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Onça de circo é liberada depois de ficar 10 anos presa

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Onça de circo é liberada depois de ficar 10 anos presa
Última atualização: 16 outubro, 2015

Sabemos que animais que vivem em cativeiro para fins de espetáculo é uma das causas que mais trazem danos para os animais silvestres. Milhões de animais são capturados por ano de seus habitats naturais e terminam sendo confinados em gaiolas, sofrendo diferentes tipos de abuso, tudo em nome do entretenimento. Mas, às vezes sobra um pouco de esperança para esses animais.

Hoje contaremos o caso de uma onça de circo que foi solta depois de morar 10 anos presa em um caminhão. Esta é uma história muito triste, mas também é o exemplo de que as coisas podem mudar para centenas de animais que se encontram em cativeiro.

Quando o poder político e a participação de centenas de fundações que denunciam os maus tratos aos animais se encarregam de fiscalizar e proteger esses animais, muitas espécies são resgatadas e levadas para um local seguro.

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O relato dessa história aconteceu no Peru, país conhecido pela grande variedade de fauna silvestre, especialemente por ter, em seu território, uma parte da floresta amazônica. No entanto, também é comum o tráfico de espécies exóticas de maneira ilegal.

As origens de Mufasa, a onça que foi liberada após ficar 10 anos presa, não são totalmente conhecidas. Sabe-se apenas que o animal chegou ainda filhote ao circo. A finalidade de adquirir um animal silvestre não era outra senão vinculá-lo como atração de um circo ambulante.

O dono não contava com os mínimos cuidados necessários para um animal desse tipo e porte, motivo pelo qual a onça ficou presa através de uma coleira na parte traseira de um caminhão durante todo o período em que esteve em cativeiro.

No entanto, depois de muita luta e pressão política, o povo foi ouvido, não só no caso de Mufasa, mas frente a milhões de animais que compartilhavam do mesmo destino.

Em 2011, foi assinada uma lei de proteção animal que proíbe a propriedade deste tipo de animal com fins de entretenimento.  A Animal Defenders International (ADI) conseguiu aprovar no Congresso Peruano a lei de proibição do uso de animais silvestres. A lei foi promulgada pelo presidente do Peru Alan García.

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Apesar da lei ter sido assinada há quatro anos, Mufasa não havia sido liberada até abril deste ano e estava junto com um condor chamado Condorito, que também fazia parte de outro espetáculo de circo no Peru.

Mufasa e Condorito foram resgatados pela ADI através da campanha “Espirito de liberdade” e conseguiram sair do cativeiro, com  a tramitação pertinente para que pudessem ser levados a uma reserva natural.

No momento do resgate, o caminhão estava sujo, cheio de materiais como ferros, parafusos e farpas, que podiam afetar a saúde do animal. No entanto, a onça se mostrava tranquila e, apesar de apresentar um baixo de peso, provavelmente as piores feridas eram as emocionais.

Ainda que os representantes do resgate estavivessem com o respaldo legal, a confrontação não se fez esperar, o proprietário do circo tentou impedir a retirada do animal. O resgate foi prolongado por algumas horas até que o Ministério Público apareceu junto com a polícia para acompanhar a retirara e garantir o resgate do animal.

Porém, isso não colocou um fim ao problema, este só finalizou quando um porta-voz do Ministério Publico peruano anunciou ao proprietário do circo que se ele resistisse, seria preso, além de ter que responder por várias multas.

Apesar disso, e da existência da lei, o circo ficou com um macaco, embora a ADI venha tentando realizar trâmites para conseguir a rápida liberação do animal.

A ADI tem retirado muitos animais silvestres que se encontram em cativeiro em circos no Peru. Um censo realizado o ano passado pelo governo do país facilitou os trâmites.

Atualmente, Mufasa está em uma reserva em período de recuperação e, a partir de agora, deve ter um futuro em uma área protegida de caçadores para que possa viver em semiliberdade, visto que os difíceis e compridos anos de cativeiro impedem que este possa ser devolvido a um ambiente totalmente selvagem sem qualquer acompanhamento.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.