O plano de recuperação para salvar o gato selvagem escocês

O gato doméstico atual é o resultado de uma história de domesticação que remonta a milhares de anos. No entanto, ainda existem espécies selvagens, como o gato selvagem escocês.
O plano de recuperação para salvar o gato selvagem escocês

Última atualização: 19 novembro, 2020

O gato selvagem escocês é um dos membros remanescentes da fauna selvagem da Grã-Bretanha. Lá, ao longo dos séculos, podiam ser encontrados animais de pequeno e grande porte.

No entanto, atualmente, a fauna desses ecossistemas tem diminuído em termos de diversidade animal. Por isso, vamos mostrar informações sobre a situação atual e os planos de recuperação de um mamífero específico de grande interesse: o gato selvagem escocês.

Plano de recuperação do gato selvagem escocês

A Grã-Bretanha, mais especificamente a Escócia, é o local de residência do gato selvagem escocês. Esse felino faz parte de um plano de recuperação, pois está em perigo crítico. O plano de recuperação foi denominado Breed and release (cuja tradução pode ser Procrie e liberte). Graças a ele, será construído o primeiro centro de criação e conservação de gatos selvagens nas Terras Altas da Escócia.

Apesar da existência de outros centros de recuperação, esse se concentrará exclusivamente nos gatos selvagens escoceses. O objetivo é libertar indivíduos em diferentes partes da Escócia em longo prazo. A criação do centro é a iniciativa mais recente para a preservação dessa espécie, já que se considera que ela esteja à beira da extinção, tendo apenas entre 20-200 indivíduos vivos.

Essa situação extrema deriva de diversos fatores, tais como a perda de habitat ou o aparecimento de doenças. Felizmente, uma ninhada de gatos selvagens escoceses já nasceu, o que traz esperança ao projeto.

O plano de recuperação para salvar o gato selvagem escocês

O que devemos saber sobre o gato selvagem escocês

O gato selvagem escocês tem o nome científico de Felis silvestris silvestris. Esse animal, também chamado de Felis silvestris grampia, é típico das Terras Altas da Escócia. Atualmente, a presença desse felino é considerada vulnerável ao desaparecimento. No entanto, ele costumava ser encontrado em toda a Grã-Bretanha no passado.

O ser humano é o principal responsável por esse fato, uma vez que perseguiu e caçou essa espécie durante séculos. Além disso, outros fatores relevantes para o declínio em seus números populacionais foram a perda de habitat e a hibridação.

Observado por olhos inexperientes, esse animal pode ser confundido com um gato doméstico. Porém, a realidade não poderia ser mais incompatível, já que são animais muito diferentes. A seguir, vamos mostrar algumas das características que permitem diferenciar os gatos selvagens escoceses dos gatos domésticos:

  • Esses felinos podem atingir até o dobro do tamanho de um gato doméstico.
  • Eles têm um padrão de listras próprio que os distingue de outras espécies.
  • Seu pelo é mais denso, acompanhado por uma cauda mais larga.
  • Fogem dos humanos e podem até mesmo detestá-los.

Técnicas de recuperação de espécies ameaçadas

A seguir, vamos mostrar algumas das estratégias seguidas em planos de recuperação como o que mencionamos anteriormente. As mais usadas ​​são as seguintes:

Criação em cativeiro

Uma das abordagens mais valiosas é a criação em cativeiro. Dessa forma, é possível controlar o número de filhotes que nascem e quantos deles são soltos na natureza.

É também uma forma de reduzir a transmissão de doenças e ajudar em sua sobrevivência. Essa técnica implica um grande controle da situação da espécie em pequena escala, mas também é uma responsabilidade, pois é preciso saber quando soltar os indivíduos e maximizar as suas chances de sobrevivência na natureza.

Rastreamento na natureza

Entre as estratégias seguidas, está o monitoramento dos indivíduos liberados. Para isso, são implantados localizadores GPS, geralmente incorporados em uma coleira.

Assim, é possível seguir os movimentos do animal e estudar seu comportamento. Além disso, as coleiras GPS geralmente são acompanhadas por câmeras que registram os acontecimentos. No entanto, também é possível colocar câmeras em pontos estratégicos da natureza (armadilhas fotográficas). O objetivo é poder cuidar dos animais procurando incomodá-los o mínimo possível.

Evitar a hibridação com o gato doméstico

Um dos desafios enfrentado por esse programa específico é a preservação do genoma do gato selvagem escocês. Parece que as hibridações com gatos domésticos alteraram a sua composição genética severamente.

Assim, é necessário estudar o genoma das populações silvestres monitoradas. Dessa forma, será possível ampliar as informações e favorecer o aumento da diversidade da população. Ainda não se sabe sobre os efeitos da hibridação, mas é considerada o maior risco de todos. Por isso, evitá-la é uma das técnicas de recuperação propostas.

Conscientizar a população

Outro aspecto importante é educar a população para que as pessoas saibam como agir caso encontrem um gato escocês. Na maioria dos casos, são animais esquivos que não tentam se aproximar.

Contudo, as pessoas podem confundi-los com gatos domésticos e tentar capturá-los, assustando-os. Por isso, é promovida a mensagem de que o gato selvagem escocês faz parte do patrimônio cultural.

Ao longo da história, ele fez parte da heráldica dos clãs. Além disso, também teve um papel na mitologia britânica, já que esses felinos eram descritos como caçadores destemidos e ferozes.

O plano de recuperação para salvar o gato selvagem escocês

À beira do desaparecimento

As estratégias de recuperação de uma espécie são realizadas quando o número da população de indivíduos na natureza está em uma fase crítica. É o caso do gato selvagem escocês, cuja população foi drasticamente reduzida.

Graças a esses projetos, o desaparecimento definitivo dessas espécies pode ser evitado. Na Espanha, por exemplo, um dos planos de recuperação mais bem-sucedidos nessa questão tem sido o do lince-ibérico.


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