A história do touro de Lídia, o touro bravo espanhol

A história do touro de Lídia, o touro bravo espanhol

Última atualização: 20 dezembro, 2017

Os touros são animais imponentes e belos que nós adoramos observar. Estes animais se transformaram em ícones de países como a Espanha, especialmente o touro de Lídia, também conhecido como touro bravo espanhol, e hoje queremos contar sua história para você conhecê-lo mais a fundo. Fique conosco e conheça a história deste lindo animal!

Sobre o touro de Lídia

Origem e história

Todos os bovinos provêm do Bos primigenius, uma espécie de touro primitivo que habitava a África, a Europa e a Ásia. Mas os espécimes do Bos Taurus eram mais resistentes que seus antepassados e souberam se adaptar melhor ao meio, por isso sobreviveram por mais tempo, enquanto o Bos primigenius desapareceu.

Ainda que se afirme que o touro de Lídia, como qualquer outro bovino, tenha se originado do Bos primigenius, a verdade é que a existência do Bos Taurus se perpetuou devido ao fato deles serem mais fortes, portanto, sobreviveram por mais tempo. Durante sua existência, o ser humano foi domesticando alguns de seus descendentes para trabalho e transporte. Ambas as espécies conviveram juntas por algum tempo.

Portanto, com relação ao touro de Lídia, chegou-se à conclusão de que este se originou especificamente do Bos Taurus brachyceros, que vivia na Europa e na África, ainda que este fosse menos robusto que outros Bos Taurus, ele era mais valente. Isso desmente a teoria de que este se originou da espécie Bos introduzida pelos celtas na Espanha e em Portugal, que eram animais que apenas serviam para o trabalho e, também como alimento.

Durante o reinado dos Reis Católicos, foi possível ver na Espanha os primeiros exemplares deste touro perto de Valladolid, para depois se propagar por todo o território. Andaluzia não demorou em assumir a liderança da criação do touro bravo, e logo surgiram os espetáculos taurinos com fins comerciais, as polêmicas “touradas”.

Touro de Lídia durante uma tourada

Diferentes castas do touro bravo

Dentro desta espécie de touro bravo, havia diferentes castas com suas características próprias. São as seguintes:

  • Casta navarra. Estes foram touros de pequeno tamanho, mas muito valentes.
  • Casta nijona. Eram conhecidos por seus pelos avermelhados e, ainda nos dias de hoje, os exemplares com pelos desta cor são chamados de touros Jijones.
  • Casta andaluza. Desta, sem dúvida, se originou o touro de Lídia em sua mais pura essência.
  • Casta castelhana. Esta é de onde saíram os touros maiores e os mais difíceis de serem domesticados.
  • Casta vazqueza. Esta casta foi originada por Dom Gregorio Vázquez, selecionando os melhores exemplares da casta andaluza e castelhana. Mais tarde passou as mãos do rei Fernando VII e, por último, as mãos de quem lhe deu à fama: o Duque de Veragua.

O trapio do touro de Lídia

O “trapio” é o conjunto de características que definem o touro. Entre elas deve ser levada em conta:

  • Peso. Este deve ser entre 300 e 500 quilos.
  • Estatura. Aproximadamente 1,65 m, e 1,90 m de comprimento.
  • Os chifres.
  • O pelo, a pele e pelagem.
  • Suas extremidades, cabeça e pescoço.

Baseando-se nos padrões regulares marcados para reconhecer uma raça pura de touro de Lídia, essas características serão levadas em conta.

Comportamento do touro de Lídia

Como quase todos os bovinos, este também é um animal de grupo. Desde que nasce ele demonstra isso, pois permanece junto à sua mãe durante oito ou nove meses. Além disso, nos grupos sempre se encontra o touro que manda, e isto é determinado por quanto ele maltrata os demais. Não são poucas as vezes que outro touro do grupo o desafia para assumir o controle e disso surgem brigas sangrentas.

Como sua maturidade sexual chega quando eles ainda são muito jovens, antes de um ano e meio de vida, se separam as fêmeas dos machos. No entanto, esta separação não acalma seus desejos sexuais e por isso costumam montar uns nos outros para se acalmar.

O touro bravo de Lídia, símbolo espanhol, é um animal peculiar que vale muito a pena conhecer, não acha?


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