Prebióticos para cães: tudo que você precisa saber

Os prebióticos são uma tendência crescente como um complemento à dieta de nossos animais dos estimação. Você sabe qual é a sua função?
Prebióticos para cães: tudo que você precisa saber
Alejandro Rodríguez

Escrito e verificado por o biotecnólogo Alejandro Rodríguez.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

A alimentação e a saúde costumam estar associadas, tanto nos seres humanos quanto nos animais de estimação. Os avanços científicos nos permitiram descobrir e desenvolver suplementos para melhorar esse relacionamento, como é o caso dos prebióticos para cães.

Se você quiser saber mais sobre eles, continue lendo.

Prebióticos vs probióticos

Desde que descobrimos os seus benefícios, os micro-organismos têm sido muito úteis na medicina e na nutrição. Esses avanços foram aplicados gradualmente na medicina humana e veterinária, e é por isso que hoje podemos falar sobre os probióticos e prebióticos focados no mundo animal.

Mas antes de entrarmos em detalhes, devemos lembrar a diferença entre os dois. Embora os dois elementos estejam focados no mesmo objetivo – os micro-organismos benéficos que vivem dentro do animal – o método de ação é diferente. 

Os probióticos são os próprios organismos vivos, principalmente bactérias, que têm efeitos benéficos quando são administrados de forma razoável.

Cachorro correndo em quintal

Os prebióticos, por outro lado, são alimentos em si, não organismos vivos. O curioso sobre os prebióticos é que os ingredientes dos quais eles são compostos não são digeríveis pelo sistema digestivo, mas são uma fonte de alimento para os micro-organismos presentes no intestino.

Prebióticos para cães, uma boa opção?

Uma vez que a diferença foi esclarecida, fica claro que os prebióticos, à primeira vista, têm um papel potencialmente benéfico para saúde intestinal do cão. Depois que as bactérias degradam esses prebióticos, elas liberam uma série de compostos que influenciam positivamente o organismo:

  • Eles promovem a movimentação correta do intestino e fornecem energia às células.
  • Eles impedem a proliferação de micro-organismos indesejáveis.

Hoje, existem alimentos comerciais de alta qualidade que incorporam os prebióticos, como os frutooligossacarídeos ou fibras naturais de algumas plantas.

Se você estiver pensando em incorporar prebióticos na dieta do seu animal de estimação, estes são os compostos que você deve procurar na lista de ingredientes.

Prebióticos para cães, uma boa opção?

Precauções relativas aos prebióticos

Nem tudo são boas notícias quando nos referimos aos prebióticos para cães. Apesar de suas propriedades benéficas, devemos tomar um cuidado especial antes de fornecer os prebióticos, pois nem todos os animais reagem da mesma forma a eles.

Um dos aspectos que está se tornando mais evidente em relação aos prebióticos é o seu duplo efeito.

Embora seja verdade que os diferentes ingredientes que eles contêm são úteis para os micro-organismos ‘bons’, existem estudos que afirmam que os micro-organismos ‘ruins’ também se beneficiam deles.

Isso pode ser um problema em cães com distúrbios gastrointestinais. Se incentivarmos que bactérias nocivas sejam fortalecidas através dos prebióticos, estaremos piorando os problemas digestivos do animal.

Portanto, o ideal é fornecer esses prebióticos quando tivermos certeza de que o trato digestivo do cão está funcionando perfeitamente.

Como você pode ver, são muitos os benefícios dos prebióticos, mas é melhor contar com a ajuda e o aconselhamento de um veterinário ou especialista em nutrição animal antes de decidir administrá-los.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Nawaz, A., Irshad, S., Hoseinifar, S. H., & Xiong, H. (2018). The functionality of prebiotics as immunostimulant: Evidences from trials on terrestrial and aquatic animals. Fish & shellfish immunology76, 272-278.
  • Gibson, G. R., & Rastall, R. A. (2006). Prebiotics: development & application (pp. 101-110). Chichester: John Wiley & Sons.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.