Hemofilia em cães: como diagnosticar e tratar

Hemofilia em cães: como diagnosticar e tratar
Francisco María García

Escrito e verificado por o advogado Francisco María García.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Conhecida como a doença do sangue, a hemofilia em cães é uma doença de caráter hereditário. Trata-se com muito cuidado, devido a suas consequências, e geralmente se manifesta a partir dos dois meses de idade.

A hemofilia consiste em um problema na coagulação do sangue. As enzimas e proteínas que deixam o sangue mais espesso são inibidas. Assim, a circulação acaba ficando muito líquida.

A melhor maneira de tratar a hemofilia em cães é com a ajuda de um especialista. O dono do animal deve estar atento a qualquer anomalia de caráter circulatório, e levá-lo ao veterinário ao notar qualquer acontecimento irregular.

Como a hemofilia em cães se manifesta?

Lamentavelmente, não existe um diagnóstico prévio, a menos que o dono conheça os antecedentes dos pais do cão. Essa doença pode ter consequências graves, como sangramentos constantes e hemorragia.

cão pastor australiano em um matagal

É preciso ressaltar que a hemofilia é uma doença hereditária, ou seja, que infelizmente é transmitida da mãe para os filhos, através de um problema no cromossomo X.

No caso dos machos, eles sempre sofrerão com essa doença se herdarem o cromossomo da mãe. Já as fêmeas só serão transmissoras, a não ser que sejam filhote de um macho e fêmea, ambos portadores desse cromossomo.

Existem raças mais propensas que outras a sofrer de hemofilia em cães. Por exemplo, raças como Pastor Alemão e Dobermann têm mais tendência a sofrer dessa doença.

A maneira mais comum de saber se um animal é hemofílico, é depois dele sofrer um ferimento. Em geral, em condições normais, o processo de coagulação se dá de maneira imediata, o que evita que o sangramento se prolongue.

No caso da hemofilia em cães, o sangramento nunca para. Se for um corte superficial, não existe muito risco. No entanto, quando se trata de feridas profundas, a hemofilia pode ser mortal.

O que fazer diante da suspeita de hemofilia em cães? 

Se você presenciou um episódio de sangramento prolongado, o indicado é levar o animal imediatamente ao veterinário.

Através da origem e localização da ferida, o especialista poderá determinar a forma de reação do corpo. Ou seja, se existe alguma anomalia no sistema circulatório.

Existem três tipos de hemofilia: A, B e C, também chamadas de leve, moderada e grave. No caso da hemofilia de tipos A ou leve, geralmente detecta-se somente quando há uma ferida, enquanto as do tipo B ou C se manifestam entre os quatro e seis meses de idade.

Nesses casos, é comum ver o cão sangrar pelo nariz ou gengiva. Além disso, também existe a possibilidade do animal ter sangue na urina e nas fezes.

Como se trata a hemofilia em cães 

  • O primeiro a fazer é diagnosticar. A menos que o dono saiba que o animal é hemofílico, o veterinário vai determinar a causa do sangramento.
  • Em algumas ocasiões, um sangramento constante pode acontecer por fatores externos. Um caso comum é a ingestão de veneno para ratos por parte do animal, e também a picada de cobras.
  • Nos dois casos, como consequência do efeito do veneno, as enzimas que coagulam o sangue são inibidas.
cão tomando pílula
  • Uma deficiência na absorção de vitamina K também pode causar um sangramento descontrolado. Isso porque a vitamina K atua sobre o fígado, órgão encarregado de produzir enzimas coagulantes.
  • Alguns medicamentos também afetam o processo de espessamento do sangue, como por exemplo, os antibióticos de uso prolongado. Também pode-se dar uma dose extra aos cães que consomem anticoagulantes.
  • Se o exame do especialista diagnostica a hemofilia em cães, provavelmente ele receitará coagulantes ao animal. Ou, se for o caso, dará um tratamento à base de vitamina K.
  • Mais recentemente, também passou a ser utilizada uma terapia genética para superar a hemofilia. A terapia consiste na injeção no organismo do fator VIII, causador da doença.
  • Até o momento, os animais tratados com este tipo de terapia conseguiram ficar livres da hemofilia durante três anos.

Considerações sobre os transtornos circulatórios

O déficit de coagulação no sangue pode causar outros problemas de saúde ao animal. O mais comum é a anemia, que é causada por alguma hemorragia interna.

Os sintomas dessa condição são fraqueza, problemas para respirar e arritmias. O animal também parece confuso ou devagar. Geralmente, ele também vomita e defeca com sangue.

Fonte da imagem principal: Aleksev Gnilenkov


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