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A inteligência do elefante

4 minutos
Todo mundo já ouviu falar da expressão "memória de elefante" e isso não é dito por acaso, uma vez que vários estudos confirmam a capacidade cognitiva desse grande mamífero terrestre, que tem grandes habilidades e considerável inteligência emocional.
A inteligência do elefante
Última atualização: 20 maio, 2018

Com certeza você já deve ter escutado a expressão “memória elefante”. Então,  o que antes podia parecer apenas um ditado, hoje vem recebendo apoio da ciência. Vários estudos confirmam a capacidade cognitiva desses mamíferos terrestres gigantes. E para saber mais sobre a inteligência do elefante, convidamos você a ler este artigo.

A estrutura do cérebro de um elefante

Os elefantes têm o maior cérebro entre os animais terrestres, com uma massa superior a cinco quilos. Ele também conta com um padrão de funcionamento mais intenso do que o dos primatas e dos seres humanos. No entanto, seu funcionamento seria menos complexo do que o dos golfinhos e o de outros cetáceos.

Além disso, o volume do córtex de um elefante permite um enorme leque de processos cognitivos. Como consequência, esse animal tem uma capacidade neuronal superior à diagnosticada em qualquer primata ou cetáceo. E isso se traduz em diferentes tipos de inteligência, como nós vamos ver em seguida.

Uma rede cerebral muito desenvolvida

Sua estrutura cerebral é complexa e sofisticada, com mais de 250 bilhões de neurônios, muito parecidos com os dos seres humanos. Na verdade, o córtex cerebral de um elefante tem a mesma quantidade de neurônios e sinapses que o de um ser humano.

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E o que tudo isso nos diz? Primeiro, que os elefantes seriam tão inteligentes (em geral) quanto os golfinhos e os chimpanzés. Além disso, eles teriam a mesma capacidade cognitiva para o uso e a confecção de ferramentas que os seres humanos. Usam a sua tromba como se fossem braços para manusear objetos com total habilidade.

Conhecendo melhor a inteligência do elefante

A inteligência do elefante era conhecida e admirada por muitas civilizações clássicas. Aristóteles, filósofo grego e autor de “A Metafísica”, costumava afirmar que os elefantes superavam todos os outros animais no quesito mente e inteligência.

Com certeza, essas afirmações foram motivadas pela observação da capacidade cognitiva, social e emocional desses notáveis mamíferos.

Os elefantes, sejam asiáticos ou africanos, demonstram uma variedade notável de comportamentos e expressões. Além disso, diversos estudos comprovaram que eles experimentam luto psicológico após a perda de um ente querido.

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Sua empatia e sociabilidade são tão evoluídas que fazem com que eles sejam capazes de compreender o altruísmo, o cuidado maternal, a cooperação e a compaixão com seus irmãos.

Gestos e linguagem não-verbal

A grande quantidade de sinapses presentes em seu córtex cerebral também lhes permite compreender muito bem a linguagem não-verbal. E  supõe-se que o volume do córtex é também associado a sua capacidade elevada de mimetismo.

Os elefantes não imitam somente gestos humanos, mas também os sons do entorno. Uma habilidade que foi diagnosticada apenas nos cetáceos, primatas, morcegos e aves.

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Uma outra capacidade curiosa e marcante é que os elefantes compreendem o sentido de brincadeira. Diversas vezes, os elefantes-africanos foram vistos enquanto treinavam como brincar com a água ou objetos de seu habitat.

Inteligência do elefante: a capacidade para resolver problemas

Talvez uma das expressões mais notáveis da inteligência do elefante seja sua habilidade de resolver problemas. No seu habitat natural, esses mamíferos são capazes de mudar radicalmente seu comportamento para lidar com situações adversas.

Todas essas são demonstrações características de uma inteligência complexa, como a que têm os seres humanos e os primatas.

Estudos e testes

Em 2010, alguns elefantes participaram de um estudo interessante. A tarefa consistia em agarrar simultaneamente os dois extremos de uma corda para ganhar um prêmio.

O objetivo era observar a habilidade cooperativa e a capacidade de trabalhar em equipe. Os resultados colocaram os elefantes no mesmo nível dos chimpanzés em termos de capacidade cooperativa; mas também alguns eventos acidentais demonstraram essa capacidade de lidar com novos desafios.

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Um desses estudos analisou o comportamento de um elefante-asiático nos Estados Unidos, apelidado de Bandula. Ele conseguiu realizar uma fuga incrível, sendo capaz de abrir diversos instrumentos que seguravam suas correntes, incluindo um gancho, que devia estar perfeitamente alinhado para se abrir.

A memória do elefante

Sabemos que os elefantes são donos de habilidades cognitivas marcantes, mas também é verdade que têm uma memória muito boa.

Esses paquidermes também têm um hipocampo complexo e de tamanho grande. O hipocampo é uma estrutura cerebral que pertence ao sistema límbico. Sua principal função está relacionada ao processamento de determinados tipos de memória, principalmente, a espacial.

As dimensões do hipocampo de um elefante superam as de qualquer primata, cetáceo ou ser humano. Além disso, podem usar mais de  0,7% de suas estruturas cerebrais, enquanto que os seres humanos costumam usar apenas em torno de 0,5%.

O volume neuronal e funcionamento intenso permitem aos elefantes terem uma memória realmente privilegiada. Esse aspecto pode ser constatado em numerosos estudos científicos, mas também nos comportamentos deles em estado selvagem.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.