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É bom dar antibióticos ao seu animal de estimação?

4 minutos
Dar antibióticos para o seu animal de estimação pode causar vômitos, diarreia e, até mesmo, envenenamento. Por isso, é mais do que aconselhável consultar o veterinário.
É bom dar antibióticos ao seu animal de estimação?
Francisco María García

Escrito e verificado por o advogado Francisco María García

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Antibióticos são drogas amplamente utilizadas no tratamento de doenças causadas por bactérias. 

Existem muitos tipos de antibióticos, que podem ser usados ​​para controlar e combater diferentes infecções.

A seguir, vamos explicar se é bom dar antibióticos para o seu animal de estimação e as precauções que devem ser tomadas com este tipo de droga.

Como os antibióticos funcionam no corpo?

Medicamentos conhecidos como antibióticos consistem em drogas quimioterápicas. Ou seja, sua ação terapêutica se baseia nas interações químicas que elas geram no organismo do paciente.

Como mencionamos, os antibióticos são desenvolvidos para tratar patologias bacterianas. Ou seja, sua ação química atua para controlar a reprodução ou eliminar as bactérias que desencadeiam um processo infeccioso.

Por esta razão, estas drogas não são eficazes no combate a doenças causadas por outros microrganismos, como vírus ou fungos.

Antibióticos seletivos versus antibióticos de amplo espectro

A ampla variedade de antibióticos existentes é geralmente classificada em dois grandes grupos; dependendo de sua ação no organismo: antibióticos seletivos e antibióticos de amplo espectro.

  • Antibióticos seletivos: são aqueles que só atuam contra certas bactérias. Portanto, sua ação é seletiva e geralmente é eficaz no tratamento de doenças causadas por certos tipos de bactérias.
  • Antibióticos de amplo espectro: esses medicamentos atuam em uma ampla variedade de bactérias. Sua ação inclui um amplo espectro e pode ser usado para tratar patologias que podem estar associadas a mais de um tipo de bactéria.
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Ao olhar para a embalagem de um antibiótico, podemos identificar a principal droga que atua sobre as bactérias. No entanto, a adição de outros compostos químicos que aumentam a ação antibiótica do medicamento também é comum.

Um exemplo clássico é o ácido clavulânico. Essa substância geralmente acompanha a amoxicilina em muitos dos antibióticos comercializados.

Embora não seja um antibiótico, este composto químico aumenta a ação da amoxicilina, otimizando o tratamento.

Quando dar antibióticos ao seu animal de estimação?

Logicamente, os antibióticos geralmente são administrados quando seu animal de estimação sofre algum tipo de processo infeccioso causado por bactérias. Mas antes de administrá-los, o diagnóstico de uma doença de origem bacteriana deve ser confirmado.

Com alguma frequência, os sintomas de uma infecção viral podem ser confundidos com uma bacteriana. Por esta razão, o cuidado veterinário é essencial antes de administrar antibióticos ao seu animal de estimação.

Cada animal é um ser único, com um organismo único; portanto, não há tratamento único e eficaz para todos os pacientes.

Apenas um profissional treinado pode verificar a causa dos sintomas apresentados pelo seu animal de estimação e, após confirmar um diagnóstico, determinar um tratamento adequado às suas necessidades específicas.

Além disso, os veterinários também costumam administrar antibióticos após intervenções cirúrgicas. Desta forma, as lesões ou cicatrizes da pele são impedidas de se infectarem durante sua recuperação.

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Da mesma forma, um tratamento com antibióticos pode ser necessário em casos de infestações por carrapatos, pulgas ou ácaros.

Ao eliminar esses ectoparasitas, evita-se que pequenas lesões na pele infeccionem durante a cicatrização.

Por que não devemos automedicar nossos cães?

Infelizmente, alguns proprietários oferecem antibióticos para seus animais de estimação sem a orientação prévia de um veterinário.

No entanto, a automedicação é muito perigosa e não recomendada, tanto para as pessoas quanto para os animais de estimação.

Existem realmente alguns antibióticos que podem ser usados ​​para tratar seres humanos e outros animais. No entanto, nem todos os medicamentos administrados a humanos podem ser ingeridos por animais de estimação e vice-versa.

Além disso, as doses e a frequência devem sempre ser determinadas por um veterinário, pois dependem do motivo da administração e do organismo de cada animal.

Por exemplo, o peso do animal e seu estado de saúde devem sempre ser considerados para definir um tratamento eficaz e seguro usando antibióticos.

A administração inadequada ou exagerada de antibióticos para o seu animal de estimação pode levar a vários efeitos colaterais indesejados; desde vômitos e diarreias até uma intoxicação.

Esses são alguns dos possíveis riscos de automedicar seu melhor amigo.

Dicas para tratamento seguro com antibióticos

  • Apenas ofereça antibióticos ao seu animal de estimação com a orientação prévia de um veterinário.
  • Proporcione um ambiente confortável, seguro e positivo para o seu animal de estimação, para ajudar na sua recuperação.
  • Consulte o veterinário sobre o uso de probióticos para evitar o desequilíbrio na flora intestinal do seu animal de estimação durante o tratamento.
  • Ofereça medicamentos preventivos adequados aos seus animais durante toda a vida. Também são necessárias visitas ao veterinário a cada seis meses, além de manter suas vacinas e vermifugações em dia.

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


Mota, R., Mota, R. A., Silva, K. P. C. da, Freitas, M. F. L. de, Porto, W. J. N., & Silva, L. B. G. da. (2005). Utilização indiscriminada de antimicrobianos e sua contribuição a multirresitência bacteriana. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science. https://doi.org/10.1590/S1413-95962005000600010


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.