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Quem é Biruté Galdikas? Descubra aqui!

3 minutos
Quem é Biruté Galdikas? Descubra aqui!
Eugenio Fernández Suárez

Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Biruté Galdikas é uma das mais renomadas cientistas, junto com Jane Goodall e Dian Fossey, referências no estudo e proteção de primatas. Sua especialidade é a reinserção de pequenos orangotangos órfãos na natureza.

Muitos conservacionistas decidem viajar para terras distantes a fim de proteger espécies selvagens e dedicar toda a sua vida ao estudo dessas espécies. Biruté Galdikas é um dos maiores exemplos.

Biruté Galdikas: primeiros passos

Biruté Galdikas nasceu em 1946, na Alemanha, embora tenha sido criada no Canadá, onde seu interesse por animais nasceu e cresceu.

Em março de 1969, a jovem Biruté assistiu a uma apresentação do antropólogo Louis Leakey, na Universidade da Califórnia.

Na apresentação, ele falou dos perigos que os grandes símios enfrentam. Dessa forma, a jovem estudante acabou se interessando pelas teorias evolutivas e passou a se dedicar à área.

Leakey já havia sido mentor e incentivador dos projetos de pesquisa de Jane Goodall com os chimpanzés de Gombe, e de Dian Fossey, com os gorilas de Virunga.

Dessa forma, Galdikas o convenceu a financiar também sua pesquisa com orangotangos.

Leakey permitiu a estas três mulheres revolucionar nosso conhecimento do mundo animal, embora fosse um homem muito exigente. Ele costumava pedir a seus candidatos que extirpassem o apêndice, algo que Biruté fez sem hesitar.

Biruté Galdikas, outra das anjas de Leakey

Dessa forma, Biruté Galdikas se tornava, junto a Jane Goodall e Dian Fossey, uma das chamadas “anjas de Leakey”.

As três tiveram suas carreiras impulsionadas pelo antropólogo. Entretanto, em certo ponto, começaram a ofuscar a carreira de Leakey ao descobrir e estudar o comportamento de três dos grandes símios.

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Após receber financiamento da National Geographic, Biruté se fixou em Bornéu. Lá, apenas Alfred Wallace havia conhecido e estudado os orangotangos, em meados do século 19.

Esta espécie é muito mais esquiva que outros primatas, pois são de natureza muito solitária. Dessa forma, embora tenha iniciado seus trabalhos após Fossey e Goodall, Galdikas começou da mesma forma que elas.

Ela não possuía nenhuma informação sobre estes animais no início, mas viria a se tornar a maior especialista do mundo sobre eles.

O grande trabalho de Biruté Galdikas com os orangotangos órfãos

Em 1971, Biruté Galdikas fundou o Centro de Pesquisa Louis Leakey, no sul de Bornéu, onde começaria a estudar orangotangos. Ela se tornou uma especialista na reinserção de primatas em seu habitat.

Seu trabalho se fazia necessário pelo fato de todo ano aparecerem no local centenas de orangotangos órfãos. Os animais eram mortos pelos seres humanos, em sua busca desenfreada pelo óleo de palma, usado na indústria alimentícia.

Os orangotangos são um dos animais que possuem a infância mais longa. Dessa forma, Galdikas e sua equipe precisavam criá-los por muitos anos e depois integrá-los aos que viviam na selva.

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Os fantasmas das florestas

Embora Biruté Galdikas tenha muita experiência com os órfãos, os orangotangos selvagens eram muito esquivos e, durante muitos anos, houve poucos encontros com eles.

Normalmente, quando ela encontrava um, ele rapidamente desaparecia nas densas florestas de Bornéu.

Apesar disso, o trabalho de Biruté a permitiu conhecer mais da vida desse primata. Suas descobertas incluem o estudo dos hábitos alimentares do animal, que possui mais de 300 fontes de alimento, principalmente plantas, fungos e alguns insetos.

Assim como outros grandes símios, os orangotangos são muito inteligentes. Eles são um exemplo de animais que utilizam ferramentas e que desenvolvem uma cultura.

Infelizmente, é uma espécie muito ameaçada. Entretanto, Biruté Galdikas e sua equipe continuam protegendo esses animais da extinção, apesar de que, como ela assegurou em entrevistas, seja algo perigoso por conta dos conflitos com caçadores.

O desmatamento das selvas de Bornéu é a principal causa do perigo de extinção desses animais. Para isso, é importante perceber que não consumir o óleo da palma pode ser uma boa forma de proteger o orangotango e ajudar na conservação da espécie.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.