Hérnia diafragmática em gatos: causas e sintomas

A hérnia diafragmática envolve a ruptura do diafragma e o deslocamento do conteúdo abdominal para o abdômen. É uma doença que deve ser tratada prontamente.
Hérnia diafragmática em gatos: causas e sintomas

Última atualização: 15 março, 2021

Os gatos podem sofrer de doenças pouco conhecidas, como a hérnia diafragmática. Embora o seu nome imponha respeito, é conveniente saber quais são os sintomas dessa patologia, o que a provoca e o que fazer nessa situação se um felino doméstico a apresentar.

Como acontece com qualquer condição, a melhor opção é levar o animal ao veterinário imediatamente, assim que qualquer anormalidade for detectada. Em muitos casos, algumas horas podem significar a diferença entre uma história com final feliz e o desenvolvimento de um quadro sério. Com base nessa premissa, vamos contar a seguir tudo o que você precisa saber sobre a hérnia diafragmática em gatos.

O que é uma hérnia diafragmática?

Em primeiro lugar, uma hérnia se refere a um saco formado no peritônio, a membrana que reveste a cavidade abdominal. Esse saco passa pela fáscia – a forte camada da parede abdominal que envolve o músculo – por meio de um orifício ou alguma área fraca.

Um tipo de hérnia é a hérnia diafragmática, que pode ser uma anomalia congênita ou traumática. Por outro lado, entre as anomalias pericárdicas congênitas mais comuns em cães e gatos, está a hérnia diafragmática peritônio-pericárdica.

A hérnia diafragmática peritônio-pericárdica é a anomalia mais comum em cães e gatos. Nessa condição clínica, uma comunicação duradoura é criada entre as cavidades pericárdicas e as do peritônio.

As primeiras correspondem à membrana que reveste o trato abdominal e as vísceras, enquanto as segundas são a membrana que envolve o coração. A gravidade dessa patologia depende dos órgãos que estão comprometidos, embora os mais frequentemente afetados sejam o fígado e a vesícula biliar.

Um gato no veterinário.

Quais são as causas dessa patologia?

Em gatos, a hérnia é geralmente causada por traumatismo, seja devido a um acidente de carro ou a uma queda partindo de alguma superfície alta. O traumatismo também pode causar fraturas nas costelas, lacerações e hematomas pulmonares.

Isso porque o conteúdo abdominal invade o tórax e pode causar alterações no pulmão e no coração. Já as manifestações digestivas causadas pela hérnia diafragmática são mínimas.

Quais são os sintomas da hérnia diafragmática?

O principal sintoma de uma hérnia diafragmática é a dificuldade respiratória. Especificamente, essa patologia está relacionada a problemas respiratórios, visto que dificulta a expansão dos pulmões na inspiração. Entre os sinais clínicos mais comuns, são observados os seguintes:

  • Problemas respiratórios.
  • Respiração rápida e superficial.
  • Necessidade de respirar. O animal força sua postura e estica a cabeça e o pescoço.

Em todo caso, é necessário enfatizar que os sintomas variam de acordo com a gravidade da hérnia e a quantidade de material abdominal presente no tórax. Entre outros dos sinais mais comuns, estão incluídos tosse, dispneia e estertores.

Se o conteúdo do tórax também estiver alojado no fígado, essa condição pode causar icterícia. Além disso, a icterícia – coloração amarelada da pele e das mucosas devido ao aumento da bilirrubina no sangue – é frequentemente acompanhada por insuficiência hepática.

Nos casos mais graves ou de natureza crônica, problemas de vômito e regurgitação têm se manifestado no animal. A disfagia, uma clara dificuldade para engolir, também pode ser detectada.

Como a hérnia diafragmática é diagnosticada e tratada?

Para confirmar o diagnóstico, é necessária a realização de radiografias de tórax. Esse tipo de exame clínico também permite detectar a presença de qualquer outra anormalidade no gato.

Ao fazer o raio-X, se o animal estiver são, será observada a silhueta do coração e dos pulmões. Se houver uma hérnia, é detectado o deslocamento dos espaços pulmonares e do conteúdo abdominal dentro da cavidade torácica. Além disso, a silhueta do coração e a linha diafragmática não ficam visíveis.

O veterinário também pode decidir concluir o diagnóstico realizando outros exames de imagem. Entre eles, encontramos o seguinte:

  • Ultrassom abdominal e torácico.
  • Radiografia com contraste.
  • Tomografia computadorizada.

A única maneira de corrigir a hérnia diafragmática em gatos é a cirurgia. Para isso, o animal terá que receber anestesia geral, por isso deve estar estável. A intervenção posiciona os órgãos abdominais de volta no abdômen e sutura a ruptura do diafragma. Se houver acúmulo de ar, fluido ou sangue na cavidade torácica, será colocado um tubo para sua remoção.

É bem provável que a operação seja realizada por um cirurgião veterinário, pois não é uma tarefa de cuidados primários.

Uma vez realizada a cirurgia, o animal precisaria permanecer hospitalizado por um curto período de tempo. Dessa forma, a dor pode ser controlada e o animal acalmado. O índice de sucesso desse tipo de cirurgia é alto e a recuperação do animal é completa, porém, as lesões sofridas irão influenciar no resultado da operação.

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Ao detectar qualquer sintoma ou comportamento estranho no gato, é necessário consultar um especialista. Só ele pode determinar o que está acontecendo com o animal e como solucionar.


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