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O porco mediador, uma curiosa medida de controle na agressão entre esses animais

3 minutos
Quando se trata de resolver seus conflitos, os porcos devem ser um exemplo a ser seguido por toda a humanidade. Descubra no conteúdo a seguir como os astutos porcos resolvem seus problemas.
O porco mediador, uma curiosa medida de controle na agressão entre esses animais
Sebastian Ramirez Ocampo

Escrito e verificado por veterinário e zootécnico Sebastian Ramirez Ocampo

Última atualização: 21 abril, 2023

O porco doméstico é, sem dúvida, um dos animais mais inteligentes do planeta. Vários estudos afirmam que eles têm uma capacidade maior de resolver problemas do que gatos, cachorros e até alguns primatas. Além disso, sua inteligência emocional está em outro nível, pois podem sentir emoções tão complexas como estresse, medo ou alegria.

Além disso, o porco continua a demonstrar qualidades cognitivas próprias do ser humano. Isso foi evidenciado em um novo estudo que se encarregou de avaliar o comportamento desses animais em situações de conflito. Continue a leitura e descubra do que se trata esse comportamento social específico.

Os conflitos do porco

Seja por comida, território ou reprodução, os porcos brigam entre si desde suas origens. Com um focinho poderoso e dentes fortes, essa espécie pode causar sérios danos por meio de sua mordida. Além disso, devido à sua constituição espessa, os conflitos entre os espécimes são bastante violentas.

Somado a isso, como seu ancestral, o javali, o porco conserva um temperamento forte e explosivo. Portanto, não é de surpreender que, tanto na natureza quanto nas fazendas de produção, os porcos estejam constantemente envolvidos em brigas. Porém, em geral esses atos dentro da matilha não vão muito longe e sempre há uma espécie de reconciliação entre os envolvidos.

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Até recentemente, não se sabia exatamente como funcionavam os processos de resolução de conflitos nessa espécie. No entanto, graças a um estudo realizado em uma fazenda italiana na cidade de Turim, foi possível mostrar que um dos porcos agia como mediador entre os que brigavam.

O porco mediador

O estudo em questão, publicado na revista Animal Cognition, registrou o comportamento de um rebanho de porcos em uma fazenda de produção durante 4 meses. Nessa pesquisa, foi possível evidenciar que, durante uma briga entre dois indivíduos, um terceiro interveio, atuando como pacificador da situação conflituosa.

Segundo os autores, esse porco mediador abordava ou o agressor para tentar diminuir o número de ataques ou a vítima para tentar acalmá-la. Da mesma forma, a sua atuação não parou por aí, pois o animal procurou assegurar que houvesse uma posterior reconciliação entre as partes para pôr fim ao conflito.

O comportamento social dos porcos no pós-conflito

Terminada a briga, os pesquisadores observaram que tanto o mediador quanto os autores do conflito faziam gestos de reconciliação, como juntar o nariz, deitar de lado ou encostar a cabeça uns nos outros. Além disso, essas ações podem surgir espontaneamente tanto da vítima quanto do agressor.

Por outro lado, um comportamento bastante peculiar foi relatado neste estudo: os porcos que não pertenciam à mesma família se reconciliavam com mais frequência do que os que tinham laços parentais. Isso, segundo os pesquisadores, se deve ao fato de que os conflitos entre parentes afetam menos a convivência do rebanho, por isso tendem a ser resolvidos com mais facilidade.

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Em suma, o porco doméstico continua a nos mostrar suas capacidades intelectuais e os seus complexos comportamentos em sociedade. A inteligência emocional desses animais é igual à dos humanos. Por isso, é necessário dar a eles o tratamento que merece, pois são animais sencientes e pensantes.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.