Encontraram um cavalo pré-histórico congelado
Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez
Os animais extintos sempre atraíram a nossa atenção, mas a verdade é que só sabemos sobre eles através de fósseis e pinturas antigas. Exceto em alguns casos, como o desse cavalo pré-histórico congelado.
Encontraram um cavalo pré-histórico congelado
Aconteceu na Sibéria, onde um grupo de cientistas conseguiu resgatar os restos intactos de um cavalo pré-histórico chamado cavalo de Lena (Equus lenensis), um cavalo selvagem semelhante ao Przewalski, que viveu durante o período Paleolítico, e se extinguiu no período de 30 a 40 mil anos atrás.
Este cavalo pré-histórico, que tem cerca de dois anos de idade,mantém seus pelos e cascos intactos e, provavelmente, alguns de seus órgãos internos.
Isso porque o animal permaneceu em um permafrost, isto é, um tipo de solo permanentemente congelado.
Estes não são os primeiros restos que o permafrost revela: filhotes de leão e mamutes são alguns dos animais que foram perfeitamente preservados sob o solo da Sibéria e outras regiões frias.
Clonar um cavalo pré-histórico?
Os cientistas participantes da expedição suspeitam que o cavalo pré-histórico encontrado possa ter se afogado, já que o animal não apresenta ferimentos no corpo.
O estado perfeito de conservação deste espécime abre as portas para a clonagem e gestação do embrião em um cavalo atual.
Este é um dos ramos da ciência mais controversos da atualidade. Desde a extinção destas espécies, há milhares de anos, provavelmente os ecossistemas voltaram a se equilibrar.
Isso significa que a Europa de hoje dificilmente pode acomodar espécies extintas sem desequilibrar os ecossistemas.
A esse respeito, outras espécies que não estão extintas, como o bisonte europeu, estão sendo introduzidas em outros países, através de vários projetos.
É necessário esclarecer que, de fato, o bisão europeu não viveu na península ibérica, e que foi um antepassado do que aparece em pinturas rupestres na caverna de Altamira.
Cavalo de Lena
O cavalo de Lena vivia em Beringia, que, durante o final do Pleistoceno, era equivalente ao norte do Canadá, Alasca e Sibéria.
Acredita-se que os animais adultos desenvolveram uma pelagem grossa para evitar o frio da região.
O cavalo de Lena já pertencia ao gênero Equus, cavalos modernos que viviam no Pleistoceno.
Acredita-se que os cavalos descendem de um pequeno mamífero herbívoro com dedos, conhecido como Eohippus.
Posteriormente, os ancestrais dos cavalos foram aumentando de tamanho e mudando de dedos para cascos, para dar lugar, há cinco milhões de anos, ao gênero Equus, ao qual pertencem tanto o cavalo de Lena quanto o cavalo atual.
Provavelmente, o cavalo de Lena, juntamente com seus parentes próximos, começou a se espalhar ao redor do mundo há cerca de 15 mil anos, através da ponte de Beringia.
Há 10 mil anos, todos os cavalos, incluindo os de Lena, foram extintos da América do Norte.
O cavalo de Lena é outro exemplo de um cavalo selvagem, que hoje é considerado extinto. No Paleolítico, os humanos caçavam cavalos, como pode ser visto nos registros fósseis e nas pinturas rupestres.
Possivelmente, o cavalo de Lena foi extinto pela caça, embora outras espécies de cavalos tenham passado por um processo de domesticação, o que levou a descobertas incríveis como a dos primeiros veterinários de cavalos.
Os únicos cavalos considerados hoje como semisselvagens são o cavalo Przewalski e o cavalo mustang. Ambos são, na verdade, animais domesticados que se refugiaram na natureza e recuperaram parte de seu comportamento indomável.
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Boeskorov, G. G. (2004). The North of Eastern Siberia: Refuge of Mammoth Fauna in the. Gondwana Research, 7(2), 451-455.
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