Insulinoma em cães

Insulinoma em cães
Francisco María García

Escrito e verificado por o advogado Francisco María García.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

O insulinoma é um tipo raro de tumor pancreático, mas com alta taxa de letalidade. Pode afetar cães de todas as idades, mestiços e de diferentes raças; embora já tenha sido diagnosticado também em gatas domésticas de idade avançada. A seguir, explicaremos o que é o insulinoma e como isso afeta o metabolismo de nossos melhores amigos.

Insulinoma em cães: o que é e como ele se desenvolve

O insulinoma consiste em um tipo de tumor que afeta as células betas do pâncreas. Essas células são responsáveis ​​por liberar insulina no sangue, para nivelar os níveis de glicose.

A formação de uma massa anormal no pâncreas altera sua principal função, que é a de regular a liberação da insulina. O tumor característico do insulinoma causa uma hipersecreção desse hormônio: faz com que as células betas do pâncreas liberem muita insulina.

Como consequência, o animal apresenta um quadro de  hipoglicemia. Ou seja, o excesso de insulina liberada consome demasiadamente a glicose presente no sangue.

No entanto, é importante ressaltar que nem sempre uma massa anômala é maligna e evolui para um câncer. Em qualquer caso, é essencial ir rapidamente ao veterinário se você perceber qualquer evidência de mudança comportamental ou metabólica em seu animal de estimação.

Causas de insulinoma em cães

As causas dos tumores ainda não foram reconhecidas pela medicina humana ou veterinária. Além disso, uma predisposição genética ao desenvolvimento de insulinoma foi observada em cães das seguintes raças:

  • Golden Retriever
  • Labrador Retriever
  • Fox Terrier
  • Boxer
  • Poodle (francês)
  • Setter irlandês

Essa doença foi diagnosticada em cães adultos de diferentes idades, de três a dez anos. Já em gatos domésticos, o risco de insulinoma geralmente aparece em idades mais tardias, a partir dos 12 anos de idade. Além disso, uma predisposição foi verificada nos gatos siameses.

Sintomas de insulinoma em cães

Os sintomas iniciais do insulinoma em cães aparecem devido à hipoglicemia crônica. Normalmente, o animal perde a consciência e sofre episódios de síncopes, quase sempre acompanhados de convulsões.

Além disso, fadiga constante e desmaios os tornam intolerantes para quase todos os tipos de atividades físicas.  É por isso que alguns animais ganham muito peso e desenvolvem obesidade, devido a distúrbios pancreáticos.

O agravamento da patologia geralmente causa também alterações neurológicas. O animal começa a sofrer  tremores musculares e muitas vezes fica constantemente nervoso e inquieto. Ele poderá, então, apresentar dificuldades na orientação espaço-tempo e em coordenar seus próprios movimentos e, em casos mais graves, poderá sofrer ataxia.

É importante esclarecer que a hipoglicemia tem muitas causas e nem sempre está associada a um tumor. Além disso, alguns quadros de estresse e ansiedade podem levar a uma queda temporária na glicemia.

Em qualquer caso, esses primeiros sintomas não devem ser ignorados, pois indicam um desequilíbrio no organismo.  O diagnóstico precoce é essencial para garantir um tratamento eficaz e melhorar a expectativa de vida do animal.

Cuidados essenciais com um cão diagnosticado com insulinoma

Um cão diagnosticado com insulinoma deve ter seus passeios e  exercícios físicos muito bem controlados. Ele também deverá comer a cada três ou quatro horas para evitar os sintomas da hipoglicemia.

Nesse sentido, sua dieta deve ser repensada para compensar o desequilíbrio metabólico e evitar um quadro de excesso de peso. Será o veterinário quem poderá ajudar a escolher uma dieta adequada para cada animal.

Prognóstico e tratamento do insulinoma em cães

Infelizmente, a taxa de letalidade do câncer de pâncreas é muito alta, mas o prognóstico depende do progresso do tumor, bem como da saúde geral do cão. Um tumor moderado em um animal jovem e saudável, provavelmente, será removido com cirurgia ou tratado com sessões controladas de quimioterapia.

No entanto, o prognóstico muda radicalmente se considerarmos o  caso de um animal idoso e imunossuprimido, ou se o insulinoma for detectado tardiamente, quando a metástase já ocorreu.

Em casos avançados, o tratamento químico geralmente é ineficaz e a expectativa de vida estimada é muito curta. Vale destacar que analgésicos e terapias paliativas podem ser aplicadas para aliviar a dor e proporcionar um pouco de conforto ao animal doente.

Portanto, o diagnóstico precoce é determinante para um prognóstico positivo do insulinoma em cães. Como o risco de metástase é muito alto, a expectativa de vida do cão depende de se iniciar rapidamente o tratamento mais adequado.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.