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Pauxi pauxi: uma ave em perigo de extinção

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O Pauxi pauxi é um pássaro curioso que carrega em seu crânio um capacete ósseo excepcional. Vive no extremo sul da América do Sul: na Venezuela e na Colômbia.
Pauxi pauxi: uma ave em perigo de extinção
Última atualização: 27 julho, 2022

O Pauxi pauxi é uma espécie de ave da ordem Galliformes da família Cracidae. Vive exclusivamente na Colômbia e na Venezuela.

Características do Pauxi pauxi

O Pauxi pauxi é uma ave grande, que mede entre 85 e 96 centímetros de comprimento. É caracterizada por um crânio ósseo que se ergue acima da cabeça, em forma de figo ou elmo cilíndrico, de cor azul acinzentado. Este capacete ósseo mede cerca de sete centímetros de comprimento.

A cabeça e o pescoço têm penas pretas aveludadas; enquanto o resto da plumagem lateral e dorsal varia do escuro ao preto brilhante, com reflexos esverdeados ou azuis.

Sua barriga é de cor branca, como o final da cauda. Eles apresentam íris marrons, bico vermelho-escuro e patas vermelho carmesim.

Distribuição e habitat do Pauxi pauxi

O habitat do Pauxi pauxi é restrito à Colômbia e à Venezuela. Na Colômbia, habita o sudoeste de Santander e a parte norte de Boyacá e, há, também, uma subespécie na Serra de Perijá.

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Na Venezuela, vive na Serra de Perijá, ao sul, até o rio Tucuco, no estado de Zulia. Também é encontrado no sul de Tachira até o norte, através dos Andes em Mérida, Lara, Yaracuy e ao leste de Falcon, Cordillera de la Costa em Aragua, Carabobo, Distrito Capital, Vargas e Miranda.

Vive na selva nublada e densa e em terreno montanhoso, inclusive numa faixa de altitude de 500 a 2 mil metros acima do nível do mar.

No entanto, é observado com maior frequência em florestas nubladas, entre 1.000 e 1.500 metros.

Comportamento e reprodução do Pauxi pauxi

São terrestres, diurnos e de hábitos arbóreos. Além disso, eles voam pouco e o fazem apenas quando se sentem encurralados por um predador.

São territoriais e vivem em grupos familiares de machos, fêmeas e filhotes. Suas horas de atividade alimentar são principalmente no início da manhã e no final da tarde.

Durante a época de reprodução, o macho emite um ruído ventríloquo como o rangido de uma velha árvore. O chamado de alerta é um “tzsuk” suave e repetitivo. Também cacareja.

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A estação reprodutiva inclui os meses de janeiro a julho e eles se reproduzem uma vez por ano. O lugar para construir o ninho é escolhido pela fêmea, e geralmente é encontrado em galhos de árvores grandes com videiras. Eles ficam muito cobertos.

Normalmente, os ninhos são feitos a uma altura de quatro a seis metros. A fêmea leva de quatro a seis dias para construir um ninho com galhos e gravetos secos.

A incubação dos ovos – no máximo dois – é feita exclusivamente pela fêmea, por um período de 34 a 36 dias. Os ovos têm 12 centímetros de comprimento e 6 centímetros de largura, com uma casca muito dura e áspera.

O macho não se aproxima do ninho até o nascimento dos filhotes. O cuidado dos filhotes é realizado entre o macho e a fêmea.

Conservação do Pauxi pauxi

A caça indiscriminada e a perda de habitat são as principais ameaças ao Pauxi pauxi. A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), em seu Livro Vermelho de espécies ameaçadas, afirma que esta espécie enfrenta um risco elevado de extinção num futuro próximo.

Está incluído no Anexo III da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), mas apenas na Colômbia.

Tanto na Venezuela como na Colômbia, o Pauxi pauxi é considerado ameaçado no Livro Vermelho dos dois países.

A situação de sua população em toda a sua área de distribuição – Colômbia e Venezuela – é escassa, com densidades populacionais inferiores a um par por 20 a 40 hectares; o que equivale de 5 a 10 indivíduos por quilômetro quadrado.

Sua população global é estimada em menos de 2.500 indivíduos adultos.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


Rojas-Suárez, F., Sharpe, C. J., Lentino, M. y Ascanio, D. (2015). “Paují copete de piedra, Pauxi pauxi”. J.P. Rodríguez, A. García-Rawlins y F. Rojas-Suárez (eds.) Libro Rojo de la Fauna Venezolana. Cuarta edición. Provita y Fundación Empresas Polar, Caracas, Venezuela.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.