Tratamento de incômodos dentários no cão
Escrito e verificado por o advogado Francisco María García
Ao longo de suas vidas, nossos cães podem apresentar diferentes problemas odontológicos. Além das doenças buco-dentais, eles também podem sentir dor durante a troca da dentição. A seguir, vamos explicar como é o tratamento dos principais incômodos dentários no cão.
Incômodos dentários no cão durante a troca de dentição
Quase todos os filhotes não possuem dentes ao nascer, pois estão em fase de amamentação e se alimentam apenas pela sucção do leite materno. Entre 15 e 21 dias de vida, esses filhotinhos experimentam o nascimento de seus primeiros dentes “de leite”. Mas essa dentição levará de duas a três semanas para ser concluída.
Por volta do quarto mês de vida, os dentes de leite do filhote começam a cair, dando lugar ao crescimento dos dentes definitivos. A duração dessa segunda troca de dentição varia de acordo com a raça e o organismo de cada cão, e pode se estender até o sexto ou nono mês de vida.
Na prática, deve-se ter em mente que os dentes de um cão adulto só estão totalmente desenvolvidos a partir dos 12 meses. Mas isso não significa que não se deve controlar o desenvolvimento antecipadamente.
Como é um processo fisiológico natural em cães, isso deveria ocorrer discretamente e sem sintomas ou dor. No entanto, podem ocorrer alguns incômodos dentários no cão durante a troca de dentição, por exemplo: dor leve ou ligeira inflamação das gengivas.
Como tratar os incômodos dentários no cão durante a troca de dentição?
Não se recomenda que o dono intervenha excessivamente no processo de troca dos dentes do cão. Essa transição faz parte do crescimento dos cães, então o corpo dele está preparado para passar por isso naturalmente.
No entanto, é possível oferecer algum conforto ao animal, enquanto o ajudamos a satisfazer de forma positiva o desejo de morder. Isso também evitará que o cão destrua objetos da casa e que ele possa ingerir substâncias perigosas ou engasgar com um corpo estranho.
Para isso, se recomenda comprar brinquedos ou mordedores para o seu filhote. Além de controlar o desejo de morder, esses acessórios ajudam a diminuir a dor e aliviar a ansiedade. Não se deve dar ossos ou brinquedos duros para um filhote com menos de 10 meses de vida.
Se aparecerem sintomas leves de inflamação ou sensibilidade nas gengivas, também podem ser feitas compressas de camomila. Para isso, basta preparar uma infusão concentrada com as flores ou saquinhos de chá de camomila. Quando a infusão estiver em temperatura ambiente, aplique como uma compressa com a ajuda de gaze limpa.
Complicações na troca de dentição do cão
Eventualmente, algumas complicações podem ocorrer durante a troca de dentição do filhote. A mais comum ocorre quando o dente de leite não consegue se desprender completamente, o que impede o crescimento correto do dente definitivo.
Além da dor, esse problema pode levar ao deslocamento da arcada dentária do cão. Em consequência, o animal pode ter dificuldades para mastigar, além de desenvolver problemas digestivos.
Essas complicações são silenciosas e assintomáticas. Portanto, é essencial que o dono verifique diariamente a boca do filhote durante esse período.
Ao identificar qualquer problema no crescimento dos dentes, bem como feridas ou alterações nas gengivas, deve-se levar o cão ao veterinário o mais rápido possível. Muitas vezes, é necessária uma pequena intervenção cirúrgica para remover o dente de leite.
Incômodos dentários em cães derivados de problemas odontológicos
Assim como os seres humanos, os cães podem ser afetados por vários problemas odontológicos. Porém as doenças buco-dentais mais comuns em cães são:
- Halitose (mau hálito).
- Tártaro.
- Gengivite.
- Doença periodontal ou periodontite em cães.
O tratamento desses incômodos dentários no cão deve ser realizado por um veterinário. O profissional fará um exame físico na boca do cão e poderá solicitar alguns exames para verificar o estado de saúde do paciente.
Em seguida, o veterinário avaliará qual é o tratamento mais adequado para impedir que a patologia continue e prejudique a qualidade de vida e o bem-estar do cão. Os casos de gengivite e periodontite quase sempre requerem a administração de antibióticos.
Todos esses problemas estão associados à formação e ao acúmulo de placa bacteriana entre os dentes e as gengivas. De fato, podem ser facilmente prevenidos através da higiene buco-dental adequada. Uma das ações mais importantes é escovar regularmente os dentes do seu cão.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- agilitybarcelona. La salud dental en el perro. Extraído de: https://www.agilitybarcelona.com/sites/default/files/salud_dental.pdf
- Paula G. Toriggia. 2014. Enfermedad periodontal en el perro. Extraído de: http://repositoriouba.sisbi.uba.ar/gsdl/collect/posgrauba/index/assoc/HWA_1473.dir/1473.PDF
- Larraín, Y., & Fernández, V. (2017). Evaluación de la severidad de la enfermedad periodontal en dientes premolares superiores en comparación a los dientes premolares inferiores en pacientes caninos. Revista de Investigaciones Veterinarias del Perú, 28(2), 370-375.
- Diez, X. (1996). Patologías dentales del perro. TecnoVet, 2(3).
- Toriggia, P. G. (2014). Enfermedad periodontal en el perro: Características ultramicroscópicas de dientes afectados y sus modificaciones con la terapia periodóncica (Doctoral dissertation, Servicio de Cirugía de Pequeños Animales de Hospital Escuela de Medicina Veterinaria, Facultad de Ciencias Veterinarias, Universidad de Buenos Aires).
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.