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Por que chamam a orca de baleia assassina?

4 minutos
Por que chamam a orca de baleia assassina?
Última atualização: 09 março, 2022

As técnicas letais de caça da orca lhe renderam a fama de baleia assassina. Neste artigo, discutiremos o porquê.

Além disso, sua reputação também vem do fato dela conseguir abater presas com tamanhos muito maiores que o seu. Para isso, usam seus afiados dentes, numa mordida muito poderosa.

Inteligente, letal, rápida e sociável. A baleia assassina parece uma máquina criada pela natureza com um único propósito: matar. Inclusive, seu índice de letalidade só é superado por um animal: o ser humano.

A baleia assassina é um dos mamíferos mais conhecidos do planeta. Entretanto, por que são chamadas assim?

Bem, se o parágrafo anterior não o respondeu de forma satisfatória, falaremos mais a seguir sobre um dos maiores predadores os oceanos.

A feroz baleia assassina

A baleia assassina faz parte da família dos Delphinidae, da qual fazem parte diferentes tipos de golfinhos que habitam os mares.

Dessa forma, chamá-la de baleia é um equívoco. Na verdade, as baleias fazem parte de uma família completamente distinta, chamada de Balaenidae.

As orcas possuem muitas características em comum com os golfinhos. Alguns exemplos são a habilidade de ecolocalização (como nas belugas), uma fila de dentes afiados e um orifício nasal sobre seus corpos (ou espiráculo).

Além disso, elas também possuem uma grande inteligência, o que permite que coordenem suas ações com outros indivíduos.

À primeira vista, as orcas não se diferenciam muitos dos outros membros de sua família sem contar sua morfologia física.

Seu corpo é alargado, com manchas brancas laterais similares a olhos e uma grande mobilidade para seu tamanho.

Mas, por que baleia assassina? Esse nome se deve às histórias antigas de marinheiros e às técnicas de caça que o animal utiliza para pegar suas presas.

O mais curioso sobre a baleia assassina é que cada clã de baleias utiliza técnicas diferentes de qualquer outro clã do mundo.

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Além disso, elas são conhecidas erroneamente como baleias. Isso se dá por conta da tradução errada do inglês killer whale, em que a palavra whale significa baleia, associada incorretamente a esse animal.

Na verdade, a tradução correta do termo deveria ser assassina de baleias, por conta da grande eficácia que a orca tem para derrubar presas de grande tamanho.

Táticas assassinas

Mencionamos que as orcas possuem técnicas distintas de caça, segundo a região do planeta em que habitam.

Com isso, elas se adaptam ao ambiente para caçar o principal alimento que lá se encontre.

Ou seja, a dieta das baleias assassinas não se restringe a apenas uma espécie em particular. Pelo contrário, elas se alimentam do animal mais abundante no ambiente.

Por exemplo, nos fiordes escandinavos, as orcas consomem arenques rodeando o bando de peixes e girando ao seu redor. Com isso, elas formam uma esfera e os arenques ficam zonzos.

Entre as presas favoritas das orcas estão: leões-marinhos, pinguins, focas, peixes de distintas famílias, outros golfinhos e, em alguns casos, até baleias.

Toda a alimentação é feita em colaboração do clã, principalmente se a presa for uma baleia. 

As orcas cercam a baleia para impedi-la de fugir e começam a mordê-la até que sangre o suficiente para não conseguir mais se defender.

Mas isso não para por aí. Há evidências de que os humanos têm colaborado com as orcas ao longo dos anos, algo que hoje em dia ainda ocorre.

Um dos casos mais famosos foi do Velho Tom, na Austrália, junto a caçadores que viviam no local.

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Velho Tom era uma orca de sete metros que podia reconhecer os barcos dos Davidson, uma família de caçadores de baleia que caçava nas águas do país.

Tom colaborava com a caça dos humanos e, em recompensa, eles davam a língua e os lábios das baleias para Tom comer. Isso ficou conhecido como “lei da língua”.

Muito sociável

Mencionamos que são animais muito sociáveis e capazes de trabalhar em equipe para um bem comum. Entretanto, nunca descobrimos como animais tão sociáveis podem se tornar baleias assassinas.

Esses animais possuem uma estrutura social similar à dos humanos. Apresentam um canto ou “dialeto” que varia de acordo com a região estudada.

Ou seja, sua linguagem não é única, ela apresenta variações de acordo com a região, como acontece com a humana.

Elas possuem uma excelente memória, como pudemos ver no caso do Velho Tom. Inclusive, animais em cativeiro conseguem reconhecer os rostos humanos através dos vidros.

Além disso, elas se reconhecem entre si pelas manchas em seus corpos, as quais são únicas para cada indivíduo do mundo.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.