Logo image
Logo image

Os 6 maiores animais da história

4 minutos
É surpreendente saber que o maior animal que já habitou a Terra ainda está vivo. Esses seres enormes guardam muitos segredos.
Os 6 maiores animais da história
Ana Díaz Maqueda

Escrito e verificado por a bióloga Ana Díaz Maqueda

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Ao longo da evolução, parece ter havido uma tendência de crescimento dos animais até atingirem tamanhos gigantescos. Hoje, embora ainda existam seres magnificamente enormes, a tendência é oposta. Apenas o registro fóssil mostra como os maiores animais da história já pisaram no mesmo solo em que nos encontramos.

No entanto, embora muitos dos animais que compõem esta lista já estejam extintos, certas espécies realmente grandes ainda povoam o planeta. Na verdade, o maior animal que já existiu ainda vive nas profundezas. Não deixe de conferir a seguir como são – ou eram – os maiores animais do mundo.

1. A baleia-azul

Embora seja comum pensar nos dinossauros como aqueles animais gigantescos que em algum momento da história desapareceram, eles não eram os maiores animais. Na verdade, é um mamífero marinho que detém esse título.

A baleia-azul (Balaenoptera musculus), atualmente em perigo de extinção devido à pesca, é o maior animal que já existiu. Ela mede cerca de 30 metros de comprimento e pode pesar até 150 toneladas.

 

Some figure

2. Amphicoelias fragillimus, o maior dinossauro

Depois da baleia-azul, que vive até hoje, e seu tamanho estonteante, o maior animal que se acredita ter existido é o mega-saurópode Amphicoelias fragillimus. A primeira vez que esse réptil foi registrado foi em 1878 , quando uma vértebra de 1,5 metro de altura foi desenterrada.

De acordo com essa descoberta — que desapareceu em algum momento da história —, esse animal poderia medir cerca de 58 metros de comprimento, da cabeça à ponta da cauda. Sua massa corporal pode ter superado 120 toneladas. Acredita-se que seu grande tamanho foi uma adaptação para favorecer a digestão, por meio da fermentação bacteriana das grandes quantidades de vegetais que ele consumia.

 

Some figure

3. Megalodonte, um dos maiores animais aquáticos

O extinto tubarão Carcharocles megalodon pode ser um dos maiores animais que já existiram. Devido ao tamanho e morfologia de sua mandíbula, acredita-se que esse peixe podia medir cerca de 18 metros de comprimento.

Por outro lado, devido à distribuição quase global do seu registro fóssil, esse animal deve ter sido uma espécie guarda-chuva. Isso significa que era um superpredador que não sofria pressão de outros predadores que se moviam livremente pelo ambiente.

A função desses animais no ecossistema foi fundamental para o bom funcionamento e a regulação da cadeia alimentar. Por esse motivo, o desaparecimento do megalodonte deve ter representado um grande desastre para as comunidades onde viviam os espécimes.

 

Some figure

4. O maior inseto voador

A entomofauna (a fauna constituída de insetos) do início do Permiano deve ter sido muito diversa, visto que foram encontrados muitos fósseis de grandes insetos desse período. Entre eles está o fóssil da espécie Meganeuropsis permiana.

Esse inseto da superordem Odonatoptera vivia no planeta Terra quando este era coberto por um grande número de samambaias arbóreas e o clima era bastante quente. Meganeuropsis permiana tinha uma envergadura de 71 centímetros e um comprimento de quase 43 centímetros.

Pode não parecer muito grande, mas estamos falando de um inseto maior do que alguns falcões.

 

Some figure

5. Gigantopithecus blacki

Outro dos maiores animais da história é um parente distante do orangotango e, portanto, também do ser humano. Gigantopithecus blacki foi o maior macaco já registrado, podendo ter atingido entre 3 e 4 metros de altura e pesado cerca de meia tonelada, com uma dieta à base de bambu. Ele viveu na China e no Vietnã durante o Pleistoceno.

 

Some figure

6. Argentavis magnificens, um dos maiores animais voadores

Cerca de 6 milhões de anos atrás, durante o final do Mioceno, existiu a maior ave voadora que já rasgou os céus. Estamos falando da espécie Argentavis magnificens, uma ave com mais de 70 quilos de massa corporal e envergadura de cerca de 7 metros.

Provavelmente, essa ave não poderia bater as asas ou levantar voo com sua própria força muscular. Como os abutres e os condores atuais, Argentavis magnificens tinha que usar a força da atmosfera para voar. Portanto, supõe-se que essa espécie aproveitava as correntes térmicas dos pampas argentinos, bem como precipícios e falésias, para alçar voo.

Some figure
Argentavis foi um parente dos condores de hoje em dia, aves que são enormes.

Naturalmente, hoje existem muitos outros animais de grande porte, como o elefante-africano, a girafa ou a jamanta. Em todo caso, a verdade é que a tendência populacional da grande maioria das espécies é diminuir o tamanho corporal. De quase todos esses gigantes, restaram apenas a evidência fóssil e a especulação científica.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Carpenter, K. (2006). Biggest of the big: a critical re-evaluation of the mega-sauropod Amphicoelias fragillimus Cope, 1878. New Mexico Museum of Natural History and Science Bulletin, 36, 131-137.
  • Chatterjee, S., Templin, R. J., & Campbell, K. E. (2007). The aerodynamics of Argentavis, the world’s largest flying bird from the Miocene of Argentina. Proceedings of the National Academy of Sciences, 104(30), 12398-12403.
  • Cooke, J.G. 2018. Balaenoptera musculus (errata version published in 2019). The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T2477A156923585.
  • Daegling, D. J., & Grine, F. E. (1994). Bamboo feeding, dental microwear, and diet of the Pleistocene ape Gigantopithecus blacki. South African Journal of Science, 90(10), 527-532.
  • Nel, A., Fleck, G., Garrouste, R., & Gand, G. (2008). The Odonatoptera of the Late Permian Lodève Basin (Insecta). Journal of Iberian Geology, 34(1), 115-122.
  • Pimiento, C., & Balk, M. A. (2015). Body-size trends of the extinct giant shark Carcharocles megalodon: a deep-time perspective on marine apex predators. Paleobiology, 41(3), 479-490.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.