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Abandono de animais: como acabar com uma situação insustentável

3 minutos
Abandono de animais: como acabar com uma situação insustentável
Última atualização: 15 dezembro, 2022

Segundo um estudo da Fundação Affinity, em 2016 foram recolhidos 104.447 cães e 33.335 gatos abandonados ou de rua, só na Espanha. Em 2015, os números foram praticamente iguais e tudo indica que os dados de 2017 não serão muito diferentes. O que podemos fazer para melhorar a situação? Como ajudar as associações protetoras de animais? 

Oito em cada 10 animais abandonados não têm raça definida (vira-lata) e mais da metade tem idade avançada, enquanto 30% são filhotes. As soluções para esse problema são: esterilizar, identificar com microchip ou adotar ao invés de comprar, ainda que a lei – que considera animais como seres vivos – também tenha um papel chave.

Perfil do animal abandonado e causas do abandono

O mesmo estudo identificava as características dos animais que chegavam aos abrigos. É verdade que se abandonam mais os animais mestiços do que os denominados de “raça pura”?

  • 81% dos animais e cães abandonados por seus donos não têm raça definida. Isso reforça a crença de que, ainda nos dias de hoje, as pessoas preferem ter um animal de raça.
  • 30% dos gatos e cães abandonados corresponde a filhotes. 57% a animais de idade adulta, e os 32% restantes a animais idosos. Os filhotes geralmente são populares entre as famílias até que, no caso dos cães, chegam a um tamanho inesperado, que as leva a se desfazer do animal. Os filhotes ficam nos abrigos apenas um quarto do tempo que passam os animais de mais idade.
  • Apesar de certas práticas pouco éticas, esse estudo afirma que só se abandona 32% de animais doentes, apesar de que, muitas vezes, o abandono aconteça pela possibilidade de enfrentar gastos veterinários.
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Quanto às causas de abandono, podemos dizer que geralmente estão relacionados com ninhadas não desejadas que, no pior dos casos, leva alguns donos a até a sacrificar os filhotes, assim como animais de caça de idade avançada que já não podem desempenhar sua tarefa.

Também podemos encontrar casos de cães que não receberam um adestramento adequado enquanto filhotes e que, ao chegar à idade adulta, se tornam impossíveis de cuidar para o dono.

O que a sociedade pode fazer para melhorar a situação

Em primeiro lugar, devemos levar em conta que muitas associações protetoras de animais dependem das contribuições particulares e do trabalho de seus voluntários para continuar funcionando. Isso quer dizer que, se a tendência a abandonar animais não diminuir, logo os abrigos não darão conta.

Muitas protetoras oferecem até créditos a estudantes universitários em troca de algumas horas de trabalho voluntário, ou animam a sociedade a participar em sorteios ou festas beneficentes que lhes permitem levantar fundos.

No entanto, a solução a longo prazo para melhorar a vida dos animais é uma conduta responsável e solidária por parte dos donos. Isso passa por:

  • Esterilizar os animais: com pouca idade, para evitar ninhada indesejadas e complicações relacionadas com o sistema reprodutor e os hormônios do animal.
  • Identificar seu animal de estimação com um microchip que permita às associações protetoras de animais devolvê-lo caso ele se perca.
  • Refletir antes de comprar ou adquirir um animal: lembre-se de que um gato ou cão vão requerer algumas horas de seu tempo, além de recursos econômicos. Não trate um ser vivo como objeto.
  • Adotar ao invés de comprar: Como já dissemos nesse artigo, as protetoras de animais não dão conta e, além disso, a adoção é uma oportunidade de melhorar as condições de vida de um ser vivo.
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Pequenos avanços na legislação

Em dezembro de 2017, o Congresso dos Deputados apoiou por unanimidade uma lei que considera os animais como seres vivos e não coisas, já que antes se considerava os animais como bens móveis.

Com essa lei, o objetivo foi se inspirar nas disposições dos códigos civis italiano e francês, que já reconhecem essa condição de seres vivos há tempos. Esse é mais um passo para o reconhecimento dos direitos dos animais e das obrigações que eles trazem para seus donos.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.