Matriarcado no reino animal
Em muitas sociedades, as fêmeas são responsáveis por liderarem outros indivíduos. Isso não acontece apenas entre os humanos, mas o matriarcado no reino animal é uma das formas mais comuns de organização. Falaremos mais sobre isso no artigo de hoje.
O que é o matriarcado no reino animal?
Este sistema de organização coloca a fêmea como a “cabeça” do grupo. Ela toma decisões sobre migração, alimentação, defesa e qualquer situação importante para todos os integrantes.
Embora saibamos mais sobre as sociedades em que o macho é o patrão, existem várias espécies em que o oposto acontece. Alguns exemplos de matriarcados no reino animal são:
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Abelhas
A vida na colmeia gira em torno da abelha rainha, que é a mãe de todos os indivíduos que a compõem, e quem decide quantos machos e quantas fêmeas nascem. Sem ela, a colônia não pode existir, pois é a única que pode se reproduzir, colocando ovos.
Embora a sociedade das abelhas seja majoritariamente composta por fêmeas, elas se dedicam ao trabalho, alimentam as larvas, buscam pólen e constroem o abrigo. Os machos estão lá apenas para fins reprodutivos e, quando cumprem com seu objetivo, morrem.
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Elefantes
O maior mamífero terrestre se organiza ao redor das fêmeas, embora viva em comunidades com indivíduos de ambos os sexos. Você pode ver em seus ecossistemas naturais, como a savana africana, um bando de várias famílias lideradas por uma “mãe”, cujo trabalho é encontrar água e defender os filhotes, se necessário.
Os elefantes machos desempenham um papel secundário na vida cotidiana: quando atingem a idade adulta afastam-se do grupo para viverem sozinhos. Depois, eles se juntam a um grupo na época de reprodução, mas nas outras estações eles ficam sozinhos ou com um parceiro do mesmo sexo.
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Orcas
Este cetáceo é um dos maiores animais do mundo, e é também um dos mais claros exemplos de matriarcado no reino animal: a estrutura social é comandada por uma fêmea adulta, já mãe, que domina outros indivíduos, embora também possam ser formados grupos de fêmeas para compartilhar essa função.
Outro fato interessante é que essa é uma das poucas espécies em que as crias passam a vida toda com suas mães, mesmo depois de formarem suas próprias famílias. Por essa razão, grupos de orcas são compostos por várias gerações, sempre naturalmente comandadas pela fêmea mais velha.
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Suricatos
Esta espécie típica da África, especialmente do deserto e das planícies, também carrega uma forma de vida matriarcal. Os grupos são compostos por cerca de 40 indivíduos e a fêmea é responsável por proteger os outros, além de procurar novos territórios quando há perigos ou para conseguir comida para todos.
Ainda que uma única fêmea desses grupos seja considerada a ‘alfa’, as outras também têm papéis importantes dentro da colônia: algumas podem se dedicar a cuidar dos jovens, outras a vigiar durante à noite, enquanto a fêmea principal descansa, etc.
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Formiga
O modus operandi das formigas é semelhante ao das abelhas, porque elas são parentes, ambas são descendentes da vespa, assim, encontramos no interior do formigueiro uma rainha principal, cuja a função é dar vida pondo ovos e fertilizando-os de acordo com necessidades específicas do formigueiro. Ela decide a quantidade de fêmeas – inférteis – e dos machos que serão usados apenas para reprodução.
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Lêmure
Os lêmures são primatas nativos da ilha de Madagascar, na África, outro claro exemplo de matriarcado no reino animal. Vivem em grupos de pelo menos 15 indivíduos e o domínio é mantido pelas fêmeas, as quais frequentemente se impõem através da violência.
Elas têm prioridade ao escolher a comida e podem até mesmo ingerir a comida dos machos se ainda não estiverem satisfeitas. E não é só isso: eles ainda são “esbofeteados” ou “empurrados” quando se deitam em uma área escolhida por uma fêmea para descansar.
Finalmente, poderíamos falar sobre um caso “estranho” dentro dos exemplos de matriarcado: o dos leões e leoas. Embora “o rei da selva” seja o alfa do grupo, as fêmeas são responsáveis por encontrar comida e perseguir as presas. Além disso, elas podem escolher outro macho mais jovem ou mais forte, se considerarem necessário para o bem comum.
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