Síndrome pós-férias em cães: por que ocorre?

Ao final do merecido descanso, os humanos não são os únicos que podem sofrer da síndrome pós-férias. Descubra aqui como ajudar seu cão se ele estiver sofrendo com isso.
Síndrome pós-férias em cães: por que ocorre?

Última atualização: 15 dezembro, 2022

Voltar das férias não é um prato de bom gosto para quase ninguém, mas não são só os humanos sofrem com isso: a síndrome pós-férias em cães também existe. Se o seu cão se comporta de maneira incomum quando você volta de uma viagem, ele pode estar sofrendo dessa condição.

Nas linhas a seguir, você poderá ler uma definição mais detalhada dessa síndrome e algumas dicas para evitar seu aparecimento ou amenizá-la, caso já a esteja observando. Não deixe de conferir, pois aqui você encontrará muitas informações úteis.

Síndrome pós-férias em cães: o que é?

Embora tenha recebido o nome de síndrome pós- férias, esse distúrbio emocional canino não funciona da mesma forma que em humanos. Para nós, de um modo geral, é um período depressivo ou ansioso devido ao retorno a uma rotina desagradável da qual nos desligamos durante mais tempo que o habitual.

Em cães, entretanto, trata-se mais de uma dificuldade de adaptação ao retorno à rotina normal de forma brusca. Quais fatores dessa mudança podem afetar seu companheiro canino? Na lista a seguir, vamos apresentar os mais comuns:

  • O cão não passa mais tanto tempo com você, uma vez que as obrigações diárias voltaram.
  • A atividade do animal diminui: nas férias, o cão participou de excursões ou passeou durante mais tempo que o normal, por exemplo.
  • Ele recebe menos estímulos mentais e físicos: se o cão ficar entediado ao voltar para casa, pode ser que ele esteja sentindo ansiedade.
  • O animal tem uma personalidade mais propensa a sofrer por causa de mudanças na rotina.
Um cachorro na praia com sua tutora.

Sintomas da síndrome pós-férias

Pode ser que, ao retornar das férias, seu cão comece a demonstrar comportamentos incomuns para ele ou a fazer algo preocupante. Alguns dos comportamentos que geralmente indicam a presença de uma síndrome pós-férias são os seguintes:

  • Evacuações intestinais anormais: se o seu cão estiver com ansiedade pela mudança, ele pode urinar e defecar dentro de casa. A variação drástica de horários para “ir ao banheiro” também pode ter afetado o animal nesse aspecto.
  • Exige constantemente atenção: nas férias, o cão certamente recebia mais atenção de todos os membros da família. Ao voltar para casa, isso se reduz abruptamente.
  • Fica mais ativo e nervoso do que o normal: ele não faz mais tanto exercício quanto nas férias, embora o corpo peça mais movimento.
  • Apatia e/ou anorexia: os comportamentos atípicos podem ir para o outro extremo, reduzindo o nível de atividade. Assim, o cão parece estar triste ou pode não querer comer.

Além disso, se o cão não se adaptar bem à mudança na rotina, ele pode desenvolver um transtorno de ansiedade por separação. Nesse caso, surgiriam comportamentos de aproximação excessiva por parte do cão em relação ao tutor, mau comportamento quando não está em casa e outros sintomas.

É importante saber identificar os sinais desse transtorno, pois causa grande desconforto ao animal e pode ser fonte de graves acidentes.

O que fazer se o seu cão sofrer de síndrome pós-férias?

Em primeiro lugar, é fundamental conhecer a personalidade do seu animal de estimação, pois isso permitirá estimar o o quanto essa mudança abrupta na rotina o afetará negativamente. Para prevenir a depressão pós-férias em um cachorro – ou mitigá-la, se ele já estiver sofrendo com isso – aqui estão algumas dicas:

  • Tente fazer a mudança da forma mais progressiva possível: você pode voltar das férias alguns dias antes para que o animal se acostume aos poucos com a volta para casa.
  • Levar o cachorro para passear com mais frequência: isso o ajudará a adaptar sua atividade aos poucos à nova rotina. As necessidades fisiológicas também acompanharão o novo ritmo, evitando que ele comece a se aliviar dentro de casa.
  • Dê muito amor: uma porção extra de mimos todos os dias ajudará muito no processo de adaptação. Isso também é bom para cães inseguros que podem sentir que mudanças são sinônimos de punição.
  • Aumente a quantidade de enriquecimento ambiental que você proporciona: é essencial que o cão se divirta para evitar desenvolver a ansiedade produzida pelo tédio. Se você também proporcionar estímulos ao cão durante os períodos que está fora de casa, ajudará a prevenir o aparecimento da ansiedade por separação.
Um cão correndo na praia.

A importância de um bom diagnóstico

Todas essas informações têm como objetivo ajudar você a prevenir e identificar uma situação que pode afetar o bem-estar do seu cão, além da sua tranquilidade. Porém, se você suspeitar que pode haver algum problema sério no animal, o mais recomendável é consultar um profissional de etologia canina e/ou veterinária.

O auxílio de um especialista é importante no caso de ter qualquer dúvida, pois a mudança de comportamento pode ser decorrente de um problema de saúde física. Antes de pensar em transtornos de comportamento, outras doenças devem ser descartadas.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.



Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.