O cuidador da ilha dos cães
A situação mundial da pobreza e da escassez de alimentos diz respeito até mesmo às situações mais inesperadas. Embora muito se fale sobre as vítimas da fome, na maioria das vezes, nos esquecemos de outro tipo de vítimas: os animais. Por exemplo, a ilha dos cães, no Paquistão, é uma prova disso.
Se você quer saber mais dessa história, e por que essa ilha se chama ilha dos cães, não deixe de ler este artigo.
A ilha dos cães e o seu cuidador
Com certeza, a primeira pergunta que deve ter surgido na sua cabeça é “por que essa ilha se chama assim?”. Então, a resposta é que ela é única e exclusivamente habitada por cães.
Ninguém sabe como eles chegaram lá, mas, sem dúvida, está comprovado que eles habitam essa ilha há décadas. No local, não há alimentos nem água. Por isso, os animais morreriam de fome e de sede se não fosse por pessoas com um bom coração, como é o caso de Muneer, o famoso cuidador da ilha dos cães.
Muneer é um pescador paquistanês que trabalha perto da ilha dos cães. Toda vez que Muneer chega à ilha, todos os cães o recebem e já sabem o que está por vir. Ele oferece aos animais comida e água.
Mas, por que Muneer faz isso? De acordo com as próprias palavras do pescador:
“Cuido desses cães porque eles não têm outra pessoa que os proteja. Eu gosto de dar comida a eles porque eu sei que Deus irá me recompensar. Se eu os alimento, Deus irá me alimentar. É o dever de todos os muçulmanos proteger os animais. Somente uma pessoa sem compaixão não iria ajudar esses animaizinhos”.
As pessoas cuidam dos cães no Paquistão?
Ver a forma que Muneer e outros pescadores agem nos leva a pensar que no Paquistão os cães e os outros animais são bem cuidados. No entanto, em Karachi, a capital financeira do país, está repleta de cães abandonados nas ruas.
Os habitantes acreditam que esses animais são sujos e imundos, e que o governo faz bem em fomentar campanhas de envenenamento para frear a população canina na cidade. Em 2016, mais de 700 cães morreram por essa mesma causa.
Outros casos como o do cuidador da ilha dos cães
Como vimos anteriormente, essa situação não depende do país em que viva uma pessoa, mas sim do seu coração, como é o caso de Muneer. Assim como no caso do pescador paquistanês, houve outras pessoas dispostas a ajudar os animais mais necessitados.
Já contamos estas histórias em outros artigos, mas vamos nos lembrar um pouco delas:
- Mustafa Ele, Istambul. Dizem que Istambul é a cidade dos gatos, já que eles estão por toda parte. No entanto, nem todos têm onde morar. Por isso, Mustafa abriu a sua mesquita para que esses felinos mais necessitados possam se abrigar e se alimentar no local.
- Wan Yan. Esse senhor chinês foi ainda além, pois gastou toda a sua fortuna milionária para alimentar e abrigar os cães abandonados. Quando ele se deu conta de quantos animais havia nas ruas da sua cidade, decidiu agir dessa forma. Que exemplo a ser seguido!
- Refúgio para animais idosos. Uma senhora reformou a sua casa para criar um refúgio para animais idosos, para poder lhes oferecer um final de vida mais digno e feliz. Ela gastou todo o seu dinheiro com alimentos, assistência veterinária e medicamentos. Devemos todos seguir o seu exemplo!
- Abrigo em Nova Iorque. Na capital do mundo também quiseram se juntar à iniciativa de cuidar dos animais e começaram a, além de dar comida aos indigentes, também oferecer comida aos animais de estimação.
Essas histórias, assim como a da ilha dos cães, fazem com que tenhamos esperanças que ainda existam pessoas com um bom coração e que, talvez, algum dia, poderemos acabar com o abandono dos bichinhos de estimação. Esperamos que isso aconteça! Algum dia bem próximo…
Fonte da imagem principal: https://elpais.com
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