A simbiose do reino animal
Escrito e verificado por o advogado Francisco María García
“Simbiose” é um termo derivado do grego, cujo significado é, literalmente, “viver juntos”. Na natureza, esses meios de sobrevivência permitem que diferentes seres vivos estabeleçam relações biológicas interativas. A seguir, analisaremos a simbiose do reino animal e sua importância para a sobrevivência de diversas espécies.
Definição de simbiose
De vez em quando, escutamos que algumas pessoas possuem uma interação tão forte e natural que é quase uma relação simbiótica. Dessa maneira, a cultura popular pode nos ajudar a entender com facilidade o que é a simbiose do reino animal.
É importante lembrar que nem todas as relações simbióticas são positivas para todo tipo de espécies. Em muitos casos, algum dos envolvidos pode sair prejudicado com essa relação.
A simbiose do reino animal engloba um conjunto de relações biológicas interativas benéficas para alguma das espécies envolvidas. Essas interações devem ser estabelecidas entre seres vivos similares ou de espécies diferentes e persistir no tempo para serem consideradas como simbiose.
De maneira genérica, existem diversas classes de simbiose, divididas em dois grandes grupos:
- A endossimbiose. Ocorre quando um dos seres vivos que participa da relação vive no interior do outro organismo. Normalmente se instalam dentro das células, em seu sistema digestivo.
- Por outro lado, também temos as interações ecto-simbióticas, onde os seres simbiontes vivem em conjunto, mas sem estar dentro de seus organismos. Geralmente, uma das espécies vive debaixo do corpo da outra.
Tipos de simbiose do reino animal
O grau de interação desenvolvido entre os seres simbiontes cria diferentes tipos de simbiose. Muitos animais vivem em conjunto para se beneficiar de suas respectivas presenças, através de um relacionamento simples.
Entretanto, algumas espécies chegam a realizar transferências genéticas e gerar novos indivíduos, estabelecendo uma interação muito intensa. A seguir, resumimos as principais características dos três tipos de simbiose do reino animal:
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Mutualismo
O mutualismo é a forma de simbiose mais benéfica para os animais envolvidos. Essas interações deram origem à expressão popular “relação simbiótica”, pressupondo uma interação “positiva-positiva”.
Pode ser estabelecida como uma troca direta de recursos ou serviços, ou como uma interação entre recursos naturais e serviços. Mas as duas espécies sempre saem igualmente beneficiadas do mutualismo e melhoram suas habilidades biológicas com essa relação.
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Comensalismo
No comensalismo, a interação biológica é vantajosa para apenas um dos envolvidos. Entretanto, o outro animal não sofre qualquer prejuízo com o benefício que proporciona direta ou indiretamente. Seria um tipo de relação “positiva-neutra”.
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Parasitismo
O parasitismo pressupõe uma relação desigual, onde uma das espécies é prejudicada, enquanto a outra é beneficiada. Ou seja, uma interação “positiva-negativa”. Geralmente, as simbioses parasitárias representem um risco grave para a saúde do animal hospedeiro
Exemplos de simbiose do reino animal
Para ajudar você a entender melhor os tipos de simbiose do reino animal, vejamos alguns exemplos reais de mutualismo, parasitismo e comensalismo.
Reações simbióticas de mutualismo
Os mamíferos ruminantes possuem diversos microrganismos em seu estômago. A ação natural desses microrganismos permite que os animais herbívoros consigam digerir a celulose presente nos vegetais.
Ao mesmo tempo em que facilitam a digestão, garantem a nutrição desses minúsculos seres vivos. Por isso, essa relação simbiótica é de mutualismo e não de parasitismo.
Algo similar acontece na flora intestinal dos seres humanos, que está repleta de bactérias benéficas. Estes minúsculos seres facilitam a digestão de alimentos e protegem o cólon do intestino.
Por outro lado, recebem um abrigo seguro, onde encontram as moléculas necessárias para a nutrição. Ou seja, trata-se de outra relação de mutualismo endossimbiótico.
Interações de parasitismo
Um exemplo muito comum dessa relação simbiótica ocorre quando certos parasitas infectam animais domésticos, selvagens ou os seres humanos.
Quando falamos dos endoparasitas, como tênias ou vermes, temos um exemplo de endossimbiose parasitária. No caso de carrapatos e pulgas, ocorre uma ecto-simbiose parasitária.
Comensalismo no reino animal
O exemplo mais clássico de comensalismo ocorre quando os abutres se alimentam das presas abatidas por outros predadores. Como essas aves não podem caçar, precisam consumir restos de carne para sobreviver. Embora apenas uma espécie seja beneficiada, o comensalismo não prejudica ou interfere no bem-estar dos demais animais.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.