Para onde vão os animais depois da morte?
Possivelmente, uma das formas mais incompreensíveis de sofrimento se dá ante a morte de um ser amado, o que inclui, é óbvio, a morte de um animal de estimação.
Entretanto, algo triste sobre estes casos é que não é comum que sejam realizados processos de luto em relação à estas perdas e tampouco se dá espaço à pessoa para processar a dor e curá-la. Isso é particularmente prejudicial para aqueles que encontram em seus animais de estimação uma fonte única de amor verdadeiro.
O que é um animal?
Existem muitas discussões sobre se os animais têm ou não um espírito. Entretanto, é fora de dúvidas que os animais compartilham conosco aspectos em comum. Por exemplo, podem sentir emoções similares às nossas, como a felicidade, a tristeza ou a dor.
Igualmente, muito a parte do que é condicionado por seus instintos, cada um dos animais é dotado de uma personalidade individual que o faz único e esta se desenvolve a partir de sua experiência.
É devido a essas condições que se fala de um espírito animal (alheio às percepções religiosas que envolvem a palavra espírito). De fato, a mesma palavra que os caracteriza provém de alma, que significa animado ou vivo.
É cada vez mais comum escutar relatos de pessoas que viram os seus animais de estimação depois de mortos, ou que sentem sua presença nos lugares que foram mais significativos durante sua experiência de vida. Portanto, popularizou-se a crença de que os animais transcendem, seja em espírito ou em essência.
A morte para os animais
Para os animais, a morte é um processo natural, e alguns desenvolveram entendimento sobre a mesma, vivendo processos de luto quando um companheiro (seja animal ou humano) falece.
Entretanto, por não ter desenvolvido uma consciência própria sobre a morte (como as perspectivas e significados que lhe dão os humanos), estes não sentem nenhuma classe de sofrimento emocional sobre a finitude de sua vida, resistência a morrer, medo em relação a conceitos como o inferno ou o paraíso, que podem fazer deste processo algo extremamente traumático para os humanos.
Embora, há situações de apego para com a família, os animais, dentro da própria inconsciência sobre a morte, não padecem de nenhuma classe de apegos, portanto vivem no presente (não pensam no passado e parece que também não pensam sobre o futuro), o que faz o trânsito entre a vida e a morte muito mais simples para eles.
Algumas teorias sobre o além
- É comum que algumas religiões contemplem a possibilidade de que os animais reencarnem, para que passo a passo possam adquirir experiências durante a vida e para que possam crescer espiritualmente.
- Passam por um processo de integração das experiências que tiveram em vida, antes de reencarnarem novamente em um outro animal da mesma espécie ou de espécies diferentes.
- Acredita-se que quando os animais suportam duras enfermidades durante longos períodos de tempo, que estes estão à espera de que seu humano cuidador amadureça emocionalmente e se encontre preparado para “deixá-lo ir”.
- O corpo físico do animal se transforma em um corpo energético, que é liberado no momento em que este falece.
- Os animais retornam às energias divinas da natureza, onde voltam a ser novamente um com a entidade geradora da vida.
- Dentro dos ramos mais modernos provenientes das crenças judaico-cristãs, os animais que nos acompanharam em vida, estão a nossa espera no paraíso.
- Encontram-se em espaços de brincadeiras, desfrutando de outras classes de experiências em um corpo astral diferente.
- Se o humano não assumir positivamente a morte do seu animal de estimação, este não poderá se elevar para um plano superior e vagará em espaços escuros procurando inutilmente acalmar a ansiedade do dono.
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