferentes doenças congênitas em gatos. Algumas delas podem ser tratadas se forem detectadas precocemente e outras podem ser curadas.

Esta organização tem um projeto graças ao qual os dados são coletados em patologias típicas de cada raça de gato e na incidência de genes em seus espécimes. Essa é uma extensa lista, mas vamos destacar as seguintes doenças:

  1. Rim policístico

É também conhecida como doença renal policística e afeta várias raças de gatos como: birmanês, persa, himalaia, britânico de pelos curtos, scottish fold e os cruzamentos com persas. Consiste no desenvolvimento de cistos nos rins, que aumentam seu tamanho com a idade e causam insuficiência renal irreversível.

Gato triste
Fonte: www.recreoviral.com

Nem todos os espécimes dessas raças sofrem com isso, mas é necessário realizar exames periódicos para determinar se essas protuberâncias surgiram e para poder tratá-las a tempo.

  1. Cardiomiopatia hipertrófica

É mais comum nos gatos maine coon e ragdoll, raças que nasceram com genes mutantes e que leva ao espessamento das paredes ventriculares do coração. Isso provoca alterações nas batidas e no bombeamento do sangue.

  1. Glicogenose tipo IV

Esta doença congênita, até agora, só afeta gatos da raça norueguês da floresta e está relacionada ao metabolismo do glicogênio. Gatas prenhas com glicogenoses do tipo IV, quase sempre abortam naturalmente.

Filhotes também podem morrer logo após o nascimento, já que seus corpos não têm energia suficiente para sobreviver. Em uma porcentagem muito baixa, eles podem viver até os cinco meses e, a partir daí apresentarem sintomas de degeneração neuromuscular e morrer de ataque cardíaco.

  1. Atrofia muscular espinhal

É outra das doenças congênitas em gatos que afeta apenas uma raça em particular. Neste caso, o maine coon. Foi descoberta há pouco mais de uma década, após pesquisas de criadores, veterinários e cientistas.

raça maine coom

 

Atrofia muscular espinhal afeta os movimentos mais básicos, como caminhar, engolir e controlar a cabeça. Para um filhote sofrer desta doença, ambos os pais devem ser portadores do gene anormal. A probabilidade de virem a sofrer é de 25%.

  1. Gangliosidose 1 e 2

Pode afetar três raças: siamês, birmanês e Korat e causa uma anormalidade no processo de ligação entre gorduras e açúcares nas células cerebrais. Como resultado, o animal tem problemas neurológicos, que se desenvolvem e podem ser fatais. É difícil de ser detectada até que a doença já esteja muito avançada.

  1. Atrofia progressiva da retina

É uma doença congênita que afeta os gatos das raças: Abissínio, Ocicat, Somali, balinesa, american curl, cornish rex, shorthair oriental, munchkin, siameses e peterbald.

A atrofia progressiva da retina é uma patologia degenerativa que afeta as células dos olhos e resulta em cegueira irreversível. A princípio, manifesta-se como perda de visão noturna e depois diurna.

  1. Deficiência de piruvato quinase de eritrócitos

Outra doença que pode aparecer em muitas raças, incluindo o Abissínio, Shorthair, Mau-egípcio, Maine Coon, Norueguês da floresta, Somali e Savannah.

É uma anormalidade em que as células vermelhas do sangue são rapidamente destruídas – a medula óssea não pode substituir a quantidade perdida, isso causa anemia crônica. O tratamento inclui transfusões sanguíneas frequentes ou, em casos mais graves, o transplante de medula óssea.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.