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Monogamia no reino animal

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Monogamia no reino animal
Última atualização: 05 abril, 2018

Talvez você conheça alguns exemplos de animais que vivem com o mesmo parceiro durante toda a vida e até mesmo os tenha como um “modelo a seguir” em sua vida amorosa. No entanto, a verdade é que a monogamia no reino animal não tem nada a ver com romantismo, mas sim com uma questão de sobrevivência.

Assim, lamentamos desfazer um mito tão belo relacionado ao amor eterno, já que isso só pode existir, no nosso entendimento, entre as pessoas. Dito isto, falemos mais sobre a monogamia relacionada aos animais:

O que é a monogamia em animais?

Fidelidade não é uma palavra ou um termo que os animais conheçam, então, por que é que alguns praticam a monogamia? A resposta está relacionada à sobrevivência e a certas questões “práticas”, pois é mais fácil para eles se reproduzirem com outro de sua espécie que conhecem de antemão.

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Indiscutivelmente os pássaros são os maiores praticantes da monogamia no reino animal, já que cerca de 90% deles escolhem um parceiro para toda a vida. Isso é um pouco incomum entre os mamíferos, não mais do que 10% deles mantêm o mesmo par até a morte.

Muitas espécies de aves recorrem à monogamia para cuidar dos filhotes, que demoram a sair do ninho e que são muito dependentes de seus pais. É por isso que, antes de formar um casal, eles procuram por quem eles acham que será capaz de fazer melhor esse trabalho.

Quanto aos pinguins, em particular, há algo mais: o clima adverso os obriga a incubar seus ovos alternadamente entre mãe e pai, a fim de não se cansarem. O casal se encontra a cada ano no mesmo lugar na praia e, depois de um ritual de saudação e acasalamento, se inicia então o processo de reprodução.

Além disso, podemos indicar que tanto esta espécie quanto os abutres negros são muito “ciumentos” com suas parceiras femininas. Se eles notarem que outro macho está cortejando sua parceira, eles podem até matá-lo com bicadas ou lutar muito agressivamente.

Outra razão interessante, do porquê das aves terem o mesmo par, é a migração ou as longas distâncias que devem percorrer em determinadas estações. Os albatrozes, por exemplo, retornam ao mesmo lugar para se reproduzir com o indivíduo da espécie que escolheram no início de sua vida adulta.

Finalmente, em ambientes onde a comida é escassa, é essencial que haja dois responsáveis ​​pela obtenção de alimentos, para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento da prole. Enquanto um está descansando, o outro deixa o ninho e busca sustento e vice-versa; prática que é mantida quando os filhotes quebraram a casca.

Os mamíferos e a monogamia

No caso particular dos seres humanos, a monogamia se deve mais a uma questão cultural, social ou religiosa do que física ou evolucionária, porque mesmo o nosso primo mais próximo, o chimpanzé, é polígamo: o macho tem um harém de várias fêmeas disponíveis.

Mais semelhantes a nós são os gibões, que mantêm o mesmo par por toda a vida, e não apenas isso, mas também as fêmeas e os machos são responsáveis ​​pelo cuidado da prole. Para eles, ter apenas uma ‘esposa’ evita brigas com concorrentes e representa um gasto energético menor.

Outro exemplo é o do antílope africano, Caxine, cujos machos não têm a capacidade de dominar as fêmeas. Portanto, ao invés de gastarem energia querendo impor seus desejos, eles ‘renunciam’ a fecundar a mesma fêmea por toda a sua vida. Mas quando os bebês nascem, os machos não cuidam deles.

Claro, há também uma questão de trabalho em equipe – ou como um casal – que leva os mamíferos a sempre se reunirem com o mesmo indivíduo. Isso acontece, por exemplo, com os lobos cinzentos, que caçam em pares enquanto ensinam os jovens a capturar a presa.

Já os castores constroem a toca que compartilharão com seu parceiro durante toda a vida. Lá os bebês nascem e ajudam os pais nos reparos necessários. Se um dos dois membros do “casamento” morrer, o outro procurará um substituto para continuar a procriação.

Isso acontece na grande maioria dos casos no reino animal, exceto pelo Grou indiano, que, quando ‘enviúva’, se deixa morrer de inanição; e o periquito, que cai em depressão profunda e morre logo após seu parceiro.

 

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.