Manter um cachorro acorrentado não é saudável
Manter o cachorro acorrentado o dia todo é considerado abuso de animais, mesmo que nossas intenções sejam “boas” (evitar fugas, manter a atenção do animal, etc.).
Neste artigo, explicaremos por que este comportamento é tão prejudicial para o animal.
O sofrimento do cachorro acorrentado
Se você prestar atenção, seu animal de estimação fala com você sem usar palavras. Quando ele não gosta de algo, seu rosto mostra isso. Além disso, se ele estiver triste por algum motivo, seus olhos vão expressar esse sentimento.
As pessoas decidem amarrar seus animais de estimação por diferentes razões. Em primeiro lugar, há o fato de não quererem que eles entrem na casa. Afinal, muitos preferem que seus animais permaneçam sempre no quintal.
Outra razão para isso acontecer é porque os animais estragam o jardim cavando o solo ou quebrando as plantas. Finalmente, há os animais que podem escapar porque as cercas não estão bem colocadas ou simplesmente não existem.
Além disso, uma educação ruim quando filhote pode fazer com que o dono decida manter o animal amarrado. Infelizmente, alguns donos escolhem acorrentar em vez de treinar ou modificar certos comportamentos dos animais.
Entre os principais comportamentos inadequados estão os latidos excessivos, brigas com outros animais de estimação, etc.
É necessário deixar de lado a “crença” de que durante o dia é melhor deixá-los amarrados e à noite deixá-los livres para que cumpram perfeitamente sua função de guardião.
Consequências de deixar um cachorro acorrentado
Embora muitos donos desejem acreditar no contrário, um cachorro acorrentado não recebe a atenção que merece. Geralmente, suas necessidades básicas não são atendidas.
Por exemplo, eles não bebem água suficiente porque derrubam o recipiente ou os donos se esquecem de enchê-lo. Outra razão para se hidratarem pouco é porque a água aquece quando está ao sol ou fica cheia de insetos quando está parada.
Além disso, o cachorro amarrado sofre com o clima, mesmo quando tem uma casa grande para se abrigar. Sol, calor, chuva, neve e frio podem ter sérias consequências para a saúde do animal.
Finalmente, quando estão amarrados, mesmo que a corda seja longa, os animais não podem se exercitar ou correr livremente. A falta de atividade física é prejudicial para a saúde do cão, assim como ocorre com as pessoas.
Por sua vez, correntes ou cordas muito apertadas podem gerar feridas no pescoço que se inflamam caso não sejam tratadas. E, claro, há outra questão muito séria. Quando o animal quer ir além do comprimento da corda, ele corre o risco de se enforcar.
Finalmente, mesmo quando ele consegue entrar em algum lugar, corre o risco de não conseguir sair depois.
Fatores psicológicos
Os animais são seres que precisam de liberdade, mesmo quando falamos de animais de estimação que foram domesticados há milhares de anos.
Portanto, estar acorrentado e com uma amplitude mínima de movimento gera mudanças de comportamento e emoções.
Para começar, os cães são animais gregários, o que significa que precisam da companhia de outros indivíduos (o bando). Se você isolá-lo e amarrá-lo longe de casa, o animal entenderá que é porque fez algo errado e ficará triste ou deprimido.
O fato de ficar amarrado o dia inteiro pode torná-lo um cão estressado, ansioso e, ocasionalmente, perigoso. Afinal, estar amarrado aumenta os níveis de agressividade quando uma pessoa ou outro animal se aproxima.
Alguns animais de estimação respondem às correntes mordendo o rabo ou as pernas por terem ficado psicologicamente desequilibrados.
Finalmente, é falsa a crença de que um cachorro amarrado é mais fácil de dominar. Será mais complicado ainda fazer o animal cumprir nossas ordens nessa situação!
Manter um cachorro acorrentado e sozinho, seja um pastor alemão ou um dálmata, é o maior castigo que um animal de estimação pode sofrer. Para o animal, será como uma “expulsão” do grupo ao qual pertence.
Isso vai gerar frustração, sofrimento, raiva e perplexidade no animal. Não se esqueça de que, para os cães, o mais importante é estarem integrados na matilha.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.