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7 animais que vivem em tocas

7 minutos
As tocas têm muitas funções importantes, não apenas para os animais, mas também para o solo e o meio ambiente. Conheça junto com a gente 7 animais que fazem tocas.
7 animais que vivem em tocas
Última atualização: 10 março, 2022

As tocas são locais de refúgio permanente ou transitório que servem de refúgio para certas espécies. Existem construções simples, complexas, outras que parecem túneis e algumas com vários níveis. Tudo isso depende das condições ambientais, do tipo de solo e da capacidade de escavação dos animais que vivem em tocas.

As tocas são túneis ou buracos que alguns animais cavam para viver dentro deles ou para se refugiar por algum tempo. Elas podem começar em um lugar e terminar em outro, e algumas funcionam como despensa para armazenar alimentos. Enfim, todas são incríveis e elaboradas, feitas para cumprir uma função. Conheça aqui 7 animais que vivem em tocas e seu modo de vida.

A importância das tocas

As tocas são essenciais para muitos animais, proporcionando proteção contra predadores e temperaturas extremas. Por tudo isso, os animais que escavam existem há muitos anos.

Recentemente, de acordo com a National Geographic, foi descoberta na Austrália uma toca de dinossauro de 110 milhões de anos. Por isso, acredita-se que, por muito tempo, os ancestrais das espécies atuais cavaram tocas em extremos opostos do mundo.

Essas construções são muito importantes, pois modificam o relevo da terra, arejam o solo, incorporam matéria orgânica ao subsolo e permitem a filtragem da água. Além disso, os animais que fazem tocas também fornecem abrigo para outras espécies que não cavam por conta própria.

Todos esses componentes ambientais são valiosos para a conservação dos solos e ecossistemas. Contudo, ao mesmo tempo as tocas podem representar uma ameaça ao meio ambiente e ao desenvolvimento agrícola, segundo o Inecol. Se uma espécie escavadora cresce de forma descontrolada, o excesso de esconderijos pode se tornar um problema.

Uma comunidade de esquilos terrestres, por exemplo, pode ter uma grande população e se apoderar de vastas áreas de terra. Se isso acontecer, a vida vegetal pode ser indiretamente ameaçada e grandes extensões de terra podem ficar descobertas, vulneráveis à erosão e às inundações.

Tipos de animais que vivem em tocas

Escavar é uma habilidade presente em muitos animais. Alguns invertebrados, como amêijoas, crustáceos, ouriços-do-mar, aranhas e vermes, são capazes de cavar. Vários anfíbios, incluindo espécies de sapos, também são escavadoras, assim como alguns répteis, pois existem várias cobras que se enquadram no grupo dos animais que vivem em tocas.

Existem também aves que são escavadoras, como o guarda-rios-comum, o pinguim-de-magalhães e o papagaio-do-mar, que constroem tocas em vez de ninhos.

Os mamíferos são provavelmente os escavadores mais conhecidos. Aqui entram a toupeira, o esquilo terrestre e o coelho. Os ursos são os maiores escavadores, eles usam cavernas como abrigo, mas também se refugiam em tocas feitas no solo ou na neve.

7 animais que vivem em tocas

Os tipos de tocas existentes são inimagináveis: há espécies que cavam na pele de animais e humanos, outras na madeira, na areia e até nas rochas. Toda essa diversidade se deve às infinitas superfícies existentes e aos muitos animais com habilidade de escavação. Dentro desse grande repertório, a seguir você vai conhecer 7 animais que vivem em tocas.

1. As sociais marmotas (Marmota marmota)

As marmotas são escavadoras excepcionais e suas tocas são bem grandes. Estima-se que uma marmota mova, em média, 1 metro cúbico de solo ao cavar uma toca, que por sua vez pode ter até 14 metros de túneis subterrâneos.

Além disso, os espécimes se relacionam facilmente com outras marmotas – sendo parentes ou não –, formando colônias que possuem tocas na mesma área. Essas construções ajudam a manter esses animais protegidos do frio do inverno.

 

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2. Os cupins e suas colônias

Os cupins foram os primeiros animais na Terra a formar colônias organizadas em castas – rainha, rei, soldados e operários. Além disso, suas tocas subterrâneas podem ter até mais de 100 metros de diâmetro, segundo o médico em Ecologia e Biologia Evolutiva, Daniel Aguilera Olivares.

Os cupins são invertebrados xilófagos, o que significa que se alimentam principalmente de madeira, incluindo árvores caídas ou mesmo espécimes vivos. Os cupins podem ser um incômodo nas casas quando se instalam nos móveis. No entanto, eles ajudam a reciclar os nutrientes ao decompor a matéria orgânica do solo.

 

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3. Os castores e suas tocas elaboradas (Castor canadensis)

Esses animais criam tocas incomuns, construindo cabanas com galhos de árvores e lama nas margens de riachos ou lagoas. Depois de fabricar a parte da superfície, eles começam a construir as tocas subterrâneas.

Todas as construções têm entradas subaquáticas e, quando chega o inverno, a lama no topo do alojamento congela, ficando quase dura o suficiente para manter os predadores afastados. A maioria das cabanas de castor tem dois quartos. O primeiro é usado para se secar e o segundo – quente e seco – é onde a família vive.

 

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4. O guarda-rios-comum (Alcedo atthis)

Essa ave faz parte do grupo que, em vez de ocupar ninhos, vivem em tocas. Suas cores azul e laranja o tornam uma ave muito chamativa. Esse animal alado ocorre na Europa, no Norte da África e em muitos lugares da Ásia.

O guarda-rios-comum vive nas margens dos rios em uma toca horizontal que pode ter até 1 metro de comprimento. Esse espaço também possui um amplo cômodo na parte inferior, onde a fêmea deposita seus ovos.

A toca é construída perto de onde a ave encontra seu alimento: nos rios. O guarda-rios-comum caça os peixes debaixo d’água para se alimentar. Apesar de não ser bem equipado para a água, a ave se lança de um galho para pescar com o bico com grande precisão.

 

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5. Os suricatos e sua convivência (Suricata suricatta)

Como mencionamos anteriormente, alguns animais usam tocas feitas por outros. Os suricatos são um exemplo claro desse método comportamental de economia.

Uma colônia desses mamíferos tem em média de 20 a 30 membros e costuma usar tocas cavadas por esquilos ou mangustos. Os suricatos não competem com essas espécies por recursos e às vezes até compartilham espaço com elas.

Uma toca de suricato pode ter até 90 entradas e 2 metros de profundidade. Durante o dia, esses animais saem de casa para procurar comida ou brincar. Enquanto isso, um ou mais membros adultos do grupo ficam de guarda para identificar predadores.

Quando as sentinelas encontram uma ameaça, emitem um latido de aviso e todos os outros suricatos correm para se esconder na toca, entrando por um dos muitos buracos que ela possui.

 

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6. As trabalhadoras formigas

Quem nunca viu uma formiga na vida? Elas estão por toda parte e existem muitas espécies. De qualquer forma, quase todas elas criam colônias e moradias geralmente subterrâneas, compostas por vários cômodos conectados por túneis.

As formigas são famosas por serem trabalhadoras e uma prova disso é que suas tocas são construídas por elas. Sua colônia gira em torno da função dos cômodos, pois há alguns que servem de berçário, outros são destinados ao armazenamento de alimentos e há até alguns específicos para o acasalamento, de acordo com Wildlife Burrows.

 

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7. Os cães-da-pradaria Cynomys ludovicianus

Os cães-da-pradaria são nativos das Grandes Planícies da América do Norte, onde criam enormes redes de tocas, algumas das quais se estendem por mais de 64 000 quilômetros quadrados. Cada uma dessas formações contém cerca de 400 000 cães-da-pradaria.

Esses mamíferos preferem cavar suas tocas em locais com grama curta, como onde vive o gado. Infelizmente, isso coloca o gado em risco de lesões e atrai predadores, que são atraídos exclusivamente pelos cães-da-pradaria, mas não rejeitam bovinos.

No entanto, a dieta do cão-da-pradaria – principalmente gramíneas – incentiva o crescimento de plantas como girassóis e trevos. A abundância de gramíneas atrai animais como o bisão, que fornece uma forragem mais densa em nutrientes para o gado.

No século XX, os fazendeiros usaram venenos e técnicas de caça para erradicar os cães-da-pradaria. A partir de então, foi possível ver que as poucas comunidades que existem hoje estão localizadas principalmente em áreas de conservação e parques nacionais.

 

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Além desses 7 animais que vivem em tocas que apresentamos neste artigo, existem muitos outros. Todos esses são representantes de espécies muito diversas, que utilizam as tocas para diferentes funções, não apenas para viver.


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