Gato burmês: características e comportamento
À primeira vista, o gato burmês pode não parecer muito diferente do siamês. Na verdade, essa semelhança externa foi objeto de estudo durante uma parte da história, a fim de poder diferenciar as 2 raças corretamente.
Se você se interessa por essa raça e suas características, veio ao lugar certo. Além disso, se está pensando em compartilhar sua vida com um desses felinos, aqui está tudo o que você precisa saber sobre essa bela raça de gato.
História da raça
Evidências arqueológicas sugerem que essa raça já estava presente na Tailândia no século XV, embora a sabedoria popular coloque sua origem nos templos dos monges birmaneses. Os documentos considerados oficiais, porém, datam de 1930 nos Estados Unidos, onde um médico criou a raça artificialmente em busca das características que mais gostava.
A diferença entre o gato burmês e o gato siamês foi estabelecida por meio de cruzamentos genéticos, pois, ao criar felinos de ambas as raças, os filhotes apresentavam traços de cada um deles. Dessa forma, ficou claro que, embora semelhantes, esses tipos de gatos não são iguais.
Características gerais do gato burmês
Essa raça felina possui formas arredondadas: olhos, orelhas, cabeça, membros e corpo geralmente apresentam curvas suaves e uniformes. Além disso, mesmo com seu tamanho médio, esse gato dá a sensação de pesar mais do que deveria quando segurado nos braços, graças à robustez de seus músculos e ossos.
O gato burmês tem cabelo curto e sua pelagem é tradicionalmente marrom escura, mas a seleção artificial expandiu a gama de cores ao longo dos anos. Os filhotes podem apresentar um tom mais escuro nas pontas do rabo, nas orelhas e nas patas, mas essa característica desaparece com a idade.
Uma das curiosidades desses gatos é o miado, mais melodioso e áspero. Na verdade, eles são conhecidos por serem gatos muito “falantes”, respondendo praticamente todas as frases que lhes são dirigidas.
Personalidade e tendências comportamentais
Embora cada gato seja diferente, essa raça tem associadas algumas tendências de personalidade que a tornam uma companhia ideal. Os felinos jovens se destacam pelo alto nível de atividade e capacidade de adaptação, pois são mais curiosos do que a maioria das variantes dessa espécie.
À medida que ficam mais velhos, esses animais vão se tornando mais calmos, por isso é necessário monitorar sua atividade para que não fiquem muito acomodados e sua saúde seja comprometida. Mesmo assim, seu gosto pela observação não se esvai, por isso uma boa janela vai satisfazer suas vontades na hora de passar o tempo.
Esses gatos são muito apreciados como animais de estimação, devido à sua natureza brincalhona e sociável. Na verdade, eles pedem atenção e brincar com eles pode ser uma atividade sem fim, especialmente para animais mais novos.
Como conviver com um gato burmês?
Embora possam tender a ser inativos, esses felinos são bons escaladores e sabem pular com elegância, por isso precisam de lugares para escalar. Árvores para gatos e até prateleiras nas paredes são uma opção altamente recomendável para mantê-los ativos.
Como você leu acima, são gatos muito sociáveis e precisam de uma cota diária de interação. Não é aconselhável deixá-los sozinhos por longas horas quando se pensa em seu bem-estar emocional. Se tiverem uma boa socialização, eles vão conviver bem com outros animais de sua espécie.
O gato burmês se adapta bem às mudanças – dentro da capacidade geral dos gatos de lidar com as mudanças, é claro. Essa é uma das razões pelas quais a raça é frequentemente escolhida quando futuros filhos estão incluídos no plano de vida dos tutores. Se a convivência entre bebês e gato for saudável, grande parte de sua socialização diária estará resolvida.
Precauções veterinárias
Não existem doenças congênitas graves associadas a essa raça, embora tenham sido detectados 2 problemas relacionados ao gato burmês. São os seguintes:
- Gangliosidose GM2: é uma doença genética caracterizada pela deficiência da enzima beta-hexosaminidase, que produz alterações no sistema nervoso.
- Malformações cranianas congênitas: podem afetar a expectativa de vida do felino recém-nascido doente.
De resto, os cuidados que devem ser tomados para preservar a saúde desse felino não são diferentes dos cuidados exigidos por qualquer outra raça. Ao cuidar da alimentação, da saúde mental e da atividade física – além dos respectivos exames veterinários -, o tutor garantirá uma vida plena e amorosa ao seu felino.
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- Cat Fanciers’ Association: Breed Profile: European Burmese. (2000). The Cat Fancier’s Association. https://web.archive.org/web/20071027004943/http://www.cfa.org//breeds/profiles/eurbur.html
- EcuRed. (217d. C.). Gato burmés – EcuRed. https://www.ecured.cu/Gato_burm%C3%A9s
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